segunda-feira, 11 de agosto de 2008


Os sentimentos de culpa são pequenos devaneios que vivem na nossa alma e que durante a noite, nos cercam a mente, não nos deixando dormir.

Determinado árbitro da nossa praça, actualmente suspenso por corrupção, bom de apito, de ideias travessas e pouco honestas começou a sentir os efeitos daquilo que acima refiro, talvez pela gula, não pela natureza.

Em determinada altura da sua carreira, começou a habituar-se a ter uns certos luxos quando apitava jogos de um clube assumidamente corrupto e vai daí começar a fazer uma vida faustosa. Deitou fora metade das suas roupas, algumas em estado de novo.

Só que, após denúncia feita em local próprio pensa-se que por alguém saturado de ser roubado, a coisa começou a fiar fino, começando a sentir os efeitos do retrocesso e as mordomias começaram a fica mais raras.

Daí a ver-se na "desgraça", foi um ápice. Então decidiu pedir uma audiência a sua Excelência “O Papa”

Árbt:- Meu Senhor, Santo dos Santos, preciso da sua ajuda.
Papa:- Você está doente?
Árbt:- Não, apenas estou desanimado, pois já não ganho para comer.
Papa:- Já sei, comeu feito um louco muita “fruta” e agora “secou” o pomar.
Àrbt:- Não, não foi isso. Comi muita “carne” e muito “peixe”, em nome de 26 anos de obediência.
Papa:- Sei. Nenhum “docinho”?
Árbt:- Bem, comi alguns, ( algumas, com um sorriso disfarçado e maroto) mas nem tantos assim.

Papa:-- Bebeu muito "vinho", muita "água" da Serra da Estrela, sei como é.
Árbt:- Nada disso! O problema são umas tais de “calorias” que vivem nas gavetas e enchem os nossos bolsos que estão a escassear.
Papa:- (Começando a ficar incomodado). Escuto essa conversa desde que sou Papa. Você não tem juizo. Engane-me, que eu gosto.
Árbt:- Está bem. “O meu Santo” sabe que para V. Exª eu não minto. “Comi” feito um louco, ao jantar, no hotel, e até sabe como é, numas visitinhas que fiz a uma certa casa
Papa: (cada vez mais incomodado). Pois. Mas diga lá?. Mas para quê você quer minha ajuda?
Árbt:- Quero que o "Meu Santo Papa” reze por mim. Peça aos seus "santos (amigos) milagrosos", às almas benditas e arrependidas, para eu voltar a apitar e voltar a ter aquilo que sempre tive. Cheguei à conclusão que só sua "reza" me salva.

Papa:- Mas isto está muito mau meu crente. Hoje, nem um Papa pode estar sossegado. Mal se descuida, descobrem-lhe a "careca".
Árbt: Meu Deus, estou desgraçado. Já nem o Papa reza por mim.

Papa:- (tentando acalmar-se) Pronto meu filho. Os tempos agora são outros. Vai em Paz, toma juízo e reza 26 Avé Marias .

Árbt? 26 Avé Marias?

Papa:- Sim meu filho. Uma por cada ano em que tu pecaste.

Árbt: Aos berros, gritava. Estou desiludido. E fui só eu? Cadê os outros.

Papa: (Perdendo o controlo). Cala-te FILHO DA PUTA não vês que eu estou disfarçado para não ser apanhado.

O árbitro, desmaiou.

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