A transferência de Rodriguez do Benfica para o FC Porto é uma manobra fácil de justificar pelo clube comprador, sedento de transformar o seu poderio financeiro em reconhecimento público e diminuir as diferenças abissais de prestígio que ainda os separam. Com dinheiro quente, o FC Porto tudo faz para acender focos de superioridade sobre uma auréola que parece impossível de apagar ao emblema rival, procurando, em simultâneo, provocar a desmoralização das hostes adversárias. Não se trata de mero capricho, considerando a qualidade do jogador e o dinheiro gasto, mas é um tipo de operação que raramente tem compensado o esforço a que obriga.
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O mercenarismo dos russos Yuran (na foto) e Kulkov deu à ingenuidade benfiquista a primeira lição de vida real no mundo cão do futebol moderno. Foi graças à fuga apressada deles no bornal de um agente sacrílego que os benfiquistas perceberam que nunca mais teriam ao seu serviço jogadores dedicados ou identificados com os valores do clube, mas viajantes em passagem.
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Cristiano Rodriguez: Não te desejo mal nenhum. Até porque sempre foste integro com o clube que te tirou do forame, da escuridão, do esquecimento, em que estavas mergulhado no PSG.
Na hora de assinar novo vinculo com o glorioso, foste o mais leal possivel. Sempre disseste que para o Portoregional nem pensar em semelhante aberração, que o teu coração estava com o Benfica e com os benfiquistas.
Só não assinaste, porque Rui Costa, director desportivo do Benfica, andou a passar férias em Miami, esquecendo-se de que estavas à espera dele.
Como não veio em tempo útil, visto que não tinhas dinheiro para também passar umas férias, nem no Parque de Campismo de Manta Rota, decidiu o teu empresário - logicamente contra a tua vontade - assinar pelos dragoneses.
Sei de fonte segura que o vais processar por tão ignóbil acto.
Por tudo isto e por muito mais te desejo simplesmente que, o teu sucesso enquanto nesse clube, seja pelo menos igual ao de Sokota, ou até mesmo inferior, visto que o mereces inteiramente.
Ou então que seja na negativa, igual àquele - não me custa reconhecê-lo - que eu tinha, na positiva, quando jogavas de águia ao peito.
Que a tua felicidade como jogador no clube mais bem visto pela Uefa, seja igual aquela que tu sempre apresentás-te quando disseste que, em PORTUGAL, SÓ JOGAVAS NO BENFICA.
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