Leia tudo o que disseram os candidatos
à presidência do Benfica no debate
Diogo Amaro Nunes20:45 - 23. outubro
2025.
Martim Mayer, João Diogo Manteigas,
Cristóvão Carvalho, Luís Filipe Vieira, João Noronha Lopes e Rui
Costa discutiram ideias durante mais de 4 horas
)
Tudo o que precisa de saber sobre o
dia das eleições no Benfica Dos horários das mesas de voto à
composição de cada lista, A BOLA explica-lhe como vai decorrer o
processo eleitoral no sábado
O primeiro tema em discussão é a equipa principal de futebol masculino do Benfica, que terá direito a duas rondas
No total, cada candidato terá 27 minutos para apresentar as ideias da lista que encabeça sobre os oito temas em discussão, mais 60 segundos para uma mensagem final
O debate terá início a qualquer momento
Rui Costa foi o último candidato a chegar ao local do debate, por encabeçar a lista G. O presidente do Benfica apresentou-se «positivo, feliz e contente» na antecâmara de um debate «que se pedia». «Espero que seja um debate à Benfica, dentro do respeito que os benfiquistas esperam que haja», frisou.
João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho já se encontram na plataforma instalada numa das bancadas do Estádio da Luz, onde vai decorrer o debate. O líder da candidatura Benfica Vencerá olha atentamente para o interior do recinto dos encarnados
João Noronha Lopes apresentou-se «animado e contente» e com «grande otimismo» para o debate entre candidatos, que apelidou de «sinal da democracia benfiquista». O gestor relativizou o peso do frente a frente de hoje: «Todos os candidatos se esforçaram nestas eleições para esclarecer os sócios, se os debates ajudarem...»
Luís Filipe Vieira antecipou um «debate normal», que, ainda assim «pode ser decisivo». O antigo presidente do Benfica frisou que se sente «em forma» e com a «cabeça limpa».
Cristóvão Carvalho apresentou-se «muito calmo e descontraído» no Estádio da Luz à espera de um «grande debate de ideias» que antecedem eleições «emblemáticas e impactantes» na história do clube.
João Diogo Manteiga chegou ao Estádio da Luz com «expectativas elevadíssimas, para «três horas de puro debate de benfiquismo». «Isto é a minha casa, fui criado aqui, regressar a casa num ambiente mais formal, quem me dera estar aqui todos os dias», admitiu o advogado, na antecâmara do frente a frente
Martim Mayer foi o primeiro candidato a marcar presença no Estádio da Luz. «Espero esclarecer os sócios do Benfica, espero apresentar as minhas ideias, espero que possamos discutir o Benfica de uma forma saudável e elevada», retorquiu à BTV.
O debate terá lugar na tribuna presidencial do Estádio da Luz, com vista para o relvado do recinto dos encarnados
Vieira ao ataque: «A foto que aparece em todas as casas do Benfica é a minha» Candidato à presidência dos encarnados contornou presente e futuro desportivo, apelou ao voto e desvalorizou casos na justiça, no evento de encerramento da campanha eleitoral
Quatro horas e nove minutos depois, o
debate entre os seis candidatos à presidência do Benfica terminou.
Tempos finais de cada candidato
Martim Mayer: 34 minutos e 54 segundos
João Diogo Manteigas: 33 minutos e 44
segundos
Cristóvão Carvalho: 37 minutos e 34
segundos
Luís Filipe Vieira: 36 minutos e 38
segundos
João Noronha Lopes: 37 minutos e 20
segundos
Rui Costa: 39 minutos e 36 segundos
Luís Filipe Vieira: «Vou meter
o Benfica nos eixos, sou o único candidato sem riscos, votar em mim
não é um tiro no escuro. Conheço os cantos à casa, conheço os
caminhos para o sucesso desportivo, não sou um estreante. O Benfica
não é para marinheiros de primeira viagem, nestas votações os
benfiquistas não podem falhar. O preço de escolher mal o futuro
presidente será muito pesado, não podemos deixar que uma minoria
ruidosa mande no Benfica, O Benfica é de todos os benfiquistas. Aos
sócios do Benfica que nunca votaram, vão votar, o Benfica precisa
de vocês. Aos indecisos, lembrem-se que o Benfica é do povo. Sou o
candidato que representa o povo benfiquista e capaz de fazer de
forma rápida e pacífica as mudanças que o Benfica precisa»
Critóvão Carvalho: «Debatemos
as ideias de forma tranquila e simpática, estão todos de parabéns.
Tenho um Benfica muito ambicioso, pensei no Benfica europeu,
preparei desportivamente e financeiramente um projeto a 6/7 anos
para que este sonho possa ser cumprido e trazer o que todos
desejamos: as Ligas dos Campeões. Também nas modalidades tenho
esse pensamento europeu. Sei que os benfiquistas se identificam com
o meu projeto. Não tenham receio, não se deixem influenciar pelas
sondagens. Se querem o Benfica europeu votem no meu projeto, não
esquecendo que lutarei por todos vocês pelo voto eletrônico.
Continuem a pagar as quotas, vou conseguir que votem. No dia tenho a
certeza que todas as condições vão estar cumpridas. Deem uma
lição de legitimidade e honra a quem for eleito presidente do
Benfica. Se for eu a ganhar tratarei de unificar o Benfica, se não
for peço o mesmo. Mesmo quem não ganhe, que comprometa a controlar
os seus habitantes para permitir que o presidente do Benfica liderar
com tranquilidade, só assim conseguimos ganhar»
Rui Costa: «Queremos lembrar
quem há quatro anos não fugiu da responsabilidade da liderar o
clube e ao longo destes quatro ano fez o que tínhamos a fazer para
ter um futuro mais garantido, manteve uma posição sólida. Não
queremos ficar por aqui, queremos um mandato mais realista, queremos
realizar tudo aquilo a que nos propomos: o Benfica District é uma
realidade, não é uma utopia. Queremos um Benfica grandioso. Que
estas eleições sejam um exemplo de elevação e amor ao clube.
Acredito que voltarei a receber a confiança de todos e garanto-vos
que trabalharei incansavelmente para unir o Benfica. Votem lista G,
nas redes sociais dizem que para votar no Rui Costa têm de colocar
a assinatura, não têm de o fazer, não sejam enganados. Quero
fazer dois apelos: que o Benfica que esteja à frente do clube
consiga unir a família benfiquista, mas que ao mesmo tempo quem não
ganhe que nada faça para destruir essa união. Que durante os 90
minutos do Benfica-Arouca haja na cabeça uma única coisa na
cabeça que é ganhar ao Arouca»
João Diogo Manteigas: «Relembrem que
apresentámos esta candidatura há um ano porque queríamos
retribuir o que o Benfica nos deu. Temos a competência necessária
para gerir este grandioso clube e voltar a fazer dele hegemónico e
ser respeitado lá fora. Escolham o futuro, não escolham o passado,
não tenham medo, ninguém escolhe por vocês e não desistam do
Benfica. O clube do povo democrático erguido por amor e trabalho, o
Benfica a eles se dirige e é por isso que entendemos que devem
votar na nossa candidatura»
Martim Mayer: «Caros sócios, os
candidatos que foram presidentes no passado pertencem ao passado
sem qualquer demérito não acrescentam nada à mudança que o
Benfica precisa. Indo ao fundo dos programas dos outros candidatos
constatamos que são vagos e não são mais do que um conjunto de
intenções. A nossa proposta é a única que explica como pretende
colocar o Benfica de novo no caminho das vitórias no futebol e como
meter o Benfica financeiramente robusto, com competência e
decência. Mostrámos como ampliar o estádio de forma realista e
sustentável. Explicámos como levar as modalidades e o futebol
feminino ao panorama que merecem. Chamo todos os sócios, venham
votar no sábado, a lista B é a única que vai levar o Benfica ao
sucesso e à vitória»
Seguem-se as mensagens finais
João Noronha Lopes: «Passei o
último ano a preparar-me para isto, estudei o clube, dei a volta a
Portugal, reuni com clubes estrangeiros e uma equipa, escolhidos a
dedos. Vou exigir deles o que exijo de mim. Estamos prontos para
virar uma história na página do Benfica, com respeito pelo
passado, mas prontos para uma mudança tranquilo, tenham confiança.
É uma lista que não caiu de paraquedas. Peço aos sócios do
Benfica 'tenham confiança na mudança, o meu desejo é que depois
das eleições, qualquer que seja o vencedor que consiga unir os
benfiquistas»
Noronha Lopes afirma que Nuno Gomes
está «perfeitamente alinhado» com o projeto que encabeça
Martim Mayer: «Temos rapidamente
obrigar que a liga centralização saia debaixo da Liga Portugal»
Rui Costa, Presidente das águias,
respondeu às críticas de João Noronha Lopes, um dos candidatos,
sobre os comentários da temporada passada
Rui Costa respondeu diretamente ao
repto de Noronha Lopes: «O projeto é toda a estrutura, acima
de tudo porque era presidente da Liga antes. Estaremos sempre
vigilantes sobre as promessas cumpridas ou não, há um conselho de
arbitragem novo, estamos em cima disso. Os temas estão nas mãos de
quem conhece. Sou sempre o visado de Noronha Lopes, por isso dou um
exemplo flagrante: Um dos principais apoiantes de Pedro Proença na
FPF foi o seu vice-presidente Nuno Gomes. Pergunte-lhe o que é que
ele pensa»
Candidato à Presidência do Benfica
ataca o atual Presidente por declarações feitas sobre a
constituição do plantel das águias
João Diogo Manteigas defendeu que o
Benfica deve manter relações institucionais saudáveis com a FPF,
mas exigiu responsabilidade à estrutura da arbitragem
João Noronha Lopes arrasou gestão
institucional de Rui Costa: «O Benfica para ser respeitado
tem de se dar ao respeito. Não foi isso que aconteceu nestes anos.
Rui Costa votou em Pedro Proença porque disse que não podia ir
contra a corrente. O que garanto é se tiver de ir contra a
corrente, vou contra a corrente. A segunda coisa que ouvimos é que
não votou em Pedro Proença, votou no projeto. Nem eu nem os sócios
sabemos o que isso quer dizer. O que garanto é que vou estar a
defender os interesses desde a primeira até à última jornada. É
o que podem contar comigo, defesa a tempo e horas do Benfica, O
presidente não tem de falar sempre, mas tem de falar nos momentos
decisivos.»
Martim Mayer defende uma posição
«mais institucional» «Para nos respeitarem, não nos podem levar
para fora, temos de reverter isso. A minha abordagem é
institucional. O Sporting tem um pedido de desculpas para nos
fazer», frisou.
Luís Filipe Vieira« Já é público
que se for eleito vou correr com Pedro Proença, não perdoo a forma
como colocou o lençol verde. Já falei com 18 presidentes, estão
comigo e vou arrastar os outros. Depois temos boas relações com a
Liga, a pessoa que está lá [Reinaldo Teixeira] é sensacional. Com
os clubes, a relação sempre foi sensacional.»
Rui Costa« O Benfica tem de estar
sempre na linha da frente num momento de viragem. Toda a vida fomos
o alvo a abater por todos os clubes pela nossa grandez, temos de
querer evidenciar o que é melhor para o futebol português. Não
tenho intenções de cortar relações, mas vou sempre defender o
Benfica»
Segue-se o tema das relações
externas
Cristóvão Carvalho defende uma
postura estritamente institucional: «O que defendo é um Benfica
muito profissional a todos os níveis e uma perspectiva diferente
para lidar com essas instituições. Defendo uma posição
institucional com um representante para cada uma das áreas. Se o
Benfica ganhar com tranquilidade, não é preciso estar preocupado
com estas instituições. É um caminho que não interessa ir,
estamos a ser arrastados para a lema. Temos de exigir o que temos de
exigir e vir embora e trabalhar. Temos que esvaziar o balão depois
dos jogos»
João Diogo Manteigas: Vamos para
eleições sem regulamento eleitoral
Rui Costa: «O congresso das casas
será em março»
Cristóvão: Rui Costa, no que toca às
modalidades e as casas não está bem informado
Rui Costa: Eu também falo com os
presidentes das casas
João Noronha Lopes: «As casas
não podem ser só notícia em eleições ou em aniversários. Dou
um valor extraordinário ao trabalho que as casas fazem, por isso é
que proponho fazer duas reuniões fora de Lisboa. Por isso é que
quero criar o provedor do sócio. É inexplicável que não tenhamos
um congresso das cass há tanto tempo. Há uma nova geração que
não tem a dedicação para ir para a gestão das casas. Ainda hoje
recebi um SMS da casa do Benfica de Algueirão-Mem Martins a dizer
que não têm luz. Pretendo criar um portal da transparência,
melhorar o programa mais vantagens, há vantagens que não são
regionais. As ideias não são minhas são de todas; aumentar o
número de sócios para 500 mil, expandir o benfiquismo; criar o
portal da bilhética.»
Martim Mayer: «O Benfica vê nas
casas do Benfica um cliente e às vezes concorre contra, temos de
ser parceiros, as casas têm de ser uma continuidade no clube. Temos
de munir as casas de condições para que possam receber os plantéis
da formação e das modalidades, que possam jantar nas casas, em vez
de em restaurantes. Volto a falar do Benfica Global, temos de
estudar estas comunidades benfiquistas, temos de ir ao encontro
deles e saber monetizar isto a favor do clube. Os maiores clubes na
Suíça têm cerca de 10 mil sócios, nós temos 200 mil, temos de
aproveitar»
Luís Filipe Vieira criticou gestão
das casas do Benfica por parte de Rui Costa: «Ganhaste as eleições
há quatro anos, nenhuma das casas tem a tua fotografia. Quando fui
presidente, meteram logo passado um mês. Amanhã vou ter uma
reunião com delegados e confirmar isto. As casas do Benfica estão
completamente desmotivadas, mudaram radicalmente, estavam
disciplinadas.»
Rui Costa: «Tenho visto nas
redes sociais que o Benfica fechou 120 casas, neste mandato fechou
três casas: Paris, Mira e Luxemburgo. Reabrimos quatro que estavam
fechadas, fizemos obras em 29, promovemos as casas do Benfica 2.0.
As casas são um pilar fundamental na vida do Benfica, queremos que
a situação da bilhética se resolva, vamos melhorar. Temos o
orgulho de ter chegado aos 400 mil sócios. É verdade que vai haver
uma remuneração no início do ano e este número vai baixar. A
casa do sócio também se encaixará dentro do Benfica District
Cristóvão Carvalho pediu desculpa
aos sócios pelo facto das eleições dos encarnados serem
disputadas integralmente por voto físico. O advogado criticou a
rejeição do voto eletrónico por parte de João Noronha Lopes e
João Diogo Manteigas. «Tudo farei para que o voto eletrónico
entre dentro do Benfica porque somos um clube moderno. Temos um
problema nas AGs que só será resolvido com voto eletrónico e
transmissões em direto da BTV. Vamos ter de acabar com as AGs
controladas por 3 ou 4 mil sócios», frisou. Cristóvão Carvalho
destacou a necessidade de um «tratamento prioritário e choque»
para as casas do Benfica. «Não aceito que uma casa do Benfica
feche», salientou.
Segue-se o tema do associativismo
João Diogo Manteigas frisou que «os
sócios são o maior ativo» do Benfica e expôs inúmeras medidas
para aproximar o clube dos adeptos: reabertura de um posto de apoio
ao sócio, criação da figura do provedor, maior aproximação com
treinos abertos, criação dos red points a partir da reformulação
do programa mais vantagens, ajuda a casas e aos adeptos em questões
de bilhética.
Martim Mayer: «É daqueles projetos
que proponho que não depende 100% do Benfica»
A posição de Noronha Lopes sobre a
construção do novo Estádio da Luz aqueceu os ânimos entre Rui
Costa e João Noronha Lopes.
Luís Filipe Vieira: «No Seixal
quero fazer um projeto diferenciado. Fazer mais quatro ou cinco
campo e um polo hoteleiro, quero construir o colégio, já temos
terreno, para que os nossos atletas fiquem lá fechados e os pais
estão tranquilos em casa. É importante fazer o hotel porque cada
vez mais os familiares vêm ver os jogos dos miúdos.»
Rui Costa responde a Manteigas,
considerando que as obras decorrem no exterior do estádio e não
vão desalojar as modalidades dos encarnados. O presidente do
Benfica considera que o Benfica District não é apenas para
embelezar, destacando as receitas de 40 milhões de euros: «É uma
obra para engradecer o Benfica.
«Sonhos também eu tenho, mas eu sei
o Benfica que quero», Cristóvão Carvalho defende a necessidade de
equilibrar as contas antes de iniciar o investimento em
infraestruturas
João Diogo Manteigas defende que
o custo do Benfica District supera em larga escala os 200 milhões
de euros e questiona que instalações vão albergar as modalidades
do clube durante a construção. «O estádio do Real Madrid também
ia custa 400 milhões de euros, mas custou mil milhões», frisou
posteriormente
João Noronha Lopes: «Tenho
alguma dificuldade em entender como é que esta direção que não
fez a cidade do Benfica vai fazer um projeto com a magnitude do
Benfica District. Quem não faz uma coisa mais pequena.. Não vou
fazer nem hóteis nem shoppings, o Benfica não precisa disso.»
Mayer tem três medidas para o
problema das infraestruturas: «Aumento do estádio em 15 mil
lugares, está estudado. O Campus das modalidades, está
orçamentado, é necessário 25 mil hectares planos e o mai próximo
do Estádio da Luz. E a atualização e o aumento do Seixal. Três
obras críticas para o crescimento do clube e estão estudadas e
orçamentadas. O Estádio tem esse prejuízo e tem de ser feita
faseadamente, temos de fechar uma bancada de cada vez, como fez o
Real Madrid. Temos de encontrar uma solução para isso, mas está
fechado o preço, percebi tecnicamente por onde passa a solução e
já a apresentei.»
«As modalidades será feito com as
reduções dos custos deste amaranhado de algures que Rui Costa
falava. Se projetarmos essa poupança a 10 anos reunimos 10 milhões
de euros. Não vai custar mais caro ao clube, vai ser feito com a
poupança que vamos conseguir. Além do futebol feminino, é
importante criar a solução de 360 graus para os atletas e criar um
colégio.»
Luís Filipe Vieira destacou a
importância de concentrar todas as infraestruturas encarnadas num
só local: «Se calhar estou a ver isto mal, mas não vejo o Benfica
a ser retalhado todos os dias. Fazer uma cidade para as modalidades
só dá prejuízo, basta ver as receitas que temos nas modalidades,
não contam, o projeto vai ser para cima de 100 milhões de euros. O
Benfica tem hoje condições para arranjar um terreno com 200
hectares. O Benfica está condenado., tem de ter as instalações
num sítio único. O estádio quando foi projetado foi para 75 mill
ugares, apertando as cadeiras. Quando o arquiteto vier cá, se for
eleito, vou ter a certeza da capacidade que o estádio tem e
projetar, não sei se para 80, 85 ou 90 espectadores. Queremos
cobrir o estádios todo, temos de fazer o estacionamento, vai custar
uma nota boa. Eu não sei quanto custa fazer uma cidade desta, mas
hei de fazer esta projeção e depois fazemos contas.»
Rui Costa lembra o Benfica
District: «Apresentámos um projeto e quando os sócios
aprovarem será aprovado. Benfica District não é uma questão
estética, é modernizar e dar uma dimensão totalmente diferente ao
Benfica. A criação irá fazê-lo crescer. Irá resolver o problema
das entradas, saídas, fan zones, modalidades, o aumento da
capacidade do estádio para 80 mil lugares para fazer frente àquilo
que é a necessidade dos nossos sócios.»
«Cidade de Modalidades? Não foi por
acaso que há quatro anos falei nisso e necessitamos muito disso. O
Benfica consegue ter as equipas profissionais a treinar e a jogar,
mas tem muitas equipas da formação espalhadas por Lisboa inteira.
Ainda não aconteceu por uma razão simples: precisamos de um
terreno com certa medida e localidade, continuamos a trabalhar, mas
para fazer temos de fazer uma coisa séria.»
«Crescimento do Benfica Campus tem o
futebol feminino e precisamos de mais equipas, foi a entrada dos
sub-23 há uns anos atrás, agora o futebol feminino, para crescer o
Benfica Campus.»
Cristóvão Carvalho explicou os
planos da candidatura que encabeça para modernizar as
infraestruturas: «A manutenção deixa muito a desejar, quer no
Estádio, quer no Seixal. Tem de se aumentar a lotação do estádio
no máximo para os 15 mil espectadores, a fun zone não é do agrado
dos sócios, temos de a modernizar e criar um inferno antes da
entrada no estádio. Nas modalidades temos de pensar em construir um
novo complexo, julgo que este não é este o sitio certo, terá de
ser nas imediações de Lisboa. Temos de ampliar e modernizar o
Seixal, o nosso pote de ouro. Deve-se incluir ainda o lar do Benfica
e a Escola Internacional do Seixal. Acho que se deve adquirir as
instalações da Farmácia Franco e instalar a fundação Benfica no
sítio emblemática onde nascemos.»
Manteigas fala das suas medidas para o
tópico das infraestruturas: «Seixal ganha uma preocupação
maior. Temos outro problema, o aumento da capacidade do Estádio, há
uma grande lista de espera e temos de ter o cuidado de chegar a
algum deles com o menor custo possível. Aumentar o Seixal, tentar
dar resposta aos benfiquistas que chegam pelo red pass, uma das
possibilidades é o safe standing (ficar em pé a ver o jogo), mas a
lei portuguesa não o permite. Está na altura de assumirmos que as
leis foram alteradas e é viável construir duas pontes pedonais
[para melhorar a escoação dos adeptos do estádio e melhorar a
segurança]. Estudar ainda a construção de um pavilhão multiusos
e temos as modalidades com a casa às costas.»
Segue-se o tema infraestruturas.
O plano de João Noronha Lopes assenta
em quatro projetos: «Estudo prévio para aumentar a capacidade para
83 mil espectadores e tornar o estádio mais moderno e mais cómodo.
Não apresentei ainda porque quero perceber aspetos técnicos e o
qual será a melhor estrutura. Não vou apresentar primeiro isto aos
jornalistas e ao presidente da Camara Municipal de Lisboa, vou
apresentar aos sócios. Quero melhorar os pavilhões e as piscinas.
LFV deixou um bom trabalho nas infraestruturas, mas vejo o que
decaiu. Quero melhorar as condições no Seixal para a formação. O
quarto pilar será a Casa do Sócio, ao lado do Estádio da Luz,
para criar um centro de convivio para os sócios que vivem perto e
para as casas terem um centro de convívio quando vêm a Lisboa. O
meu vice para o património não é um homem de falar, é um homem
de fazer. Estamos preparados para agarrar este dossier.»
Luís Filipe Vieira acredita que o
Benfica não vai sair prejudicado da negociação dos direitos
televisivos: «Há dez anos conseguimos 45 milhões de euros/ano,
vai ser muito dificil que a Liga desencaminhe o Benfica. Os direitos
não são da SAD, são do Benfica. Estamos muito à vontade para
discutir. O resto temos dois anos para brincar com eles. Não
queremos é conflito com os outro clubes. Lembro-me perfeitamente
que quando tivemos a negociar a publicidade nas camisolas aceitaram
25% de diferencial. Acho que é possível aceitarem este
diferencial»
Cristóvão Carvalho frisou
importância do Benfica salvar a própria pele no processo
de centralização dos direitos televisivos: «Não vale a pena
estar à espera da Liga, temos de chegar a esta negociação, com ou
sei lei, numa posição diferente. Estes direitos têm de ser
potenciados para o mundo. Não temos obrigação nenhuma de resolver
esta situação do futebol português. Se for interessante vender
pelos valores que nos oferecem, vendemos. O Benfica não pode
prescindir destes receitas.»
Manteigas destaca o que acontece nas
cinco principais ligas europeias: «Os operadores tradicionais
estão a perder interesse no televisionamento dos jogos, Alemanha
perdeu a cláusula de um comprador, Itália reduziu, Inglaterra vai
reduzir, França é diferente, explodiu. Quando oiço dizer que
respeitam o Benfica, não respeitam. Temos de olhar um todo, mais de
90% são sócios de três clubes e isto é cultural, não é
idêntico em lado nenhum. Até em Espanha não conseguem combater a
pirataria, portanto não serão as sociedades desportivas a combater
isso. Temos de olhar para o produto que temos em Portugal, é mau,
ninguém gosta do futebol português, quem quer comprar a Liga e
Liga 2? Ou se faz uma transição dos quadros desportivos... futebol
português não é atrativo».
João Noronha Lopes concordou com João
Diogo Manteigas: «Falar na centralização como a solução para o
futebol português é uma falácia. Recomendo alguma prudência com
estas fatias de €400 M. Diria que o problema estava resolvido. A
liga francesa nem por metade do que queria conseguiu.»
Luís Filipe Vieira interpela Martim
Mayer: «A Liga tem um operador que paga 400 milhões de euros? Devo
ter ouvido mal»
Rui Costa explica a situação atual
dos direitos televisivos: «Estamos todos de acordo na
preocupação dos direitos televisivos e aí temo-nos manifestado
sempre. Isto foi apresentado aos clubes com a promessa de que nenhum
clube ia perder e que visava o crescimento do futebol português. Os
direitos televisivos estão a andar para trás e não para a frente,
daí a posição do clube, é uma realidade que temos melhores
propostas do que as de hoje e tudo vamos fazer para atuar e defender
o Benfica. Há uma lei que sai em 2028 e se o Benfica perder alguma
coisa, não vai participar na centralização e vai defender a causa
até ao limite. 2026 a 2028 tem de fazer um grande contrato.»
Luís Filipe Vieira destacou a
inevitabilidade da centralização dos direitos televisivos: «A lei
está confirmada, não vai ser adiada. São os clubes que têm de
resolver este problema e o Benfica tem de liderar este problema. Não
podemos é hostilizar os outros clubes, não podemos estar sozinhos,
temos de respeitá-los, eles também respeitam o Benfica.A
centralização já é uma realidade, em 2028 cai em cima
de nós. Quando for presidente tenho de promover uma reunião com o
presidente da Liga. Proença prometeu 300 milhões, mas não vai
conseguir. Os operadores querem pagar, mas temos de resolver a
situação da pirataria. Eu próprio já tive uma conversa com o
primeiro ministro e ele disse que perdia votos. Para estes dois anos
garanto 70 milhões de euros por ano, ou seja 140 milhões de euros
em dois anos e vou dar sempre preferência ao operador que negociou
primeiro connosco [NOS]. Tem argumentos suficientes para isso. Não
troco ninguém»
Cristóvão tem uma visão diferente
dos outros candidatos e enaltece a importância dos jogos do Benfica
continuarem a dar na BTV e de forma gratuita para os sócios do
clube que pagam as cotas.
Manteigas: «Benfica tem de ser
disruptivo. BTV e SAD recebem uma média de 50 milhões de euros por
ano, de 72 total dos direitos audiovisuais. Há uns anos atrás
Proença anunciou um estudo e o Benfica não se manifestou contra.
Porque é que o futebol em Portugal não vale 300 milhões de euros?
Média de assistência nos estádios baixíssima, falta de
competitividade, horários não são compatíveis com a vida das
pessoas. Propomos sentar à mesa com o Governo para suspender o
decreto lei de 2021, sentar à mesa com a FFP e Liga para liderar o
processo com a formatação dos quadros desportivos. Temos de
reduzir o número de clubes em Portugal e aumentar a competitividade
interna», disse, falando do facto da Taça da Liga ainda ser jogada
em janeiro com jogos de Liga dos Campeões.
Noronha Lopes: «É absolutamente
fundamental para o futuro do clube. Nos próximos dois anos, esta
direção deixou para a próxima direção resolver a situação
para o bem do Benfica. O que assistimos é uma total falta de
coerência por parte de Rui Costa. Assinaram o projeto de Pedro
Proença em quatro anos e quando se verificaram os acontecimentos da
Taça decidem saltar do barco. Isto não é defender o Benfica. 94%
das receitas são geradas por três clubes, geramos mais receitas
televisivas, audiências no estádio e mais impacto social, temos de
defender os interesses e não aceitarei um projeto em que podemos
perder 20 milhões de euros por ano. Comigo, o Benfica vai ser
respeitado.»
Mayer começa: «É uma tema
fulcral para que exista uma correspondência da economia Benfica e o
peso institucional do Benfica. Os direitos televisivos são uma
receita recorrente do clube e pedi a Rui Costa na AG que deixasse em
aberto até ao fim a assinatura do contrato para as duas próximas
épocas, porque são muito importantes para o Benfica. Não é olhar
para o montante, é o tipo de contrato assinado. Não se pode
assinar um contato em que os jogos do Benfica dêm em todos os
operadores de comunicações. Quem ganhar os direitos televisivos
não deverá poder vendê-lo aos outros operadores. Esta é a minha
posição. Como aconteceu no Jamor, não nos podem pisar na cabeça.»
Nova questão: direitos televisivos.
Noronha Lopes responde: «Rui Costa
disse que o próximo exercício está feito, como pode dizer se não
sabe os resultados da venda de jogadores. Rui Costa disse que assina
sem ler e também chego à conclusão que não lê jornais, e José
Theotónio já disse que tem compromisso total com o Benfica.
Rui Costa devia estar satisfeito pelo calibre profissional
dedicar-se a 100% com o clube. Disse que esteve 58 dias no Benfica,
é mentira.»
Rui Costa ataca Noronha
Lopes: «Continuo a achar muita piada com este conflito em
relação à parte financeira do clube, que continua a ser o melhor
em condições financeiras, nunca teve perto de ter um problema com
o fair play financeiro. Nunca necessitou de ir à banca pedir
perdões, não faltou com o fornecedor, atleta, clube, reduziu a
dívida a clubes nos últimos anos de €30M. Apresentei a dívida
total do Benfica, de 247 para 241. O benfica não tem nenhum
problema de tesouraria, isso seria a última coisa que faria na
vida, por todo o respeito que tenho pelo clube. Mas acho graça a
preocupação do lado de Noronha Lopes pela questão financeira do
Benfica e ainda não conseguiu explicar se vai ficar a tempo
inteiro, em part-time, foi dizendo coisas diferentes em entrevistas.
As medidas são muito claras para dobrar o merchandising, da mesma
maneira que tem aumentado todos os anos e esta dívida líquida vai
baixar, porque já está nessa linha.»
Manteigas responde a Rui Costa: «Lá
fora o que diz sempre é que a contabilidade fabrica-se, mas o
dinheiro não se multiplica. O Benfica tem um problema de
tesouraria.
Rui Costa: «Não tem e nunca
teve»
«Não está bem financeiramente, mas
autogenera-se, não tem problema, mas não tentem defender o
indefensável. Covid foi 2021, não tem motivo nenhum», respondeu
Manteigas.
Noronha Lopes critica Rui Costa: «O
que está a dizer não faz sentido. Contrariamente aquilo que
acontece consigo, que não leu o meu problema, embora diga que tenha
copiado ideias, mas não o leu. Eu li o seu e o que se vê é um
conjunto de lugares comuns e diz 'duplicar as receitas de
merchadising', de digital, mas não mostra como.»
Martim Mayer: «Mas o seu também
não o diz. Critica uma coisa e faz igual.»
«Como é que um presidente que nos
trouxe aqui do ponto de vista financeiro é que diz que agora é que
é. Se do ponto vista desportivo não ganhámos nada, também a
situação do ponto de vista financeira tem de ser resolvida»,
acrescentou Noronha Lopes.
Mayer ataca os restantes 5
candidatos: «Eu concordo, a dívida não é um problema, e
também imitirei obrigações. Mas temos o clube descontrolado
financeiramente, muito, e eu acabei de explicar com três medidas
concretas como é que eu vou fazer desde o primeiro dia. O que eu
acabei de ouvir aqui não é mais do que um conjunto de desejos, tem
de ser falar de medidas concretas. Noronha Lopes esconde-se atrás
da credibilidade que vai trazer, e estes senhores, o Cristóvão
acha que deve individar o clube, mas não explica o que vai dar em
troca. Manteigas limita-se a trazer um conjunto de conceitos que
nada tem que ver com a gestão financeira que o clube precisa e que
efetivamente passa pela proposta que acabei de apresentar.»
Aumento da dívida gera diálogo entre
Luís Filipe Vieira e Martim Mayer. «Quando digo que vou aumentar a
dívida, ela vai ser paga. Não é com essas engenharias que estás
a mencionar», frisou o antigo presidente
Rui Costa responde sobre a questão
financeira: «Se contabilizarmos a dívida do Benfica em
2020/21, antes da minha entrada, tínhamos uma dívida total de 247
milhões de euros, agora é de 241,5, portanto baixou e não
aumentou. É verdade que aumentou a dívida líquida e estabilizámos
até onde podia aumentar, e a primeira parte deste aumento é do
covid. Tivemos os mesmos custos mas sem os aumentos de receita.
Tivemos aumento de receita de 11% ao ano e queremos chegar aos 500
milhões de receita, o que é estranho é de chumbar um exercício
de 30 milhões de euros ao Benfica.»
Luís Filipe Vieira rejeita argumento
de Rui Costa sobre aumento do passivo: «O passivo que tens não tem
nada a ver com o COVID. Graças aos quadros que o Benfica tinha,
além de pagarmos a toda a gente, conseguimos reduzir o empréstimo.
Correu-nos muítissimo bem, tenho a certeza que o passivo não
aumentou nessa altura. Na realidade, vocês colocaram dinheiro em
coisas más. Sei o que estou a fazer, não te estou a atacar, Rui.
Fomos o único clube que ultrapassou o COVID de forma normal porque
tínhamos um saco de dinheiro por trás.»
Manteigas: «Nos últimos quatro
anos o passivo aumentou 25% e temos entradas e saídas de jogadores,
270 milhões de euros, ninguém sabe onde anda. O problema aqui é:
uma liga, duas supertaças e uma taça da liga. Significa que o
investimento financeiro não resultou, que continuamos dependente de
receitas extraordinárias com vendas de jogadores e entradas na
Champions, e se falha uma entrada temos de um problema de 70 milhões
de euros.
Aumentos nas receitas do clube e na
SAD. Os patrocínios no clube são de 2 milhões de euros, tem de se
fazer mais, porque é possível. Naming para o estádio, há imensos
anos que se fala e ainda não aconteceu. Internacionalizar a
comunicação do clube que até pode ser pelos atletas estrangeiro.
E reestruturação da dívida, redução dos custos, porque temos 80
milhões de euros na SAD e 90 no clube. Não podemos hipotecar o
sucesso desportivo.
Cristóvão Carvalho antecipou metas
ambiciosas para as receitas encarnadas: «Os números do Benfica não
são bons e temos de trabalhar nisso.. O meu objetivo é elevar as
receitas para €450M em 4 anos e €700M em 8. Este processo leva
tempo. Quero terminar com a venda em massa de jogadores. Aqui
concordo com Luís Filipe Vieira: sem dinheiro não resolvemos o
problema, mas €200M não chega. €400 M foi a linha de crédito
que encontrei para ter 100 milhões por ano para fazer o que todos
dizem que vão fazer: sem o garrote financeiro reestruturar a
dívida. Tenho este valor pronto para o dia seguinte às eleições.»
Martim Mayer apresenta a sua proposta
para o Estádio da Luz e comenta os números financeiros do
clube: «Temos na SAD €70M prejuízo recorrentes. Temos de
equilibrar todas as épocas estes milhões: entre 15 e 20% destes
custos podem ser cortados e resolve metade dos problemas. Apresento
duas medidas muito concretas: internacionalizar o Benfica como clube
e começamos por Angola e Moçambique. Ao fim de dois anos vamos
trazer 15 milhões de dólares em cada um.»
«O Estádio da Luz, vou aumentar em
15 mil lugares, que depois vão dar 20 milhões de euros em receitas
aos dias de jogo e temos equilibrio financeiro. O meu plano é a
minha proposta para os sócios.»
Noronha Lopes arrasou gestão
financeira de Rui Costa: «Com todo o respeito que tenho com Rui
Costa, pergunto como é possível ter 4 responsáveis financeiros em
quatro anos. Domingos Soares de Oliveira saiu, Luis Mendes
demitiu-se antes de uma AG, Jaime Antunes demitiu-se antes de outra
AG e agora temos Luís Mendes. Não é surpreendente que o passivo
tenha aumentado €100M e que todos os anos apresentemos resultados
negativos €15 M. Os sócios perguntam 'para que é que isto
serviu'. Para zero, Rui Costa. Tem que haver rigor financeiro, temos
de equilibrar as receitas e despesas correntes.»
«Temos um plano delineado com José
Theotónio,com quem falo há um ano, cortar os custos não resolvem
os problemas estruturais do Benfica. Temos de ter sucesso
desportivo, uma boa negociação dos contratos televisivos, aumentar
as receitas de dia de jogo eaumentar as receitas comerciais. Como
José Theotónio disse, mais 4 anos disto e ficamos numa situação
complicada. Não festejamos relatórios e contas», explicou.
Recomeça o debate, focado na dimensão
financeira
Luís Filipe Vieira frisou que o
Benfica não pode «reduzir» custos, e traçou plano para potenciar
investimento. «O que é importante é estabilizar o Benfica
financeiramente e passar toda a divida para longo prazo, arranjar
financiamento e diluir ao longo do tempo. Temos alinhavado um
empréstimo de 200 milhões de euros. Precisamos de dinheiro para
investir, se o Benfica ganhar passam todos os problemas. Depois de
2010 foi assim que recuperámos. O Benfica tem de ter uma equipa
para ganhar e não pode pensar que tem de vender. Depois vai
recuperar. No passado foi assim e será assim no futuro. Até agora
tenho levado ao. Neste momento reduzir não vale a pena, mas às
vezes há gorduras a mais que temos de tratar», explicou
Intervalo no debate. Na primeira parte
do frente a frente, os candidatos trocaram ideias (e acusações)
sobre o passado presente e futuro do futebol do Benfica, lamentaram
desaproveitamento da formação e não esconderam a surpresa e
incerteza face à situação financeira das modalidades
Manteigas responde a Rui
Costa: «Vai-se chamar SLB feminino e o Benfica terá sempre a
maioria do capital. Benfica fez o maior investimento no hóquei, não
há razão para não ganhar. O que falta? Dinheiro não é, talvez
não tenhamos de gastar tanto, é um problema de identidade. Não
sei se é da direção para baixo, mas há uma desorganização.
Falhamos desportivamente, Benfica foi fundado para ganhar, não para
vender jogadores. Benfica tem boas infraestruturas e as pessoas não
conseguem perceber.»
Cristóvão Carvalho criticou aposta
de João Diogo Manteigas no ciclismo na última semana de campanha
eleitoral: «Esta manobra do ciclismo surpreendeu-me, claramente
emocional.. Foste o primeiro a chegar e só te lembraste agora.
Parece que foi uma coisa de última hora, gostava que me
explicasses, estou muito curioso»
O advogado antecipa um investimento
diminuto de João Noronha Lopes nas modalidades.
Martim Mayer responde a Manteigas por
causa do ciclismo. «Nós gastamos 14 milhões de euros que não
são dos plantéis. Sei que é possível poupar 5 a 6 milhões de
euros, isso aplicado numa infraestrutura para as modalidades... tal
como no futebol. Aquilo que o clube evoluiu com o Seixal, com mérito
do LFV, pode acontecer nas modalidades. Os benfiquistas adoram o
ciclismo, mas primeiro temos de tratar de arrumar a casa. De uma
forma equilibrada, depois podemos ir para outras áreas e
modalidades. O ciclismo é uma modalidade cara e deverá fazê-la no
longo prazo e voltar a sair dela como já aconteceu.»
Benfica: candidatos atacam Rui Costa
pela saída de João Neves Internacional português foi transferido
há um ano para o PSG e é um dos exemplos dados pelos adversários
do Presidente das águias para a formação do clube
João Noronha Lopes: «Investimos
muito e ganhámos poucos. Não significa que tenhamos de ganhar nos
anos todos»
Rui Costa responde aos adversários na
questão do futebol feminino e modalidades.
«Esta situação de Manteigas falar
do futebol feminino foi ponderado e o que nós entedemos é que
seria chamado Benfica e qualquer coisa, por isso optámos por um
investimento gradual no futebol feminino e que se chame sempre
Benfica só.»
«Passámos o futebol feminino para o
Benfica Campus e pusemo-lo na SAD para um maior investimento. É
preciso ter alguma consciência do que as equipas europeias já
gastam no futebol feminino, tem de ser gradual.»
«Estamos a falar muito das
modalidades pavilhão. Nós gastamos muito sim, porque temos todas
ao contrário dos outros clubes. É evidente que temos de gastar
mais. As modalidades não são todas iguais, cada uma tem os seus
custos, não têm de estar todas ao mesmo nível. Jogador de futsal
não ganha o mesmo que volei ou basquetebol. Hóquei e futsal têm
de ser cada vez mais jogadas com portugueses, mas é mais difícil
em Portugal porque somos o expoente máximo. É muito natural termos
de ir ao estrangeiro ir buscar jogadores para estas modalidades.»
Luís Filipe Vieira reforça: «O
Benfica deve ser dos clubes mais ecléticos no mundo. Nunca me
passou pela cabeça que o Benfica tivesse orçamentos da modalidade
como tem hoje. Até este momento, não sei ao certo qual é o
orçamento, devem estar clarificados. Em hóquei, temos os melhores
jogadores europeus e custa-nos muito essa brincadeira.»
Manteigas e o futebol feminino: «O
investimento foi feito pela SAD e não trouxe resultados
desportivos, perda de Taças. O futebol feminino faz sentido num
sistema em que é criada uma SAD autónoma. A FIFA já investe
muito, a FPF também e o Benfica é o melhor exemplar que existe
para esse efeito. Um projeto que capta um parceiro estratégico para
que possa reconhecer o poder da marca Benfica, mas que passe a
apostar a nível externo. Os ingleses e espanhóis aumentam os seus
orçamentos, o Benfica pode perder o barco para ganhar um título
europeu».
«Modalidades? Não podemos
continuar a gastar milhões e a não sermos campeões. 14 jogos, 13
derrotas, uma vitória do andebol a nível europeu. O clube gasta
mais de 20 milhões de euros em orçamentos e patrocínios são 2
milhões de euros, nem 10% de receitas. Objetivo também passa por
modalidades olímpicas conseguirem progredir nas fases de grupos a
nível europeu. O hóquei e futsal são dois casos que ninguém
consegue perceber: quase em exclusivo em Portugal e têm de ganhar
cá, e não só.»
No final, Manteigas revelou que
conseguiu um patrocionador para o ciclismo e ofereceu esse projeto
para quem vencer as eleições. «Benfica vai voltar a ter um
patrocínio numa equipa de ciclismo», disse, revelando a camisola a
meio do debate. «Finalmente conseguimos fazer uma parceria
estratégica para o emblema do Benfica voltar à estrada. Uma
parceria estratégica com um clube do pelotão nacional já para
2026.»
Cristóvão Carvalho defendeu que
o Benfica perdeu «um bocadinho o barco» no futebol feminino.
«Fomos ficando para trás com falta de investimento. Temos muitas
possibilidades de ganhar um título europeu. Neste momento o Benfica
tem essa possibilidade, julgo que será possível investir muito
mais Falta aproveitar sinergias do futebol masculino para o
feminino. Sente-se cada vez mais um carinho dos adeptos. Ainda vamos
a tempo de fazer o investimento», frisou o advogado.
A situação financeira das
modalidades confunde Cristóvão Carvalho: «Foi muito difícil
perceber quanto se gastava nas modalidades, na última AG tivemos
mais algumas informações e percebemos que haverá muito trabalho a
fazer. Teremos de dar um passo atrás em algumas, para dar dois à
frente em outras. Em Portugal existem excelentes jogadores de hóquei
e futsal, não vejo necessidade de investir lá fora. Temos de
apostar em duas modalidades de referência para jogar Superligas.»
Martim Mayer e a sua visão do futebol
feminino e das modalidades.
«É muito relevante criar uma
identidade para o futebol feminino e a minha proposta passa por
criar um estádio com 8 a 10 mil lugares. Isto comigo vai acontecer.
O diretor de futebol feminino tem de ser uma mulher, já existiu
isso no Benfica, e temos de voltar a fazê-lo. Traçar um caminho,
um título europeu, que é o grande objetivo».
«Modalidades? Temos de olhar
para as infraestruturas, o Benfica sempre foi líder nas
infraestruturas e há muito que merecem a própria infraestrutura.
Alugamos pavilhões por todo o lado, casas para os atletas, tudo
isso virá para o que vai ser o Benfica Campus das modalidades. A
infraestrutura fica resolvida, a qualidade da formação passa a ser
superior e vamos ter uma estratégia médio prazo muito mais bem
sustentada.
«O Benfica tem de apostar na sua
gente da formação, contratamos atletas para os escalões séniores
acima dos rivais e eles vêm com menos vontade de vencer, menos
objetivos. Temos de saber contratar e não porque vêm ganhar mais,
porque é isso que vai trazer mais vitórias à modalidade».
O projeto de João Noronha Lopes para
a equipa feminina e para as modalidades:
«Estive no Estádio da Luz a assistir
ao duelo contra o Arsenal. Senti o entusiasmo em volta da equipa
feminina. É uma área em que podemos continuar a investir, vamos a
tempo de ter uma aposta europeia.»
«Relativamente às modalidades,
ganhámos pouco para o que investimos, no feminino tivemos boas
notícias, no masculino ganhámos 30% na época passada. Temos de
começar pela organização, começo sempre por aqui, algo mal
compreendido por alguns candidatos. As modalidades são escolas de
benfiquismo, são absolutamente fundamentais para a nossa
identidade, é preciso ainda maior transparência sobre o que se
gasta. Depois não consigo perceber a razão porque é que os
pavilhões estão vazios. As modalidades podem servir para aproximar
o clube dos benfiquistas fora de Lisboa.»
Luís Filipe Vieira defendeu que «com
mais investimento» é possível, a breve trecho, «lutar por um
titulo europeu». O antigo presidente do Benfica foi mais
cauteloso nas modalidades: «Tirando o vólei ou o basquetebol,
temos de montar uma meta de 30% de jogadores de formação, no
hóquei formamos com muitíssima qualidade e não aproveitamos,
basta ver a equipa do hóquei de Barcelos. No andebol não
conseguimos destronar o Sporting, uma das melhores equipas do Mundo»
Segue-se o tema futebol feminino e
modalidades
Rui Costa: «O investimento no futebol
feminino, projeto de grande sucesso, procurámos dar a dignidade que
merecia, colocamos a secção a trabalhar no Benfica Campus,
alocámos o Benfica à SAD. Em Portugal os resultados estão à
vista de todos. O investimento tem de ser contínuo para não perder
a hegemonia.»
Modalidades: «Foi um mandato em que
investimentos bastante para igualar o nível dos adversários. Há
títulos europeus que queremos ganhar no futsal e no hóquei. Por
acaso no último mandato ganhámos numa modalidade que não temos
muita tradição em Portugal que é o andebol. As modalidades não
são um outsider do clube, mas sim um dos pilares.
Queremos mais vitórias.»
João Noronha Lopes respondeu a Rui
Costa: «Se os jogadores da formação virem jogadores ficarem
seis meses na equipa principal também vão querer sair. João Neves
não é uma questão do passado. A formação faz-se de símbolos e
estou farto da conversa que não podemos cortar as pernas aos
jogadores. É esse discurso fatalista faz com que não ganhemos.
Temos técnicos da formação a sair para outros clubes.»
Martim Mayer frisou a necessidade da
construção de um colégio do Benfica para «reter e não perder
talento»
Luís Filipe Vieira defendeu que Rui
Costa poderá não ter feito tudo o que estava ao seu alcance para
garantir a continuidade de João Neves
Rui Costa frisou que «nem todas
gerações têm a mesma qualidade» e respondeu ironicamente à
sugestão de João Diogo Manteigas de dar garantia de tempo de jogo
aos agentes e à família dos jogadores. «Não me lembro de o ter
visto em nenhuma reunião com João Neves para me estar a desmentir,
Noronha Lopes. João Neves não queria sair do Benfica, mas não
queria perder a valorização financeira em relação ao que ganha
em Paris», respondeu o atual presidente, posteriormente, a Noronha
Lopes
Cristóvão Carvalho frisou que João
Neves é «uma pedra no sapato» de Rui Costa e criticou a «falta
de compromisso» de João Noronha Lopes, acusando o gestor de não
se comprometer com qualquer objetivo
Manteigas e a questão João
Neves: «Obviamente que Benfica podia simplesmente não vender.
Podia criar um problema com o jogador, tenho dificuldades que João
Neves não quisesse dar a volta isso e mais tarde querer sair.
Antecipando-se as negociações com os contratos com jogadores, mas
falando com as suas famílias e agentes consegue-se fazer isto.
Obviamente temos de provar que temos condições e que vai jogar.»
Noronha Lopes ao ataque: «Quantos
Costas é que há na direção do Benfica?»Candidato da lista F à
presidência dos encarnados criticou incoerência do presidente dos
encarnados
Martim Meyer destaca o dinheiro gasto
nos últimos quatro anos de Rui Costa no Benfica, comparativamente
com os rivais: «Esta é a minha aposta. Mais jogadores da
formação para a equipa B e tem de haver uma estratégia. Tem de
estar ligada diretamente com a nossa política de compra e vendas.
Desde 2020 que gastámos mais de 119 milhões de euros do que os
nossos rviais. Desde 2020 que temos uma média de mais valia de 250
mil euros, o nosso rival tem 39 vezes esse valor. Compramos de mais
e tapamos jogadores de formação que poderiam espontar na equipa A
e não espontam. Não só gastamos dinheiro a mais como temos uma
política que não serve a um clube que quer jogar o seu talento.
50% da equipa A será da formação de uma forma consistente, como
titular, não no plantel. É isto que é a minha proposta para os
sócios e isso é possível de se fazer. Não só vamos aplicar
melhor os nossos fundos nas compras das lacunas que temos para
completar a equipa, mas apostar na formação e deixar que ela tenha
o seu espaço para se concretizar na equipa A.»
João Noronha Lopes frisou a
necessidade de «formar para ganhar», graças a um «investimento
na formação sem precedentes», através de incentivos para reter
os jovens e um plano até à equipa principal. O gestor recordou,
posteriormente, as declarações de João Neves após a saída do
Benfica: «Rui Costa diz que não era possível segurar João Neves.
Todos os jogadores quererão sair do Benfica um dia, mas quem disse
que não queria sair foi João Neves. O caso não foi resolvido na
altura certa em dezembro ou janeiro, com o empresário e a família
do jogador, deixou-se o assunto arrastar-se até já estar com a
cabeça noutro lado.»
«Não sou apologista de dizer que
temos um número de jogadores que têm de ir para a equipa
principal, temos é de ter uma politica com uma equipa sombra, mais
do que triunfar nos escalões jovens, termos de criar condições
para que os jogadores triunfem na equipa principal. João Neves saiu
por urgência», salientou.
Luís Filipe Vieira voltou a
afirmar que «foi muito mau» ser campeão em 2004/05, com «13
jogadores». O antigo presidente do Benfica frisou que quando teve
«condições para trabalhar», rubricou «segunda melhor década do
Benfica».
«Não produzimos todos os anos
jogadores para estar na equipa principal, tem 9 miudo campeões
europeus sub-17 mas estão a crescer, se calhar estamos protegidos
para o futuro nas laterais. Perdemos um quadro fantástico que era o
Pedro Mil Homens, perdemos outro técnico fantástico, temos matéria
prima para crescer»
Rui Costa responde a Cristóvão
Carvalhão sobre a saída de João Neves: «As coisas não
funcionam desta maneira e João Neves não podia ficar mais uma
época no Benfica, foi campeão nacional e saiu. Dizer que João
Neves não queria sair do Benfica é a coisa mais simples do mundo.
Não queria o João Neves nem outro jogador se o Benfica tivesse
condições para lhes pagar o que os outros vão ganhar lá fora. É
tão simples quanto isso, com o devido respeito que tenho ao João
Neves, era um jogador sem preço, mas era impossível manter João
Neves.»
Formação: «A entrada dos jogadores
da formação do Benfica, os dados são concretos. O ano passado
acabámos a ganhar os três títulos, inédito, foram 8 títulos em
12 possíveis, ganhámos a Youth League, a primeira taça
intercontinental feita na formação, metemos 23 estreias no
Benfica. Os dados são concretos e claros. Tentámos este ano
elaborar um maior projeto dos nossos jovens, é por isso que os
sub-23 e equipa B estão a jogar com idade juvenil. Se há coisa que
funcionou muito bem neste mandato foi o futebol formação, com
recordes.
Lista de Noronha Lopes aponta
«irregularidades» nos cadernos eleitorais; Benfica garante que «é
falso» Gonçalo Almeida Ribeiro garante que «há sócios que não
podem votar», mas diz que a realização das eleições não está
em causa
Manteigas: «Eu acompanho a
questão da formação, mas mostro um exemplo muito fácil nas
idades: António Silva ainda não renovou e Otamendi sim, e é um
jovem da formação. É por causa disto que precisamos de uma rutura
total com o passado.»
«A proposta para António Silva está
em cima da mesa», respondeu Rui Costa.
Noronha Lopes responde a Rui
Costa: «Rui Costa foi vice-presidente para o futebol e se não
sabe o que faz fico muito surpreendido com isso. Nuno Gomes está
preparadíssimo para assumir as funções no Benfica. Nuno Gomes
saiu do Benfica pelo seu próprio pé, formou-se e teve preparação.
É uma grande alegria poder trazê-lo de volta ao projeto do Benfica
e volta porque sentem que há um projeto. Está preparadíssimo. Foi
à vida deles e volta com ganas de triunfar.»
Martim Meyer: «Rui Costa está certo
em dizer que há muitas coisas bem feitas e sou o primeiro a louvar
o que está bem feito, mas Mário Branco não olha para o futebol a
médio prazo, não há tempo para isso. Isso é uma oferta que eu
trago. A minha proposta é muito clara: falta ao Benfica olhar para
o futebol a médio prazo e a pessoa que vem comigo vai olhar para o
futebol a quatro anos, perceber as lacunas para a próxima época,
seguinte e a seguinte. E isso não é feito. Está esclarecido o que
os sócios esperam de mim.»
Cristóvão Carvalho não perdoa Rui
Costa devido à venda de João Neves
«Temos efetivamente uma das melhores
academias do mundo, deve ser dado mérito a quem a pensou e
concretizou. Continuamos a fazer um bom trabalho, mas podemos fazer
muito melhor. Independentemente de Rui Costa ter dado explicações
porque é que os jogadores não chegam à equipa principal, mas
devia haver condições para isso, é ali [Seixal] que temos o nosso
pote de ouro, os nosso craques. Vou me comprometer com os sócios:
terão de chegar três a quatro jogadores por ano à equipa
principal, temos de criar condições para que seja possível, ao
dia de hoje não é», admitiu.
O advogado voltou a lamentar a venda
do «farol» João Neves. «Um miúdo que chegue ao Seixal tem de
acreditar que vai chegar à equipa principal, temos de ter 6 ou 7
que se mantenham, João Neves seria um dele, foi daqueles jogadores
que não te perdoo Rui, admito que falhes, mas o João não, o João
queria ficar, tinha condições para ficar para ser um farol.»
Rui Costa destaca a idade média do
plantel: «Este trajeto, esta gestão do futebol não pensa no
imediato, e é por não pensar no imediato que o Benfica tem um
plantel com apenas dois jogadores acima dos 25 anos. Se pensasse no
imediato pensaria como apanhei o Benfica quando cheguei a
Presidente. Com 13 jogadores na casa dos 30 anos, quando se fala um
plantel desta dimensão com os jogadores que chegaram ao Benfica e
este ano, é para pensar a longo prazo e não a curto prazo. Isso
fica bem vincado na construção do plantel.
«Formação? É a nossa função
e de todas as estruturas do Benfica abrir o espaço para que isso
aconteça. O nosso papel não é ser treinador é abrir espaço e
sempre disse que no projeto do Benfica entram 20 jogadores
contratados para a equipa principal e de resto é formados no clube.
Ainda vão aparecer em momentos mais saudáveis na equipa para terem
mais minutos, mas nas principais ligas europeias a média de
utilização são de 13%, do Benfica é de 20%. Portanto não creio
que o Benfica esteja tão carente em termos de formação e continua
a ser uma das melhores no mundo em termos de utilização.»
Resposta a Noronha Lopes: «Rui Costa
nunca festejou nem nunca assumiu que festejou alguma coisa que não
tenha sido alguma coisa que não tenha sido um título do Benfica.
Aprendi cedo que não há vitórias morais, queremos que lutem pelos
títulos e nunca festejei o que não fosse uma vitória. Nenhuma
dessas pessoas executou no passado algum cargo destes, ao contrário
de Mário Branco que leva uma vida, respeito as pessoas, mas ninguém
teve o cargo que o senhor está a metê-los no Benfica.
Luís Filipe Vieira: «O Benfica vai
ter uma equipa sombra e esses jogadores são os que devemos
contratar, tendo em conta as nuances do treinador, O treinador
poderá escolher entre 4 jogadores. Não vai voltar acontecer o
treinador escolher e ficarmos com o menino nas mãos.»
Cristóvão Carvalho pediu
«compromisso» aos restantes candidatos. «O compromisso de Rui
Costa com os sócios no programa é chegar ao top 10 do ranking da
UEFA, conquistar a quarta estrela...É curto, Rui. Tens de te
comprometer com algo, mensurável para os sócios perceberem o que
queremos alcançar«, frisou. O advogado afirma ainda que Manteiags
«não quantifica quaisquer ideias desportivas»
Manteigas: «Só corrigir Noronha
Lopes, porque o plantel que Bruno Lage teve já não era de Schmidt,
Bruno Lage preparou esta época com a direção e com Rui Pedro
Braz. Mas dizer a Rui Costa que é verdade que apostamos na
formação, mas não adianta se não o metermos a jogar. Gonçalo
Ramos e João Neves foram imediatamente vendidos, tivemos o caso do
Tiago que foi para França, Bajrami que quase não jogou e não
vemos Rego, Veloso a jogar, talvez por causa do treinador. Temos de
falar com ele para perceber, temos problemas nas alas e não adianta
só termos formação e estarmos no primeiro lugar. Temos de
apostar.
Martim Mayer volta a afirmar a
importância das camadas jovens, da equipa B e os sub-23: «Falar
com Mourinho, com Mário Branco e entender as lacunas do plantel e a
procura de reforços, comigo também será assim em janeiro. Existe
uma forma muito melhor de trabalho neste universo de treinador que
são os sub-23, a equipa B e a equipa A, e eu venho com muita
vontade de falar com Mourinho sobre isso. Que esteja mais próximo
dessas equipas. Queremos ganhar sempre, ser campeões europeias, mas
a minha proposta concreta é esta e pode dar uma grande consistência
ao futebol do Benfica.»
João Noronha Lopes: «Quantos Costas
é que há na direção do Benfica?»
«Naturalmente vou-me sentar com José
Mourinho, queremos ganhar. José Mourinho está a trabalhar com um
plantel que não escolheu, tal como Bruno Lage trabalhou com um
plantel escolhido por Schmidt [em 2024/25]. É de estranhar após
ter investido €130M e continuar com estas lacunas. Se continuamos
a cometer o mesmos erros é normal que não haja resultados. Queremos
trabalhar por antecipação, chegar mais cedo ao mercado e não
comprar jogadores por 30 milhões de euros quando podiam chegar por
15M», frisou o gestor. O candidato visou diretamente Rui Costa:
«Fico surpreendido porque o candidato Rui Costa parece que critica
o presidente Rui Costa tal como o presidente Rui Costa criticava o
vice-presidente e o diretor desportivo Rui Costa oor herdar um
plantel velho. Quantos costas é que há na direção do Benfica?»
Luís Filipe Vieira puxou dos galões:
«Temos de ser campeões este ano.» «Toda a gente está de acordo
que se fez uma grande renovação, mas o plantel está
desiquilibrado. Mal que seja presidente vou ter uma reunião com os
quadros, incluindo o treinador e traçar objetivos», frisou. O
antigo presidente do Benfica frisou que o segredo está na
estabilidade da estrutura, tal como aconteceu entre 2013 e 2017, e
lamentou falta de opções de José Mourinho: «Falta-lhe alas, pode
faltar um defesa central, lateral esquerdo. Cada um de nós tem de
ser campeão diariamente, não é preciso falar com muita gente,
temos de criar objetivos e as pessoas têm de cumprir.»
Rui Costa explica a situação do
Benfica no mercado. «Fica bem claro que toda a gente aqui quer
ganhar mais, se não ninguém estava na luta pela presidência do
Benfica e parece que toda a gente tem o método mais eficaz para o
fazer. O Benfica sempre que teve de mexer na equipa em janeiro
mexeu, sempre consoante as necessidades do treinador do Benfica,
nunca se inibiu de corrigir algum erro e quando chegarmos a janeiro
vamos ver do que o plantel necessita ou não. Até janeiro vai
melhorar muito internamente, alguns ainda não estão ao patamar que
esperamos, juntamente com alguns jovens da formação. Cá estaremos
para resolver o problema como sempre.»
Cristóvão Carvalho reforçou
objetivos vitorioso: «No futuro, parece-me simples. O Benfica tem
uma estrutura e funciona. Tenho muita dificuldade quando vejo
grandes mexidas sem se conhecer. Onde o Benfica está mais
organizado é no futebol e todas as alterações têm de ser feitas
em consonância com toda a equipa de futebol, com o método que se
queira. Não vejo ninguém que tenha definido objetivos, o que quer
ganhar e como. A partir daí será toda uma equipa, Perceber que
jogadores chegam, desde a formação. O que penso é um Benfica
profissional, que não pode ser decidido na cúpula. Há coisas que
serão para manter, outras melhorar e outras substituir. Venho para
ganhar 3 em 4 ligas e chegar a uma final da champions em 6/7 anos. O
Benfica precisa de acertos com qualidade.»
2.ª pergunta: o que pretende fazer
cada um dos candidatos no mercado de janeiro?
Manteigas destaca o papel do
treinador, Mourinho, no mercado: «É a estrutura com o treinador, é
Mourinho quem tem uma palavra a dizer e a estrutura tem de planear o
que o Mourinho necessita. Qualquer treinador no Benfica tem uma
palavra a dizer, porque é ele que vai afinar em campo. O Benfica
retocou-se sempre em janeiro, sempre o fez, desde que haja
condições.
João Noronha Lopes pretende
revolucionar a equipa de futebol com uma «estrutura mais forte,
iuma estabilidade maior e cultura de vitória». «Nuno Gomes será
administrador da SAD e estará encarregue do futebol do Benfica a
curto, médio e longo prazo, Pedro Ferreira será coordenador e elo
de ligação, ambos serão interlocutores de Mourinho. Tomás Amaral
no Scouting e Vítor Paneira como elo de ligação entre a estrutura
e a equipa de futebol. O Benfica não pode ter cinco treinadores em
quatro anos. Isso acontece através de uma estrutura coesa, com
visão a longo prazo e que sabe o que fazer. O Benfica não pode
normalizar a derrota, não pode ser o clube do quase. Temos de
querer ganhar e a cultura de vitória tem de começar no presidente.
O segundo lugar não significa nada. Esta cultura de vitória tem de
mudar», frisou o gestor
Luís Filipe Vieira deseja renovar
contrato com José Mourinho por mais quatro anos: «O projeto
assenta na equipa de futebol. Queremos ganhar, ter hegemonia em
Portugal não abdicamos disso, já tivemos e queremos ter outra vez.
Vamos ter um diretor-geral pronto a entrar, não quero mexer muito.
Temos de ser responsáveis porque o Benfica tem contratos para
cumprir. Ao nosso treinador, vou-lhe fazer uma proposta para renovar
por quatro anos Pretendo dar referência ao mercado português, já
há jogadores anotados, o que acordarmos criar condições a José
Mourinho. Vamos ter jogadores 19 titulares e o resto será da
formação»
Martim Meyer fala de um plano a partir
das camadas jovens: «Falta coordenação e definição de um
modelo de jogo desde a camada jovens. Mourinho e Mário Branco
preocupam-se com o curto prazo, eu trago um plano de longo prazo. Um
plano de jogo desde as camadas jovens e que melhoria o futebol da
equipa A. Aceleração de talento, é por aqui que o meu futebol
vai.»
Rui Costa: «É um prazer
debater-nos aqui os seis candidatos juntos. Em relação ao futebol,
é evidente que não ganhámos neste mandato o que queríamos, mas
fizemos uma reestruturação do futebol do Benfica. Estamos mais
próximos do que há quatro anos, temos uma equipa mais jovem, com
mais valores individuais e também em termos financeiros, embora o
projeto passe sempre pelas vitórias», disse, analisando o tema da
formação.
«Reforçamos a presença da nossa
formação na equipa principal. Temos 11 jogadores, queremos
reforçar o número, manter pelo menos o número de 8 e dar mais
utilização à de hoje», atirou. «Criámos uma estrutura
altamente profissional, bem identificada, Mário Branco tem
altíssima experiência e com a ambição de estarmos em condições
de voltarmos a ser ganhadores no campeonato. Em termos europeus, um
candidato disse que queria um Benfica europeu, recordo que este foi
o mandato com melhor qualificação europeia, embora este ano não
tenha começado bem, temos qualidade para continuar a estar bem na
Liga dos Campeões.
Cristóvão Carvalho frisa que «é
possível ser campeão europeu». «Apresento um Benfica europeu,
que nos próximos anos tem de ter uma equipa que lhe permita ter a
ambição de ganhar um título europeu, sustentado, alicerçado num
treinador de referência, de projeto, disponível para preparar em
4/5/6 anos uma equipa que possa jogar quartos de final com
naturalidade.» O candidato da lista D frisou a necessidade de uma
«mudança estrutural» para garantir «segurança financeira»
suficiente para «criar estabilidade aos jogadores que venham da
formação»
Cristóvão Carvalho voltou a frisar
que pretende contratar um treinador da dimensão de Jurgen Klopp:
«Hoje temos José Mourinho que é mais titulado e que tem o mesmo
salário que Jurgen Klopp teria.»
Manteigas dá início ao debate e
destaca a importância da formação. «Voltamos a estar no
primeiro lugar mundial, é exatamente o que queremos. Provar que
conseguimos apostar», disse, avançando para o ponto da transação
dos jogadores. «Vitórias, é essencial acabar com o Benfica que
é trading de jogadores e apostar mais no mercado
nacional, como é o caso do Manu, que poderia ter sido contratado
antes de chegar ao Guimarães. Benfica tem de ter os melhores
jogadores em Portugal, um maior equilíbrio e dois jogadores por
posição. Falta também compromisso dos jogadores. E ao Benfica não
compete só ganhar o campeonato», acrescentou.
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NOTA: Quanto mais ouço os candidatos mais confuso fico. Todos prometem mundos e fundos. Conheço as obras de Luís Filipe Vieira e de Rui Costa. Dos outros não conheço nada.
Confesso que Noronha Lopes não me merece grande confiança. Comparo-o a um charlatão que tudo promete e depois nada faz. Se calhar estou enganado. Oxalá que sim.
Manteigas parece-me ter um discurso mais plausível e assertivo. Será o Presidente Ideal para o Benfica?
Tenho a certeza que os benfiquistas vão votar em consciência. Decerto e acredito que sim, Sábado terminará com a decisão final ou com a necessidade de uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados.
Que o próximo Presidente traga União, Ambição, Verdade, Fulgor, Determinação.... VITÓRIAS.
Qual é a sua opinião sobre qual o candidato que pensa ser melhor presidente para o Benfica?
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