O Cabo Horn tem um significado mítico para os homens do mar.
Queridos Belovoarenses,
O Navegador tem estado com dificuldades em inserir uma postadela no Blogue.
Cá para mim, deve ser por estar a navegar nas águas revoltosas do Cabo Horn e o sinal de satélite ser fraco. Eu bem o avisei para procurar águas mais calmas.
Mas como o prometido é de vidro, aqui está a postadela que o Navegador me enviou por um "emilio"
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Desde o malfadado apagão da Luz, sempre em crescendo e sem que eu consiga prever-lhe o fim, demos, Nós, os Benfiquistas, inicio a um ainda mais malfadado período de nojo e de irreflexão, ao longo do qual já lemos e ouvimos uma torrente de disparates (o que nem é muito grave, considerando que o erro faz parte do processo de aprendizagem), em que Nos ofendemos insistentemente e em que assistimos (ou participamos) a comportamentos que, mesmo que não Nos envergonhem a todos, estão nos antípodas do TODOS, UM que queremos reafirmar.
Tendo compartilhado da dor atroz que Nos foi causada por um final de época desportiva surpreendentemente aterrador, confesso que preferia não ter tido de assistir ao que Nós destruímos nas semanas imediatas. Todos Nós, sem excepção, “estivemos” nas pateadas à Equipa, na recusa da camisola do Girafa e nas ofensas ao Pablito. Até o Presidente, com aquele tão compreensível quanto ininteligível pedido de desculpas aos Sócios, lá “esteve”.
O Benfica, este Clube que Somos, não Nos pertence e eu não me canso de o reafirmar: ele “só” Nos foi confiado pelos que fizeram a Nossa História Impar, até que o depositemos, responsavelmente, nas mãos dos Nossos mais novos.
Melhor ou pior, não podemos permitir-Nos desconstruir o que Nos custou tanto a construir, sobretudo porque tivemos de o fazer contra tudo e todos, tal como não temos o direito de ignorar que o POLVO Nos não vai “facilitar” nem nos empates, muito menos nas Vitórias.
Conseguimos chegar a um ponto tal que já não há Companheiros capazes de discutir o Glorioso sem fazer algum “friendly fire”, pelo menos um tirinho ou dois, num espectáculo que, seguramente, diverte muito mais os Nossos adversários do que o pior dos resultados da Equipa.
Depois de tudo o que construímos, deve ser por termos recuperado tanta força que já Nos permitimos desperdiçá-la … sobre Nós próprios.
E que se desenganem os que me imaginarem preocupado com o Presidente (ou com o Maestro, ou com qualquer um dos que trabalham em prol do Benfica): quem aceita colocar em risco a própria vida e ainda sai mais determinado, aguenta bem tudo isso … até o ladrar dos mabecos.
A mim preocupa-me é o Benfica, este Clube que Somos!
Não quero saber se está meio cheio ou meio vazio, este copo. O que me revolta é que o deixámos menos cheio só porque não conseguimos algumas Vitórias.
Este copo, eu quero-o sempre raso e, mesmo raso, quero continuar a enchê-lo, para que ele seja obrigado a crescer … sempre.
Viva o Águia Livre!
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