Rasga essa máscara que te tolda o olhar
E atira-a à arca ancestral da celebração
É dia e, de dia, proíbam de te visitar
Homens feitos árbitros ávidos de ambição
Sem que te arranquem da garganta molhada
A interjeição danada do depravador
Hás-de engolir, processos de gente cansada
Duma comida servida em pratos de dor
A sucessão de vitórias alcançadas
Reduzirá os mundos que tu sonhas
Por serem vitórias de verdade eivadas
Por prémios entre fraudes medonhas
E tu mesmo, após a árdua e vil campanha
Fruto somente duma vontade cega
Uma tendência obscura de voz tamanha
Que te levará a chorar sobre a refrega
O desiderato que te levou à ávida vitória
E as influências que te levaram à trapaça
Serão as mesmas que te tirarão a glória
Quando o teu ego não souber calar a desgraça
As lágrimas cairão sobre pedra fria
E na consciência do cidadão elogiado
Surgirá o arrependimento de um dia
Seres o elo mais fraco do Apito doirado
E aí, entre o crepitar de baixos olhares
E entre sorrisos que “falam” em voz tristonha
Ou riem, aplaudem, sobem de verdade aos altares
Ou então, nesses altares, choram de vergonha.
E o Apito final deu a conhecer ao mundo
Toda a trapaça, por embusteiro delineada
Que castiga quem por direito o facundo
À verdade desportiva sempre disse: Nada
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