terça-feira, 18 de janeiro de 2011

As Grandes Escolhas do Benfica (V)

Com o anterior texto desta “série”, eu procurei demonstrar que, independentemente de erros pontuais (que os houve, sendo discutível é quais e como se poderiam ter evitado), as Grandes Opções e as respectivas Prioridades escolhidas pelas Direcções de LFV tiveram por critério primordial os Sócios e essa demonstração só não ficou mais evidente, por que os Companheiros que possam ter convicção diferente, se eximiram de as apresentar.
Nestes termos e porque quem cala, consente, eu declaro “quod eramus demonstrandum”, passando ao próximo tema que tenho nesta lista e que passa pela …

Política Desportiva no Futebol (parte I).

Tudo o que eu possa escrever sobre este tema, mesmo fugindo a “cair nos detalhes”, só o posso fazer com a maior humildade: eu sou um Adepto do Futebol, sem quaisquer conhecimentos técnicos e … isso nota-se, ahahah.
Outra dificuldade aparece quando tento abordar este assunto sem distinguir os diferentes períodos percorridos nestes últimos anos, o que me permito à custa de uma espécie de axioma: a “Política” foi sempre a mesma e as suas diversas nuances foram determinadas pela restrição financeira, que foi de um nível até que ficaram concluídos os principais investimentos estruturais (em betão e em Recursos Humanos, convém não os esquecer) e de um outro nível, bem diferente, após esse momento.
Por fim, este meu axioma também só é possível depois do Presidente ter declarado ter cometido um erro fundamental quando, não resistindo à pressão de muitos Adeptos, entrou pelo caminho das “chicotadas psicológicas”, demitindo o Fernando Santos. Se repararem bem, depois desse momento todos os outros técnicos que tivemos se demitiram, excepto o Quique Flores, cuja rescisão ficou ligada ao incumprimento dos objectivos inicialmente traçados.

Direcção Técnica – Treinadores.

Não há um critério específico de selecção (o único que eu consigo identificar é um não a “estreantes”, ou seja: exigência de algum curricula): já os tivemos nacionais e estrangeiros, mais ou menos novos, defensivos e ofensivos, adeptos do 433, 532 e 442 (com ou sem losango).
Definido o objectivo, que tem sido “um título e qualificação para a Champions”, o Técnico continua … se quiser e se o atingir. Caso contrário … sai!

Na minha modesta opinião e sem discordar daquela definição dos objectivos, até este momento, creio que, a partir da actual época, ela deverá prever “dois títulos” no lugar de um só e somar um critério (muito difícil de definir, bem o sei) ligado à “valorização do Plantel”.

Política de Formação.

Desde a sua primeira candidatura que o Presidente vem reafirmando que a “Fábrica” constitui uma prioridade absoluta da Política Desportiva (para o Futebol e não só), ainda que, há 7 anos, ele reconhecesse que tal só se poderia tornar evidente a partir do momento em que o Campus estivesse operacional.
Mais recentemente, o Presidente afirmou que, a médio prazo (imagino que ele pense num horizonte da ordem dos 5 anos), metade do plantel deverá ser constituído por Atletas formados no Clube e incluiu uma meta para a próxima época: 5 Atletas!
Admitindo que a FIFA/UEFA consideram o limite de 22 anos como fim da “Formação”, o primeiro registo a fazer é que o Glorioso tem vários Atletas no seu Plantel que caiem nesta categoria, que tem mais ainda emprestados e que, no seu conjunto, já tem mais de trinta Atletas com Contrato Profissional dentro deste critério (quem não acreditar … que faça as respectivas listas), portanto e por mais que se possa lamentar que a Equipa principal os não inclua (eu pergunto se há alguma equipa que se mantenha competitiva com uma maioria de atletas até aos 22 anos), a última coisa que se pode fazer seria colocar em causa a seriedade com que a Direcção encarou esta prioridade.
E se é indiscutível que esta realidade só foi possível de atingir com sucessivas aquisições de Atletas já em fase final de formação (incluindo casos como o Di, o Ramires, o Patrick e o Sepsi que, por sinal, ate já foram vendidos), também é incontestável o imenso trabalho que a SAD vem realizando nesta área (sobretudo, claro, desde que existe o Campus), desde as quase 200 “Escolinhas” que temos espalhadas pelo país e não só, passando pelos muitos títulos já conseguidos pelos diversos “Escalões”, pelo impressionante programa “Geração Benfica” e, mais recentemente, pela aquisição de “Opções” negociadas quer com atletas individualmente, quer com outros clubes (uma vez mais, em Portugal e não só).

Que eu me lembre, só há três Grandes Clubes que verificam este ambiciosíssimo objectivo traçado pela Nossa SAD (metade do Plantel), a saber: Ajax, Arsenal e … Barcelona.
Perante exemplos tão raros e considerando que a Formação de Atletas não só se deve manter como uma super prioridade do Clube (em todas as modalidades) e da SAD, até porque as suas vantagens e benefícios económicos não se esgotam na incorporação de jovens na Equipa, resta-me esperar para ver se a Nossa Fábrica consegue “produzir” Atletas de eleição em quantidade suficiente para cumprir aquele objectivo, desejo esse que eu sublinho com … muitas dúvidas.

Politica de Aquisições … que ficará para o próximo “post”

Viva o Benfica!

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