Sinto no olhar o brilho da luz
Que vem dos tempos de outrora
Em vermelho clarificada em ponto cruz
Que mata a minha sede de glória
E logo eu a lembrar como voas águia rainha
Fazendo do teu voo beleza e lealdade
Ficando eu então nesta vontade minha
Sorrindo brilhos unos de felicidade
Entre rumor de aves onde o sol mais apagado
Indo eu, pobre, no caminho que seguia
Esquecendo as minhas mágoas do passado
Feliz por contemplar a ave que na vida me guia
E surgindo na minha alma um fogo ardente
Senti a felicidade sobreposta à mágoa
Vi nascer das folhas um fogo incandescente
Feito luz na graça de uma águia
Basta que “ouça” o seu voar
Quando a olho em sobressalto
Reparo noutros animais e no seu olhar
Invejosos de ver a águia voar tão alto
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