sábado, 30 de julho de 2011

Discutam o Benfica e deixem-se de tricas

Nas minhas diárias navegações pela nossa Gloriosa Blogoesfera Benfiquista fora, deparo-me com frequência com textos que apesar de exprimirem a opinião dos seus autores ao abrigo da indispensável "liberdade de blogar" que lhes assiste, frequentemente servem também para dar assunto ou até incentivar ao crescimento do 2.º maior clube de Portugal: O anti-Benfica.

Acredito sinceramente que para melhor derrotar ou enfrentar um adversário a estratégia adequada passa sempre por adquirir um conhecimento profundo dos seus hábitos, opiniões, atitudes e até das suas reacções emotivas, (reacções emotivas é o que não falta num Benfiquista empedernido como eu heheheheh). Para isso visito com alguma assiduidade os blogs dos nossos adversários, o que me permite manter actualizado acerca daquilo que os preocupa e, também perceber de que forma poderei mais facilmente "derrotar" o Andrade ou Rasteirinho incauto que cruze argumentos verbais comigo acerca das qualidades ou defeitos dos nossos clubes.

Qual não foi o meu espanto quando nas passadas 2 a 3 semanas comecei com alguma frequência a ver repetidos em alguns desses espaços de fervor anti-Benfiquista, as mesmíssimas palavras que tenho lido em alguns blogues de verdadeiros Benfiquistas, as quais tem sido usadas para criticar (nalguns casos feroz e violentamente) tudo o que é feito actualmente dentro do Benfica e principalmente o que diga respeito às intervenções do nosso Presidente.

Comecei por isso a questionar-me da validade de exprimirmos de forma tão aberta e directa algumas das críticas que vão sendo levantadas no dia a dia do Benfica, indo muitas vezes atrás do que é escrito nos pasquins ao serviço do anti-Benfiquismo e contribuindo assim para a desestabilização e para o nervosismo que todos sentimos quando a "silly season" do nosso futebol atinge o seu auge.

Eu sei que a cópia directa das palavras dos outros e a sua utilização para "encher chouriços" nos blogues azulinhos e verduscos não é mais que inveja gratuita, comprovando a verdade "Lapaliciana" de eles sem nós não serem capazes de existir. Demonstra também que ao contrário do Universo Benfiquista, os seus reduzidos planetas não lhes permitem ter assunto para manterem actualizados os seus blogues com a devida frequência.

Mas tudo isto não invalida o facto de se sentir um certo descontrolo nos textos que se lêem por aí fora. Eu sei que só lê quem quer e que se eu não gostar posso simplesmente ignorar e não voltar a visitar determinados endereços, mas o que é facto é que eu tenho de saber o que se passa. Tudo o que é Benfica me interessa. Por isso continuo a visitar e a comentar nalguns dos espaços que com frequência emitem opiniões completamente contrárias à minha corrente de pensamento ou á minha forma de entender o que deveria ser a "Defesa Intransigente dos Interesses do Benfica".

Por exemplo: o assunto desta passada sexta-feira em alguns espaços é a homenagem feita pelo clube a Maxi Pereira e as palavras de Filipe Vieira afirmando que considera Maxi Pereira uma referência do Benfica.

Para alguns o facto de se considerar Maxi uma referência Benfica é algo de redutor para os seus ideais Benfiquistas, é algo que não encontra comparação em outros exemplos da nossa história (pelo menos daquela que alguns conhecem), é algo que achincalha a nossa instituição e que demonstra (mais uma vez!) falta de tacto Benfiquista de Luís Filipe Vieira. Para quem não saiba, Luís Filipe Vieira é só o Presidente Benfiquista mais votado em Assembleias Eleitorais do nosso clube desde que foi adoptado o sistema de votação actual, e foi também nele que foram depositados 91,74% dos votos dos quase 21.000 sócios que participaram nas nossas últimas eleições.

Vivi de muito perto aquilo que se passou quando Vale e Azevedo por aqui andou, pelo que não posso levianamente criticar outro Presidente do Benfica. A humilhação de ter um nosso Presidente sentado nos bancos dos réus e posteriormente preso por corrupção e peculato, foi algo que nunca esquecerei. Para todos os que estão fora da nossa esfera, foi o Presidente do Benfica que esteve no banco dos réus e não o cidadão Vale e Azevedo. Também o foi para muitos os que hoje criticam desalmadamente Luís Filipe Vieira e continuam a justificar-se dizendo que o fazem porque quando o criticam de forma tão pessoal o estão a criticar apenas a ele e não à figura, ao símbolo, ao cargo que ele ocupa.

Pois eu não concordo. Que se queira quer não se queira é impossível distinguir Luís Filipe Vieira do cargo que ocupa. E sem receio de ser chamado de carneiro, pois sei que apenas o sou no que toca à "Defesa Intransigente dos Interesses do Benfica", assumo que poderemos e deveremos ousar em sermos mais construtivos com as nossas críticas ou comentários.

Acho sobretudo que quando se critica deveremos acima de tudo expor as nossas ideias de forma ordenada para que as mesmas façam sentido e não se tornem apenas ruído. E ruído é o que se anda a tentar criar ao criticar todo e qualquer movimento que Luís Filipe Vieira faça. Concordo com algumas das críticas que lhe são feitas, e sou inclusive um dos que lhe apontam alguns defeitos na forma como gere o nosso destino, mas criticá-lo porque considerou Maxi Pereira uma referência do Benfica? Maxi Pereira é já um vencedor, está no Benfica há já algum tempo para se identificar com o Benfica e tem acima de tudo demonstrado uma dedicação sem igual ao nosso clube. Prefiro considerar neste momento referências do Benfica pessoas como Maxi Pereira, do que outras que afirmam serem de outros clubes desde pequeninos, que não respeitam a palavra dada ao nosso clube, que levam ou levaram o nosso clube ao banco dos réus em alturas de dificuldade, ou outras que não dão importância ao símbolo que usam sobre a manga do nosso manto sagrado.

Se este tipo de assunto estivesse publicado no Rascord andava tudo ouriçado a chamar-lhe pasquinada. Critiquem mas não o façam por dá cá aquela palha. Ou será que só os Portugueses é que podem ser referências no Benfica? A julgar pelos últimos exemplos, estes estão-se perfeitamente a "cagar" (peço desculpa pelo uso do verbo mas "obrar" não ficava bem nesta frase) para o Glorioso e à primeira oportunidade raspam-se atrás do arame. Já para não falar "de nossos irmãos", que podiam e deveriam estar mais identificados com a cultura do Benfica e com frequência demonstram que não nos conhecem verdadeiramente...

Em resumo, falta-nos a serenidade para evitar exagerar na crítica contumaz e "au contraire" para evitar exagerar no seguidismo cego. A proliferação de espaços onde se defende ou ataca aguerrida e destemperadamente os corpos sociais do nosso clube começa a preocupar-me de sobremaneira, porque bipolariza, porque divide e principalmente porque não esclarece.

Podemos ser contra Luís Filipe Vieira e não concordar com os seu actos de gestão, mas quando entramos na crítica histérica e desabrida, na falta de respeito por um símbolo do nosso clube, na tentativa de desestabilização moral de uma pessoa eleita pela maioria de votos da última eleição, estamos na realidade a estreitar a fronteira que nos separa dos "outros", os quais hoje esperam ansiosamente pelo próximo texto de discórdia na blogoesfera Benfiquista, usando-o orgasmicamente, nas orgias de anti-Benfiquismo que vão patrocinando por essa internet fora.

E para mal dos nossos pecados estas orgias estendem-se hoje também ao conteúdo editorial de muitos dos pasquins diários sobre futebol que se publicam no nosso exaurido país.

Por isso amigos, discutam o Benfica e deixem-se de tricas.

Cumprimentos a todos.

VIVA O BENFICA PORRA!

Escrito por: nunomaf

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