segunda-feira, 17 de agosto de 2009


Depois de uma noite (mal) dormida, aqui estou eu para vos falar um pouco mais da minha ida à Catedral onde assisti ao empate a uma bola entre o Benfica e o Marítimo.
A pré-época foi fantástica onde ganhámos tudo o que havia para ganhar.
Ontem, inicio do campeonato, entrámos no jogo, sabendo que os lagartos e os dragoneses, haviam empatado os seus jogos.
A minha expectativa era certamente alta, assim como as das outros 54.102 espectadores que emolduravam as (sempre) bonitas bancadas da LUZ.
Tudo se conjugava para que o Benfica ganhasse o jogo e, acreditem, nas minhas avançadas ilusões por 3 ou 4 de diferença.
Infelizmente (digo eu ...) já não sou um miúdo, mas por vezes deixo-me "excitar" como se o fosse. Esqueço-me dos ensinamentos de meus pais que sempre me alertaram que, nada melhor para acalmar a euforia, que um paninho de água fria.
Esqueci-me do pano, originando a que, durante o jogo tivesse perdido para aí uns 5 quilos, tal o estado de nervos por que passei. Não sou daqueles de bater na mulher, senão tinha sido o que acontecia quando cheguei a casa e vi uns olhinhos risonhos - de lagartinha - me olhando. Sem palavras.
Voltando ao jogo propriamente dito:
O Marítimo tinha a consciência de que vir à luz e jogar de igual para igual com o Benfica, era derrota certa. Assim, montou um autocarro de dois andares à frente do seu guarda-redes, pontapé para a frente e fé em Deus. É evidente que não gosto deste tipo de atitude e/ou futebol, mas compreendo-o, sabendo-se que, competia ao Benfica abrir o ferrolho e desmoronar o esquema, usando para isso a sua força. Não é o que a água, sendo o elo mais forte, faz aos castelos de areia?
A verdade é que sofremos um golo de penalty. Uns dizem que houve ilegalidade na sua marcação, eu penso que não. A forma como foi marcado pelo Alonso, deixa algumas dúvidas, mas a sua repetição fica sempre à consideração do árbitro, visto que, só seria ilegal se o Alonso passasse o pé (bota) por cima da bola, antes de rematar, o que não se verificou.
O árbitro poderá ter tido alguma influência no jogo pelas suas incidências. Não vou escalpelizar o seu trabalho, porque sinceramente, vi erros seus para os dois lados. No penalty assinalado contra nós, havia existido uma falta do Manu antes, mas também com outro árbitro, David Luiz tinha ido tomar banho mais cedo aquando da caricia cotovelar a um jogador do Marítimo.
Hoje, não quero ir por aí. O Benfica, tinha por obrigação, entrar no jogo, galvanizado, mais que não fosse pelos resultados dos seus adversários (empates) que já eram conhecidos.
Não me parece que tenha sido isso que aconteceu. Voltámos (em casa) a jogar com o David Luis à esquerda - porque não o Saffer? - e o Rubem Amorim à direita - porque não o David Luíz ou o Miguel Victor? - ou seja, começa-se o campeonato com adaptações, filme que eu sinceramente estou cansado de ver e não gostaria que voltasse a repetir.
Entrou a equipa receosa, parecendo não estar preparada para investir contra outra equipa tremendamente fechada. Javi Garcia, defendia bem, mas não atacava. Rubem Amorim, fora do seu lugar, também era uma jogador amorfo, assim como, Saviola, incapaz de impor o seu jogo, contra uma defesa rija, qual parede de betão.
A lesão de Carlos Martins, também prejudicou e de que maneira a estratégia da equipa.
Assim, fomos para o intervalo a perder por 0-1. Não fomos convincentes durante esse período do jogo.
Na segunda parte, voltámos com outra disposição, voltámos a ser Benfica. Tivemos cerca de 75% de posse de bola em todo o jogo. Elucidativo, mas não determinante.
Cardoso, falhou o penalty, ou se calhar foi mais uma grande defesa do Peçanha, que na Luz - como todos os guarda-redes - "engatou" para uma grande exibição, como já o havia feito, quando defendia as redes do Paços de Ferreira.
Se tem sido golo, havia muito tempo para o Benfica ganhar a partida. Mas entrando por aí, nunca mais saiamos dos se, se, se ....
Ridículo o cartão amarelo ao Fábio Coentrão, visto que, no lance em questão, ganhou posição ao adversário, foi mais possante, sendo o "corte" da bola, limpinho.

E pronto. Muito havia por dizer, mas confesso que, saí da Catedral com alguma frustração, não pela performance da equipa - que poderia e deveria ser mais eficaz - mas sim, pelo resultado, que sinceramente me custou a digerir.
No próximo fim de semana vamos a Guimarães. Acredito na vitória

FORÇA BENFICA

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