Hoje, apetecia-me voar
Ir nas suas asas, pelo ar
Como se de um sonho, acordasse
Esquecer-me das minhas mágoas
Tomando banho em puras águas
Como se a sua graça me levasse
Olhas do alto, com respeito
Como se saísse do teu peito
O carinho, admiração
Nunca esquecendo que pelo chão
Em passo ronceiro caminha o dragão
Seguro da sua possança
Segue pleno no seu cônseio
Que aos terrenos não dá confiança
Deixando o Leão de premeio
Zangado de tanta indiferença
Mas consciente de apetência
Não liga, desvia o olhar
Sabendo que o seu forcejar
Jamais o fará alcançar
Aquela que lá do alto
O põe em sobressalto
E nele fixa o olhar
Se o dragão em terra segue inflado
Se o leão o olha cheio de intrepidez
A águia pelos ares altiva e graciosa
Os olha, uma e outra vez
Dizendo-lhe toda orgulhosa
Que é única, em beleza e altivez
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