terça-feira, 2 de dezembro de 2008


Ser benfiquista é ter na alma a chama imensa. Sou benfiquista de alma e coração. Ando, como todos os benfiquistas, ávido de títulos.

As emoções que tantas vezes conseguimos controlar, por vezes, traem-nos, ferindo-nos o ego. Essas, regra geral, acabam por se transformar em nervos, os quais, podem ser “macios” não se deixando notar, e outros, os chamados nervos à flor da pele, são os piores e nem sempre os conseguimos controlar.

Eu, confesso, SOFRO muito com o clube do meu coração. O Benfica.
Ontem, foi mais um jogo que não fugiu à regra.

Acreditava piamente que o Benfica ganharia o jogo e a liderança seria nossa. Não fui suficiente capaz de me controlar, parar para pensar, saber dividir as “águas”, enfim, ser mentalmente forte.
Dormidas (mal) que foram duas horas e um banho retemperador, eis-me aqui, mais calmo mas com o mesmo benfiquismo, a reformular a minha opinião inicial – que reconheço – não deveria ter existido, olhando ao meu estado super-nervoso.

Iniciado o jogo, o Benfica, fazendo um jogo pensado e adulto, dominou por completo o V. Setúbal.
Jogando pelos flancos, com cruzamentos de grande nível, teve o Benfica várias oportunidades de golo, valendo Pedro Alves que defendeu tudo o que havia para defender e, ainda, o azar tremendo de Suazo que, pelo menos, por duas vezes, tinha tudo para marcar, mas a ansiedade e o infortúnio, foram mais fortes.

Recordo-me de uma assistência fantástica de Cardoso, de cabeça, após cruzamento de Jorge Ribeiro, para Suazo, em que só por manifesta pouca sorte não ocorreu o golo.

C. Martins e Katsounaris, bem tentaram com remates certeiros, mas Pedro Alves, defendeu, porventura ainda agora sem saber bem como. Há dias assim.
O Benfica até rematou muito (em todo o jogo) na primeira parte.
Mas como diz o sábio, quem não marca sofre. E foi o que aconteceu.

Cerca dos 33/34 minutos, após uma defesa incompleta – Quim poderia ter feito melhor – acontece o golo do Setúbal, marcado facilmente por Laionel – até parecia que a bola lhe tinha caído na frente vinda do Céu - .

Cheirava a injustiça e crueldade para uma equipa que fazia tudo para marcar e não marcava e outra que fazia tudo para não sofrer e … marcava.
Num lance atabalhoado, em que Suazo falhou o remate, a bola sobrou para Katsouranis, neste jogo, capitão do Benfica, penso que por prémio dos cem (100) jogos feitos de águia ao peito, que com um remate colocadissimo fez o empate.
Galvanizou-se a equipa e o público benfiquista.

A partir daí, fez o Benfica cerca de quinze (15) minutos de elevado nível, quiçá a roçar o sonho.
O sonho que todos perseguimos.
Nesses 15 minutos viveu-se na Catedral o verdadeiro “Inferno da Luz”, Sentiu o V. Setúbal a avalanche benfiquista, ficando encostado às cordas como se ousa dizer.
Adivinhava-se o segundo (2º) golo da formação encarnada.

Novamente, Cardoso no cerne da jogada, fazendo uma assistência primorosa para Suazo, o qual, com o pé direito, desferiu um remate portentoso de colocação, só parando a bola, no fundo das redes, mau grado, a tentativa desesperada de Pedro Alves, para defender o indefensável.

Foi o delírio, na Catedral, em casa, em qualquer parte do mundo onde exista um benfiquista.
Mostrava o Benfica, um futebol solto, agressivo, com velocidade, competência, mostrando uma apetência pela baliza adversária, como todos queremos e gostamos de ver.
Inexplicavelmente, o Benfica após o 2.º golo, baixou o ritmo de jogo, deixando que o Setúbal, começasse a acreditar que poderia marcar e empatar.

Cerca dos 80 minutos de jogo, decidiu o árbitro, num lance em que Sandro – que já tinha um amarelo – agredisse a pontapé Reyes, por dar a lei da vantagem, visto que a bola ficou em poder de Jorge Ribeiro.

Do lance resultou a bola ter ido parar ao fundo da baliza de Pedro Alves, rematada pelo Suazo.
Acontece que Jorge Ribeiro regressava de uma posição de fora de jogo. Por aí tudo bem.
Não queremos ganhar a qualquer preço, ainda que, noutros futebois da nossa praça, duvido que, o lance fosse anulado, para ser marcada a falta, como foi.

Só que, Sandro, continuou em campo, quando deveria até levar cartão vermelho directo, quanto mais o amarelo, que seria o 2.º. Erro crasso do árbitro.
Parece não ter importância, mas na sua essência, desportiva e psicológica, tem e muita.

A verdade é que sofreu o Benfica o empate de uma forma incrível.
Já em tempo de descontos, canto contra o Benfica, confusão na área, surgindo Robson, a chutar de bicicleta, fazendo a bola um arco esquisito, traindo Quim – mais uma vez mal batido -, acontecendo o empate e a ... desilusão benfiquista.
Já contra o Leixões, sofremos o empate, nos descontos. Malditos descontos.

Penso no entanto que, o Benfica deveria, até pela motivação da marcação do 2º golo não ter baixado o ritmo, partindo ainda com mais ganas para cima do Setúbal, procurando o 3.º golo e não pensar que o jogo estava ganho.

Foi uma decisão que se tornou fatal para as aspirações de todos nós que era chegar à liderança.

Logicamente que, acredito, que tal vai acontecer, sendo apenas uma questão de tempo.
O que interessa é de facto chegar e acabar em primeiro, lá para o mês de Maio.
Mas todos também sabemos que candeia que vai à frente alumia duas vezes. E nós queremos essa candeia. Queremos essa LUZ.

Por isso, embora não seja só azar, o facto é que, até parece Macumba, que persegue a formação gloriosa que a não deixa brilhar, em jogos de carácter decisivo.

Não quero acreditar em bruxas, mas que as ai, ai. ( Lá diz
o pensador).

Temos assim que esperar mais um pouco para atingir o desiderato de ser primeiro.
Mas amigos benfiquistas, contra tudo e todos os azares, (ou outros) vamos ser primeiros. É só uma questão de (mais algum) tempo.
Como dizia o meu saudoso avô: Nem que a vaca tussa.

Falar a quente não é nem deve ser próprio de um benfiquista. Não volta a acontecer nem que, fique sem dormir, de costas viradas para a “pele quente”, sofrendo os efeitos de dois comprimidos para dormir e três cafés fortes (mas saborosos).
Salvou-se o Whisky que não bebi.

Já vai longa a minha análise ao jogo, mas depois de descomprimir, surge a chama imensa que me invade a alma, o coração e o pensamento, e que . . . (por vontade e felicidade própria) tantas vezes, como hoje, não me deixa dormir.

VIVA O BENFICA

VIVA O GLORIOSO
.

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