Leia tudo o que disseram os candidatos
à presidência do Benfica no debate
Diogo Amaro Nunes20:45 - 23. outubro
2025.
Martim Mayer, João Diogo Manteigas,
Cristóvão Carvalho, Luís Filipe Vieira, João Noronha Lopes e Rui
Costa discutiram ideias durante mais de 4 horas
	)
	Tudo o que precisa de saber sobre o
	dia das eleições no Benfica Dos horários das mesas de voto à
	composição de cada lista, A BOLA explica-lhe como vai decorrer o
	processo eleitoral no sábado 
O primeiro tema em discussão é a equipa principal de futebol masculino do Benfica, que terá direito a duas rondas
No total, cada candidato terá 27 minutos para apresentar as ideias da lista que encabeça sobre os oito temas em discussão, mais 60 segundos para uma mensagem final
O debate terá início a qualquer momento
Rui Costa foi o último candidato a chegar ao local do debate, por encabeçar a lista G. O presidente do Benfica apresentou-se «positivo, feliz e contente» na antecâmara de um debate «que se pedia». «Espero que seja um debate à Benfica, dentro do respeito que os benfiquistas esperam que haja», frisou.
João Diogo Manteigas, Martim Mayer e Cristóvão Carvalho já se encontram na plataforma instalada numa das bancadas do Estádio da Luz, onde vai decorrer o debate. O líder da candidatura Benfica Vencerá olha atentamente para o interior do recinto dos encarnados
João Noronha Lopes apresentou-se «animado e contente» e com «grande otimismo» para o debate entre candidatos, que apelidou de «sinal da democracia benfiquista». O gestor relativizou o peso do frente a frente de hoje: «Todos os candidatos se esforçaram nestas eleições para esclarecer os sócios, se os debates ajudarem...»
Luís Filipe Vieira antecipou um «debate normal», que, ainda assim «pode ser decisivo». O antigo presidente do Benfica frisou que se sente «em forma» e com a «cabeça limpa».
Cristóvão Carvalho apresentou-se «muito calmo e descontraído» no Estádio da Luz à espera de um «grande debate de ideias» que antecedem eleições «emblemáticas e impactantes» na história do clube.
João Diogo Manteiga chegou ao Estádio da Luz com «expectativas elevadíssimas, para «três horas de puro debate de benfiquismo». «Isto é a minha casa, fui criado aqui, regressar a casa num ambiente mais formal, quem me dera estar aqui todos os dias», admitiu o advogado, na antecâmara do frente a frente
Martim Mayer foi o primeiro candidato a marcar presença no Estádio da Luz. «Espero esclarecer os sócios do Benfica, espero apresentar as minhas ideias, espero que possamos discutir o Benfica de uma forma saudável e elevada», retorquiu à BTV.
O debate terá lugar na tribuna presidencial do Estádio da Luz, com vista para o relvado do recinto dos encarnados
Vieira ao ataque: «A foto que aparece em todas as casas do Benfica é a minha» Candidato à presidência dos encarnados contornou presente e futuro desportivo, apelou ao voto e desvalorizou casos na justiça, no evento de encerramento da campanha eleitoral
 
 
	Quatro horas e nove minutos depois, o
	debate entre os seis candidatos à presidência do Benfica terminou.
	Tempos finais de cada candidato
 
	Martim Mayer: 34 minutos e 54 segundos
	João Diogo Manteigas: 33 minutos e 44
	segundos
	Cristóvão Carvalho: 37 minutos e 34
	segundos
	Luís Filipe Vieira: 36 minutos e 38
	segundos
	João Noronha Lopes: 37 minutos e 20
	segundos
	Rui Costa: 39 minutos e 36 segundos
 
	Luís Filipe Vieira: «Vou meter
	o Benfica nos eixos, sou o único candidato sem riscos, votar em mim
	não é um tiro no escuro. Conheço os cantos à casa, conheço os
	caminhos para o sucesso desportivo, não sou um estreante. O Benfica
	não é para marinheiros de primeira viagem, nestas votações os
	benfiquistas não podem falhar. O preço de escolher mal o futuro
	presidente será muito pesado, não podemos deixar que uma minoria
	ruidosa mande no Benfica, O Benfica é de todos os benfiquistas. Aos
	sócios do Benfica que nunca votaram, vão votar, o Benfica precisa
	de vocês. Aos indecisos, lembrem-se que o Benfica é do povo. Sou o
	candidato que representa o povo benfiquista e capaz de fazer de
	forma rápida e pacífica as mudanças que o Benfica precisa»
 
	Critóvão Carvalho: «Debatemos
	as ideias de forma tranquila e simpática, estão todos de parabéns.
	Tenho um Benfica muito ambicioso, pensei no Benfica europeu,
	preparei desportivamente e financeiramente um projeto a 6/7 anos
	para que este sonho possa ser cumprido e trazer o que todos
	desejamos: as Ligas dos Campeões. Também nas modalidades tenho
	esse pensamento europeu. Sei que os benfiquistas se identificam com
	o meu projeto. Não tenham receio, não se deixem influenciar pelas
	sondagens. Se querem o Benfica europeu votem no meu projeto, não
	esquecendo que lutarei por todos vocês pelo voto eletrônico.
	Continuem a pagar as quotas, vou conseguir que votem. No dia tenho a
	certeza que todas as condições vão estar cumpridas. Deem uma
	lição de legitimidade e honra a quem for eleito presidente do
	Benfica. Se for eu a ganhar tratarei de unificar o Benfica, se não
	for peço o mesmo. Mesmo quem não ganhe, que comprometa a controlar
	os seus habitantes para permitir que o presidente do Benfica liderar
	com tranquilidade, só assim conseguimos ganhar»
 
	Rui Costa: «Queremos lembrar
	quem há quatro anos não fugiu da responsabilidade da liderar o
	clube e ao longo destes quatro ano fez o que tínhamos a fazer para
	ter um futuro mais garantido, manteve uma posição sólida. Não
	queremos ficar por aqui, queremos um mandato mais realista, queremos
	realizar tudo aquilo a que nos propomos: o Benfica District é uma
	realidade, não é uma utopia. Queremos um Benfica grandioso. Que
	estas eleições sejam um exemplo de elevação e amor ao clube.
	Acredito que voltarei a receber a confiança de todos e garanto-vos
	que trabalharei incansavelmente para unir o Benfica. Votem lista G,
	nas redes sociais dizem que para votar no Rui Costa têm de colocar
	a assinatura, não têm de o fazer, não sejam enganados. Quero
	fazer dois apelos: que o Benfica que esteja à frente do clube
	consiga unir a família benfiquista, mas que ao mesmo tempo quem não
	ganhe que nada faça para destruir essa união. Que durante os 90
	minutos do Benfica-Arouca haja na cabeça uma única coisa na
	cabeça que é ganhar ao Arouca»
 
	João Diogo Manteigas: «Relembrem que
	apresentámos esta candidatura há um ano porque queríamos
	retribuir o que o Benfica nos deu. Temos a competência necessária
	para gerir este grandioso clube e voltar a fazer dele hegemónico e
	ser respeitado lá fora. Escolham o futuro, não escolham o passado,
	não tenham medo, ninguém escolhe por vocês e não desistam do
	Benfica. O clube do povo democrático erguido por amor e trabalho, o
	Benfica a eles se dirige e é por isso que entendemos que devem
	votar na nossa candidatura»
 
	Martim Mayer: «Caros sócios, os
	candidatos que foram presidentes no passado pertencem ao passado
	sem qualquer demérito não acrescentam nada à mudança que o
	Benfica precisa. Indo ao fundo dos programas dos outros candidatos
	constatamos que são vagos e não são mais do que um conjunto de
	intenções. A nossa proposta é a única que explica como pretende
	colocar o Benfica de novo no caminho das vitórias no futebol e como
	meter o Benfica financeiramente robusto, com competência e
	decência. Mostrámos como ampliar o estádio de forma realista e
	sustentável. Explicámos como levar as modalidades e o futebol
	feminino ao panorama que merecem. Chamo todos os sócios, venham
	votar no sábado, a lista B é a única que vai levar o Benfica ao
	sucesso e à vitória»
 
	Seguem-se as mensagens finais
	João Noronha Lopes: «Passei o
	último ano a preparar-me para isto, estudei o clube, dei a volta a
	Portugal, reuni com clubes estrangeiros e uma equipa, escolhidos a
	dedos. Vou exigir deles o que exijo de mim. Estamos prontos para
	virar uma história na página do Benfica, com respeito pelo
	passado, mas prontos para uma mudança tranquilo, tenham confiança.
	É uma lista que não caiu de paraquedas. Peço aos sócios do
	Benfica 'tenham confiança na mudança, o meu desejo é que depois
	das eleições, qualquer que seja o vencedor que consiga unir os
	benfiquistas»
 
	Noronha Lopes afirma que Nuno Gomes
	está «perfeitamente alinhado» com o projeto que encabeça
 
	Martim Mayer: «Temos rapidamente
	obrigar que a liga centralização saia debaixo da Liga Portugal»
 
	Rui Costa, Presidente das águias,
	respondeu às críticas de João Noronha Lopes, um dos candidatos,
	sobre os comentários da temporada passada
 
	Rui Costa respondeu diretamente ao
	repto de Noronha Lopes: «O projeto é toda a estrutura, acima
	de tudo porque era presidente da Liga antes. Estaremos sempre
	vigilantes sobre as promessas cumpridas ou não, há um conselho de
	arbitragem novo, estamos em cima disso. Os temas estão nas mãos de
	quem conhece. Sou sempre o visado de Noronha Lopes, por isso dou um
	exemplo flagrante: Um dos principais apoiantes de Pedro Proença na
	FPF foi o seu vice-presidente Nuno Gomes. Pergunte-lhe o que é que
	ele pensa»
 
	Candidato à Presidência do Benfica
	ataca o atual Presidente por declarações feitas sobre a
	constituição do plantel das águias
 
	João Diogo Manteigas defendeu que o
	Benfica deve manter relações institucionais saudáveis com a FPF,
	mas exigiu responsabilidade à estrutura da arbitragem
 
	João Noronha Lopes arrasou gestão
	institucional de Rui Costa: «O Benfica para ser respeitado
	tem de se dar ao respeito. Não foi isso que aconteceu nestes anos.
	Rui Costa votou em Pedro Proença porque disse que não podia ir
	contra a corrente. O que garanto é se tiver de ir contra a
	corrente, vou contra a corrente. A segunda coisa que ouvimos é que
	não votou em Pedro Proença, votou no projeto. Nem eu nem os sócios
	sabemos o que isso quer dizer. O que garanto é que vou estar a
	defender os interesses desde a primeira até à última jornada. É
	o que podem contar comigo, defesa a tempo e horas do Benfica, O
	presidente não tem de falar sempre, mas tem de falar nos momentos
	decisivos.»
 
	Martim Mayer defende uma posição
	«mais institucional» «Para nos respeitarem, não nos podem levar
	para fora, temos de reverter isso. A minha abordagem é
	institucional. O Sporting tem um pedido de desculpas para nos
	fazer», frisou.
 
	Luís Filipe Vieira« Já é público
	que se for eleito vou correr com Pedro Proença, não perdoo a forma
	como colocou o lençol verde. Já falei com 18 presidentes, estão
	comigo e vou arrastar os outros. Depois temos boas relações com a
	Liga, a pessoa que está lá [Reinaldo Teixeira] é sensacional. Com
	os clubes, a relação sempre foi sensacional.»
 
	Rui Costa« O Benfica tem de estar
	sempre na linha da frente num momento de viragem. Toda a vida fomos
	o alvo a abater por todos os clubes pela nossa grandez, temos de
	querer evidenciar o que é melhor para o futebol português. Não
	tenho intenções de cortar relações, mas vou sempre defender o
	Benfica»
 
	Segue-se o tema das relações
	externas
	Cristóvão Carvalho defende uma
	postura estritamente institucional: «O que defendo é um Benfica
	muito profissional a todos os níveis e uma perspectiva diferente
	para lidar com essas instituições. Defendo uma posição
	institucional com um representante para cada uma das áreas. Se o
	Benfica ganhar com tranquilidade, não é preciso estar preocupado
	com estas instituições. É um caminho que não interessa ir,
	estamos a ser arrastados para a lema. Temos de exigir o que temos de
	exigir e vir embora e trabalhar. Temos que esvaziar o balão depois
	dos jogos»
 
	João Diogo Manteigas: Vamos para
	eleições sem regulamento eleitoral
 
	Rui Costa: «O congresso das casas
	será em março»
 
	Cristóvão: Rui Costa, no que toca às
	modalidades e as casas não está bem informado
	Rui Costa: Eu também falo com os
	presidentes das casas
 
	João Noronha Lopes: «As casas
	não podem ser só notícia em eleições ou em aniversários. Dou
	um valor extraordinário ao trabalho que as casas fazem, por isso é
	que proponho fazer duas reuniões fora de Lisboa. Por isso é que
	quero criar o provedor do sócio. É inexplicável que não tenhamos
	um congresso das cass há tanto tempo. Há uma nova geração que
	não tem a dedicação para ir para a gestão das casas. Ainda hoje
	recebi um SMS da casa do Benfica de Algueirão-Mem Martins a dizer
	que não têm luz. Pretendo criar um portal da transparência,
	melhorar o programa mais vantagens, há vantagens que não são
	regionais. As ideias não são minhas são de todas; aumentar o
	número de sócios para 500 mil, expandir o benfiquismo; criar o
	portal da bilhética.»
 
	Martim Mayer: «O Benfica vê nas
	casas do Benfica um cliente e às vezes concorre contra, temos de
	ser parceiros, as casas têm de ser uma continuidade no clube. Temos
	de munir as casas de condições para que possam receber os plantéis
	da formação e das modalidades, que possam jantar nas casas, em vez
	de em restaurantes. Volto a falar do Benfica Global, temos de
	estudar estas comunidades benfiquistas, temos de ir ao encontro
	deles e saber monetizar isto a favor do clube. Os maiores clubes na
	Suíça têm cerca de 10 mil sócios, nós temos 200 mil, temos de
	aproveitar»
 
	Luís Filipe Vieira criticou gestão
	das casas do Benfica por parte de Rui Costa: «Ganhaste as eleições
	há quatro anos, nenhuma das casas tem a tua fotografia. Quando fui
	presidente, meteram logo passado um mês. Amanhã vou ter uma
	reunião com delegados e confirmar isto. As casas do Benfica estão
	completamente desmotivadas, mudaram radicalmente, estavam
	disciplinadas.»
 
	Rui Costa: «Tenho visto nas
	redes sociais que o Benfica fechou 120 casas, neste mandato fechou
	três casas: Paris, Mira e Luxemburgo. Reabrimos quatro que estavam
	fechadas, fizemos obras em 29, promovemos as casas do Benfica 2.0.
	As casas são um pilar fundamental na vida do Benfica, queremos que
	a situação da bilhética se resolva, vamos melhorar. Temos o
	orgulho de ter chegado aos 400 mil sócios. É verdade que vai haver
	uma remuneração no início do ano e este número vai baixar. A
	casa do sócio também se encaixará dentro do Benfica District
 
	Cristóvão Carvalho pediu desculpa
	aos sócios pelo facto das eleições dos encarnados serem
	disputadas integralmente por voto físico. O advogado criticou a
	rejeição do voto eletrónico por parte de João Noronha Lopes e
	João Diogo Manteigas. «Tudo farei para que o voto eletrónico
	entre dentro do Benfica porque somos um clube moderno. Temos um
	problema nas AGs que só será resolvido com voto eletrónico e
	transmissões em direto da BTV. Vamos ter de acabar com as AGs
	controladas por 3 ou 4 mil sócios», frisou. Cristóvão Carvalho
	destacou a necessidade de um «tratamento prioritário e choque»
	para as casas do Benfica. «Não aceito que uma casa do Benfica
	feche», salientou.
 
	Segue-se o tema do associativismo
	João Diogo Manteigas frisou que «os
	sócios são o maior ativo» do Benfica e expôs inúmeras medidas
	para aproximar o clube dos adeptos: reabertura de um posto de apoio
	ao sócio, criação da figura do provedor, maior aproximação com
	treinos abertos, criação dos red points a partir da reformulação
	do programa mais vantagens, ajuda a casas e aos adeptos em questões
	de bilhética.
 
	Martim Mayer: «É daqueles projetos
	que proponho que não depende 100% do Benfica»
 
	A posição de Noronha Lopes sobre a
	construção do novo Estádio da Luz aqueceu os ânimos entre Rui
	Costa e João Noronha Lopes.
 
	Luís Filipe Vieira: «No Seixal
	quero fazer um projeto diferenciado. Fazer mais quatro ou cinco
	campo e um polo hoteleiro, quero construir o colégio, já temos
	terreno, para que os nossos atletas fiquem lá fechados e os pais
	estão tranquilos em casa. É importante fazer o hotel porque cada
	vez mais os familiares vêm ver os jogos dos miúdos.»
 
	Rui Costa responde a Manteigas,
	considerando que as obras decorrem no exterior do estádio e não
	vão desalojar as modalidades dos encarnados. O presidente do
	Benfica considera que o Benfica District não é apenas para
	embelezar, destacando as receitas de 40 milhões de euros: «É uma
	obra para engradecer o Benfica.
 
	«Sonhos também eu tenho, mas eu sei
	o Benfica que quero», Cristóvão Carvalho defende a necessidade de
	equilibrar as contas antes de iniciar o investimento em
	infraestruturas
 
	João Diogo Manteigas defende que
	o custo do Benfica District supera em larga escala os 200 milhões
	de euros e questiona que instalações vão albergar as modalidades
	do clube durante a construção. «O estádio do Real Madrid também
	ia custa 400 milhões de euros, mas custou mil milhões», frisou
	posteriormente
 
	João Noronha Lopes: «Tenho
	alguma dificuldade em entender como é que esta direção que não
	fez a cidade do Benfica vai fazer um projeto com a magnitude do
	Benfica District. Quem não faz uma coisa mais pequena.. Não vou
	fazer nem hóteis nem shoppings, o Benfica não precisa disso.»
 
	Mayer tem três medidas para o
	problema das infraestruturas: «Aumento do estádio em 15 mil
	lugares, está estudado. O Campus das modalidades, está
	orçamentado, é necessário 25 mil hectares planos e o mai próximo
	do Estádio da Luz. E a atualização e o aumento do Seixal. Três
	obras críticas para o crescimento do clube e estão estudadas e
	orçamentadas. O Estádio tem esse prejuízo e tem de ser feita
	faseadamente, temos de fechar uma bancada de cada vez, como fez o
	Real Madrid. Temos de encontrar uma solução para isso, mas está
	fechado o preço, percebi tecnicamente por onde passa a solução e
	já a apresentei.»
	«As modalidades será feito com as
	reduções dos custos deste amaranhado de algures que Rui Costa
	falava. Se projetarmos essa poupança a 10 anos reunimos 10 milhões
	de euros. Não vai custar mais caro ao clube, vai ser feito com a
	poupança que vamos conseguir. Além do futebol feminino, é
	importante criar a solução de 360 graus para os atletas e criar um
	colégio.»
 
	Luís Filipe Vieira destacou a
	importância de concentrar todas as infraestruturas encarnadas num
	só local: «Se calhar estou a ver isto mal, mas não vejo o Benfica
	a ser retalhado todos os dias. Fazer uma cidade para as modalidades
	só dá prejuízo, basta ver as receitas que temos nas modalidades,
	não contam, o projeto vai ser para cima de 100 milhões de euros. O
	Benfica tem hoje condições para arranjar um terreno com 200
	hectares. O Benfica está condenado., tem de ter as instalações
	num sítio único. O estádio quando foi projetado foi para 75 mill
	ugares, apertando as cadeiras. Quando o arquiteto vier cá, se for
	eleito, vou ter a certeza da capacidade que o estádio tem e
	projetar, não sei se para 80, 85 ou 90 espectadores. Queremos
	cobrir o estádios todo, temos de fazer o estacionamento, vai custar
	uma nota boa. Eu não sei quanto custa fazer uma cidade desta, mas
	hei de fazer esta projeção e depois fazemos contas.»
 
	Rui Costa lembra o Benfica
	District: «Apresentámos um projeto e quando os sócios
	aprovarem será aprovado. Benfica District não é uma questão
	estética, é modernizar e dar uma dimensão totalmente diferente ao
	Benfica. A criação irá fazê-lo crescer. Irá resolver o problema
	das entradas, saídas, fan zones, modalidades, o aumento da
	capacidade do estádio para 80 mil lugares para fazer frente àquilo
	que é a necessidade dos nossos sócios.»
	«Cidade de Modalidades? Não foi por
	acaso que há quatro anos falei nisso e necessitamos muito disso. O
	Benfica consegue ter as equipas profissionais a treinar e a jogar,
	mas tem muitas equipas da formação espalhadas por Lisboa inteira.
	Ainda não aconteceu por uma razão simples: precisamos de um
	terreno com certa medida e localidade, continuamos a trabalhar, mas
	para fazer temos de fazer uma coisa séria.»
	«Crescimento do Benfica Campus tem o
	futebol feminino e precisamos de mais equipas, foi a entrada dos
	sub-23 há uns anos atrás, agora o futebol feminino, para crescer o
	Benfica Campus.»
 
	Cristóvão Carvalho explicou os
	planos da candidatura que encabeça para modernizar as
	infraestruturas: «A manutenção deixa muito a desejar, quer no
	Estádio, quer no Seixal. Tem de se aumentar a lotação do estádio
	no máximo para os 15 mil espectadores, a fun zone não é do agrado
	dos sócios, temos de a modernizar e criar um inferno antes da
	entrada no estádio. Nas modalidades temos de pensar em construir um
	novo complexo, julgo que este não é este o sitio certo, terá de
	ser nas imediações de Lisboa. Temos de ampliar e modernizar o
	Seixal, o nosso pote de ouro. Deve-se incluir ainda o lar do Benfica
	e a Escola Internacional do Seixal. Acho que se deve adquirir as
	instalações da Farmácia Franco e instalar a fundação Benfica no
	sítio emblemática onde nascemos.»
 
	Manteigas fala das suas medidas para o
	tópico das infraestruturas: «Seixal ganha uma preocupação
	maior. Temos outro problema, o aumento da capacidade do Estádio, há
	uma grande lista de espera e temos de ter o cuidado de chegar a
	algum deles com o menor custo possível. Aumentar o Seixal, tentar
	dar resposta aos benfiquistas que chegam pelo red pass, uma das
	possibilidades é o safe standing (ficar em pé a ver o jogo), mas a
	lei portuguesa não o permite. Está na altura de assumirmos que as
	leis foram alteradas e é viável construir duas pontes pedonais
	[para melhorar a escoação dos adeptos do estádio e melhorar a
	segurança]. Estudar ainda a construção de um pavilhão multiusos
	e temos as modalidades com a casa às costas.»
 
	Segue-se o tema infraestruturas.
	O plano de João Noronha Lopes assenta
	em quatro projetos: «Estudo prévio para aumentar a capacidade para
	83 mil espectadores e tornar o estádio mais moderno e mais cómodo.
	Não apresentei ainda porque quero perceber aspetos técnicos e o
	qual será a melhor estrutura. Não vou apresentar primeiro isto aos
	jornalistas e ao presidente da Camara Municipal de Lisboa, vou
	apresentar aos sócios. Quero melhorar os pavilhões e as piscinas.
	LFV deixou um bom trabalho nas infraestruturas, mas vejo o que
	decaiu. Quero melhorar as condições no Seixal para a formação. O
	quarto pilar será a Casa do Sócio, ao lado do Estádio da Luz,
	para criar um centro de convivio para os sócios que vivem perto e
	para as casas terem um centro de convívio quando vêm a Lisboa. O
	meu vice para o património não é um homem de falar, é um homem
	de fazer. Estamos preparados para agarrar este dossier.»
 
	Luís Filipe Vieira acredita que o
	Benfica não vai sair prejudicado da negociação dos direitos
	televisivos: «Há dez anos conseguimos 45 milhões de euros/ano,
	vai ser muito dificil que a Liga desencaminhe o Benfica. Os direitos
	não são da SAD, são do Benfica. Estamos muito à vontade para
	discutir. O resto temos dois anos para brincar com eles. Não
	queremos é conflito com os outro clubes. Lembro-me perfeitamente
	que quando tivemos a negociar a publicidade nas camisolas aceitaram
	25% de diferencial. Acho que é possível aceitarem este
	diferencial»
 
	Cristóvão Carvalho frisou
	importância do Benfica salvar a própria pele no processo
	de centralização dos direitos televisivos: «Não vale a pena
	estar à espera da Liga, temos de chegar a esta negociação, com ou
	sei lei, numa posição diferente. Estes direitos têm de ser
	potenciados para o mundo. Não temos obrigação nenhuma de resolver
	esta situação do futebol português. Se for interessante vender
	pelos valores que nos oferecem, vendemos. O Benfica não pode
	prescindir destes receitas.»
 
	Manteigas destaca o que acontece nas
	cinco principais ligas europeias: «Os operadores tradicionais
	estão a perder interesse no televisionamento dos jogos, Alemanha
	perdeu a cláusula de um comprador, Itália reduziu, Inglaterra vai
	reduzir, França é diferente, explodiu. Quando oiço dizer que
	respeitam o Benfica, não respeitam. Temos de olhar um todo, mais de
	90% são sócios de três clubes e isto é cultural, não é
	idêntico em lado nenhum. Até em Espanha não conseguem combater a
	pirataria, portanto não serão as sociedades desportivas a combater
	isso. Temos de olhar para o produto que temos em Portugal, é mau,
	ninguém gosta do futebol português, quem quer comprar a Liga e
	Liga 2? Ou se faz uma transição dos quadros desportivos... futebol
	português não é atrativo».
 
	João Noronha Lopes concordou com João
	Diogo Manteigas: «Falar na centralização como a solução para o
	futebol português é uma falácia. Recomendo alguma prudência com
	estas fatias de €400 M. Diria que o problema estava resolvido. A
	liga francesa nem por metade do que queria conseguiu.»
 
	Luís Filipe Vieira interpela Martim
	Mayer: «A Liga tem um operador que paga 400 milhões de euros? Devo
	ter ouvido mal»
 
	Rui Costa explica a situação atual
	dos direitos televisivos: «Estamos todos de acordo na
	preocupação dos direitos televisivos e aí temo-nos manifestado
	sempre. Isto foi apresentado aos clubes com a promessa de que nenhum
	clube ia perder e que visava o crescimento do futebol português. Os
	direitos televisivos estão a andar para trás e não para a frente,
	daí a posição do clube, é uma realidade que temos melhores
	propostas do que as de hoje e tudo vamos fazer para atuar e defender
	o Benfica. Há uma lei que sai em 2028 e se o Benfica perder alguma
	coisa, não vai participar na centralização e vai defender a causa
	até ao limite. 2026 a 2028 tem de fazer um grande contrato.»
 
	Luís Filipe Vieira destacou a
	inevitabilidade da centralização dos direitos televisivos: «A lei
	está confirmada, não vai ser adiada. São os clubes que têm de
	resolver este problema e o Benfica tem de liderar este problema. Não
	podemos é hostilizar os outros clubes, não podemos estar sozinhos,
	temos de respeitá-los, eles também respeitam o Benfica.A
	centralização já é uma realidade, em 2028 cai em cima
	de nós. Quando for presidente tenho de promover uma reunião com o
	presidente da Liga. Proença prometeu 300 milhões, mas não vai
	conseguir. Os operadores querem pagar, mas temos de resolver a
	situação da pirataria. Eu próprio já tive uma conversa com o
	primeiro ministro e ele disse que perdia votos. Para estes dois anos
	garanto 70 milhões de euros por ano, ou seja 140 milhões de euros
	em dois anos e vou dar sempre preferência ao operador que negociou
	primeiro connosco [NOS]. Tem argumentos suficientes para isso. Não
	troco ninguém»
 
	Cristóvão tem uma visão diferente
	dos outros candidatos e enaltece a importância dos jogos do Benfica
	continuarem a dar na BTV e de forma gratuita para os sócios do
	clube que pagam as cotas.
 
	Manteigas: «Benfica tem de ser
	disruptivo. BTV e SAD recebem uma média de 50 milhões de euros por
	ano, de 72 total dos direitos audiovisuais. Há uns anos atrás
	Proença anunciou um estudo e o Benfica não se manifestou contra.
	Porque é que o futebol em Portugal não vale 300 milhões de euros?
	Média de assistência nos estádios baixíssima, falta de
	competitividade, horários não são compatíveis com a vida das
	pessoas. Propomos sentar à mesa com o Governo para suspender o
	decreto lei de 2021, sentar à mesa com a FFP e Liga para liderar o
	processo com a formatação dos quadros desportivos. Temos de
	reduzir o número de clubes em Portugal e aumentar a competitividade
	interna», disse, falando do facto da Taça da Liga ainda ser jogada
	em janeiro com jogos de Liga dos Campeões.
 
	Noronha Lopes: «É absolutamente
	fundamental para o futuro do clube. Nos próximos dois anos, esta
	direção deixou para a próxima direção resolver a situação
	para o bem do Benfica. O que assistimos é uma total falta de
	coerência por parte de Rui Costa. Assinaram o projeto de Pedro
	Proença em quatro anos e quando se verificaram os acontecimentos da
	Taça decidem saltar do barco. Isto não é defender o Benfica. 94%
	das receitas são geradas por três clubes, geramos mais receitas
	televisivas, audiências no estádio e mais impacto social, temos de
	defender os interesses e não aceitarei um projeto em que podemos
	perder 20 milhões de euros por ano. Comigo, o Benfica vai ser
	respeitado.»
 
	Mayer começa: «É uma tema
	fulcral para que exista uma correspondência da economia Benfica e o
	peso institucional do Benfica. Os direitos televisivos são uma
	receita recorrente do clube e pedi a Rui Costa na AG que deixasse em
	aberto até ao fim a assinatura do contrato para as duas próximas
	épocas, porque são muito importantes para o Benfica. Não é olhar
	para o montante, é o tipo de contrato assinado. Não se pode
	assinar um contato em que os jogos do Benfica dêm em todos os
	operadores de comunicações. Quem ganhar os direitos televisivos
	não deverá poder vendê-lo aos outros operadores. Esta é a minha
	posição. Como aconteceu no Jamor, não nos podem pisar na cabeça.»
 
	Nova questão: direitos televisivos.
 
	Noronha Lopes responde: «Rui Costa
	disse que o próximo exercício está feito, como pode dizer se não
	sabe os resultados da venda de jogadores. Rui Costa disse que assina
	sem ler e também chego à conclusão que não lê jornais, e José
	Theotónio já disse que tem compromisso total com o Benfica.
	Rui Costa devia estar satisfeito pelo calibre profissional
	dedicar-se a 100% com o clube. Disse que esteve 58 dias no Benfica,
	é mentira.»
 
	Rui Costa ataca Noronha
	Lopes: «Continuo a achar muita piada com este conflito em
	relação à parte financeira do clube, que continua a ser o melhor
	em condições financeiras, nunca teve perto de ter um problema com
	o fair play financeiro. Nunca necessitou de ir à banca pedir
	perdões, não faltou com o fornecedor, atleta, clube, reduziu a
	dívida a clubes nos últimos anos de €30M. Apresentei a dívida
	total do Benfica, de 247 para 241. O benfica não tem nenhum
	problema de tesouraria, isso seria a última coisa que faria na
	vida, por todo o respeito que tenho pelo clube. Mas acho graça a
	preocupação do lado de Noronha Lopes pela questão financeira do
	Benfica e ainda não conseguiu explicar se vai ficar a tempo
	inteiro, em part-time, foi dizendo coisas diferentes em entrevistas.
	As medidas são muito claras para dobrar o merchandising, da mesma
	maneira que tem aumentado todos os anos e esta dívida líquida vai
	baixar, porque já está nessa linha.»
 
	Manteigas responde a Rui Costa: «Lá
	fora o que diz sempre é que a contabilidade fabrica-se, mas o
	dinheiro não se multiplica. O Benfica tem um problema de
	tesouraria.
	Rui Costa: «Não tem e nunca
	teve»
	«Não está bem financeiramente, mas
	autogenera-se, não tem problema, mas não tentem defender o
	indefensável. Covid foi 2021, não tem motivo nenhum», respondeu
	Manteigas.
 
	Noronha Lopes critica Rui Costa: «O
	que está a dizer não faz sentido. Contrariamente aquilo que
	acontece consigo, que não leu o meu problema, embora diga que tenha
	copiado ideias, mas não o leu. Eu li o seu e o que se vê é um
	conjunto de lugares comuns e diz 'duplicar as receitas de
	merchadising', de digital, mas não mostra como.»
	Martim Mayer: «Mas o seu também
	não o diz. Critica uma coisa e faz igual.»
	«Como é que um presidente que nos
	trouxe aqui do ponto de vista financeiro é que diz que agora é que
	é. Se do ponto vista desportivo não ganhámos nada, também a
	situação do ponto de vista financeira tem de ser resolvida»,
	acrescentou Noronha Lopes.
 
	Mayer ataca os restantes 5
	candidatos: «Eu concordo, a dívida não é um problema, e
	também imitirei obrigações. Mas temos o clube descontrolado
	financeiramente, muito, e eu acabei de explicar com três medidas
	concretas como é que eu vou fazer desde o primeiro dia. O que eu
	acabei de ouvir aqui não é mais do que um conjunto de desejos, tem
	de ser falar de medidas concretas. Noronha Lopes esconde-se atrás
	da credibilidade que vai trazer, e estes senhores, o Cristóvão
	acha que deve individar o clube, mas não explica o que vai dar em
	troca. Manteigas limita-se a trazer um conjunto de conceitos que
	nada tem que ver com a gestão financeira que o clube precisa e que
	efetivamente passa pela proposta que acabei de apresentar.»
 
	Aumento da dívida gera diálogo entre
	Luís Filipe Vieira e Martim Mayer. «Quando digo que vou aumentar a
	dívida, ela vai ser paga. Não é com essas engenharias que estás
	a mencionar», frisou o antigo presidente
 
	Rui Costa responde sobre a questão
	financeira: «Se contabilizarmos a dívida do Benfica em
	2020/21, antes da minha entrada, tínhamos uma dívida total de 247
	milhões de euros, agora é de 241,5, portanto baixou e não
	aumentou. É verdade que aumentou a dívida líquida e estabilizámos
	até onde podia aumentar, e a primeira parte deste aumento é do
	covid. Tivemos os mesmos custos mas sem os aumentos de receita.
	Tivemos aumento de receita de 11% ao ano e queremos chegar aos 500
	milhões de receita, o que é estranho é de chumbar um exercício
	de 30 milhões de euros ao Benfica.»
 
	Luís Filipe Vieira rejeita argumento
	de Rui Costa sobre aumento do passivo: «O passivo que tens não tem
	nada a ver com o COVID. Graças aos quadros que o Benfica tinha,
	além de pagarmos a toda a gente, conseguimos reduzir o empréstimo.
	Correu-nos muítissimo bem, tenho a certeza que o passivo não
	aumentou nessa altura. Na realidade, vocês colocaram dinheiro em
	coisas más. Sei o que estou a fazer, não te estou a atacar, Rui.
	Fomos o único clube que ultrapassou o COVID de forma normal porque
	tínhamos um saco de dinheiro por trás.»
 
	Manteigas: «Nos últimos quatro
	anos o passivo aumentou 25% e temos entradas e saídas de jogadores,
	270 milhões de euros, ninguém sabe onde anda. O problema aqui é:
	uma liga, duas supertaças e uma taça da liga. Significa que o
	investimento financeiro não resultou, que continuamos dependente de
	receitas extraordinárias com vendas de jogadores e entradas na
	Champions, e se falha uma entrada temos de um problema de 70 milhões
	de euros.
	Aumentos nas receitas do clube e na
	SAD. Os patrocínios no clube são de 2 milhões de euros, tem de se
	fazer mais, porque é possível. Naming para o estádio, há imensos
	anos que se fala e ainda não aconteceu. Internacionalizar a
	comunicação do clube que até pode ser pelos atletas estrangeiro.
	E reestruturação da dívida, redução dos custos, porque temos 80
	milhões de euros na SAD e 90 no clube. Não podemos hipotecar o
	sucesso desportivo.
 
	Cristóvão Carvalho antecipou metas
	ambiciosas para as receitas encarnadas: «Os números do Benfica não
	são bons e temos de trabalhar nisso.. O meu objetivo é elevar as
	receitas para €450M em 4 anos e €700M em 8. Este processo leva
	tempo. Quero terminar com a venda em massa de jogadores. Aqui
	concordo com Luís Filipe Vieira: sem dinheiro não resolvemos o
	problema, mas €200M não chega. €400 M foi a linha de crédito
	que encontrei para ter 100 milhões por ano para fazer o que todos
	dizem que vão fazer: sem o garrote financeiro reestruturar a
	dívida. Tenho este valor pronto para o dia seguinte às eleições.»
 
	Martim Mayer apresenta a sua proposta
	para o Estádio da Luz e comenta os números financeiros do
	clube: «Temos na SAD €70M prejuízo recorrentes. Temos de
	equilibrar todas as épocas estes milhões: entre 15 e 20% destes
	custos podem ser cortados e resolve metade dos problemas. Apresento
	duas medidas muito concretas: internacionalizar o Benfica como clube
	e começamos por Angola e Moçambique. Ao fim de dois anos vamos
	trazer 15 milhões de dólares em cada um.»
	«O Estádio da Luz, vou aumentar em
	15 mil lugares, que depois vão dar 20 milhões de euros em receitas
	aos dias de jogo e temos equilibrio financeiro. O meu plano é a
	minha proposta para os sócios.»
 
	Noronha Lopes arrasou gestão
	financeira de Rui Costa: «Com todo o respeito que tenho com Rui
	Costa, pergunto como é possível ter 4 responsáveis financeiros em
	quatro anos. Domingos Soares de Oliveira saiu, Luis Mendes
	demitiu-se antes de uma AG, Jaime Antunes demitiu-se antes de outra
	AG e agora temos Luís Mendes. Não é surpreendente que o passivo
	tenha aumentado €100M e que todos os anos apresentemos resultados
	negativos €15 M. Os sócios perguntam 'para que é que isto
	serviu'. Para zero, Rui Costa. Tem que haver rigor financeiro, temos
	de equilibrar as receitas e despesas correntes.»
	«Temos um plano delineado com José
	Theotónio,com quem falo há um ano, cortar os custos não resolvem
	os problemas estruturais do Benfica. Temos de ter sucesso
	desportivo, uma boa negociação dos contratos televisivos, aumentar
	as receitas de dia de jogo eaumentar as receitas comerciais. Como
	José Theotónio disse, mais 4 anos disto e ficamos numa situação
	complicada. Não festejamos relatórios e contas», explicou.
 
	Recomeça o debate, focado na dimensão
	financeira
	Luís Filipe Vieira frisou que o
	Benfica não pode «reduzir» custos, e traçou plano para potenciar
	investimento. «O que é importante é estabilizar o Benfica
	financeiramente e passar toda a divida para longo prazo, arranjar
	financiamento e diluir ao longo do tempo. Temos alinhavado um
	empréstimo de 200 milhões de euros. Precisamos de dinheiro para
	investir, se o Benfica ganhar passam todos os problemas. Depois de
	2010 foi assim que recuperámos. O Benfica tem de ter uma equipa
	para ganhar e não pode pensar que tem de vender. Depois vai
	recuperar. No passado foi assim e será assim no futuro. Até agora
	tenho levado ao. Neste momento reduzir não vale a pena, mas às
	vezes há gorduras a mais que temos de tratar», explicou
 
	Intervalo no debate. Na primeira parte
	do frente a frente, os candidatos trocaram ideias (e acusações)
	sobre o passado presente e futuro do futebol do Benfica, lamentaram
	desaproveitamento da formação e não esconderam a surpresa e
	incerteza face à situação financeira das modalidades
 
	Manteigas responde a Rui
	Costa: «Vai-se chamar SLB feminino e o Benfica terá sempre a
	maioria do capital. Benfica fez o maior investimento no hóquei, não
	há razão para não ganhar. O que falta? Dinheiro não é, talvez
	não tenhamos de gastar tanto, é um problema de identidade. Não
	sei se é da direção para baixo, mas há uma desorganização.
	Falhamos desportivamente, Benfica foi fundado para ganhar, não para
	vender jogadores. Benfica tem boas infraestruturas e as pessoas não
	conseguem perceber.»
 
	Cristóvão Carvalho criticou aposta
	de João Diogo Manteigas no ciclismo na última semana de campanha
	eleitoral: «Esta manobra do ciclismo surpreendeu-me, claramente
	emocional.. Foste o primeiro a chegar e só te lembraste agora.
	Parece que foi uma coisa de última hora, gostava que me
	explicasses, estou muito curioso»
	O advogado antecipa um investimento
	diminuto de João Noronha Lopes nas modalidades.
 
	Martim Mayer responde a Manteigas por
	causa do ciclismo. «Nós gastamos 14 milhões de euros que não
	são dos plantéis. Sei que é possível poupar 5 a 6 milhões de
	euros, isso aplicado numa infraestrutura para as modalidades... tal
	como no futebol. Aquilo que o clube evoluiu com o Seixal, com mérito
	do LFV, pode acontecer nas modalidades. Os benfiquistas adoram o
	ciclismo, mas primeiro temos de tratar de arrumar a casa. De uma
	forma equilibrada, depois podemos ir para outras áreas e
	modalidades. O ciclismo é uma modalidade cara e deverá fazê-la no
	longo prazo e voltar a sair dela como já aconteceu.»
 
	Benfica: candidatos atacam Rui Costa
	pela saída de João Neves Internacional português foi transferido
	há um ano para o PSG e é um dos exemplos dados pelos adversários
	do Presidente das águias para a formação do clube
 
	João Noronha Lopes: «Investimos
	muito e ganhámos poucos. Não significa que tenhamos de ganhar nos
	anos todos»
 
	Rui Costa responde aos adversários na
	questão do futebol feminino e modalidades.
	«Esta situação de Manteigas falar
	do futebol feminino foi ponderado e o que nós entedemos é que
	seria chamado Benfica e qualquer coisa, por isso optámos por um
	investimento gradual no futebol feminino e que se chame sempre
	Benfica só.»
	«Passámos o futebol feminino para o
	Benfica Campus e pusemo-lo na SAD para um maior investimento. É
	preciso ter alguma consciência do que as equipas europeias já
	gastam no futebol feminino, tem de ser gradual.»
	«Estamos a falar muito das
	modalidades pavilhão. Nós gastamos muito sim, porque temos todas
	ao contrário dos outros clubes. É evidente que temos de gastar
	mais. As modalidades não são todas iguais, cada uma tem os seus
	custos, não têm de estar todas ao mesmo nível. Jogador de futsal
	não ganha o mesmo que volei ou basquetebol. Hóquei e futsal têm
	de ser cada vez mais jogadas com portugueses, mas é mais difícil
	em Portugal porque somos o expoente máximo. É muito natural termos
	de ir ao estrangeiro ir buscar jogadores para estas modalidades.»
 
	Luís Filipe Vieira reforça: «O
	Benfica deve ser dos clubes mais ecléticos no mundo. Nunca me
	passou pela cabeça que o Benfica tivesse orçamentos da modalidade
	como tem hoje. Até este momento, não sei ao certo qual é o
	orçamento, devem estar clarificados. Em hóquei, temos os melhores
	jogadores europeus e custa-nos muito essa brincadeira.»
 
	Manteigas e o futebol feminino: «O
	investimento foi feito pela SAD e não trouxe resultados
	desportivos, perda de Taças. O futebol feminino faz sentido num
	sistema em que é criada uma SAD autónoma. A FIFA já investe
	muito, a FPF também e o Benfica é o melhor exemplar que existe
	para esse efeito. Um projeto que capta um parceiro estratégico para
	que possa reconhecer o poder da marca Benfica, mas que passe a
	apostar a nível externo. Os ingleses e espanhóis aumentam os seus
	orçamentos, o Benfica pode perder o barco para ganhar um título
	europeu».
	«Modalidades? Não podemos
	continuar a gastar milhões e a não sermos campeões. 14 jogos, 13
	derrotas, uma vitória do andebol a nível europeu. O clube gasta
	mais de 20 milhões de euros em orçamentos e patrocínios são 2
	milhões de euros, nem 10% de receitas. Objetivo também passa por
	modalidades olímpicas conseguirem progredir nas fases de grupos a
	nível europeu. O hóquei e futsal são dois casos que ninguém
	consegue perceber: quase em exclusivo em Portugal e têm de ganhar
	cá, e não só.»
	No final, Manteigas revelou que
	conseguiu um patrocionador para o ciclismo e ofereceu esse projeto
	para quem vencer as eleições. «Benfica vai voltar a ter um
	patrocínio numa equipa de ciclismo», disse, revelando a camisola a
	meio do debate. «Finalmente conseguimos fazer uma parceria
	estratégica para o emblema do Benfica voltar à estrada. Uma
	parceria estratégica com um clube do pelotão nacional já para
	2026.»
 
	Cristóvão Carvalho defendeu que
	o Benfica perdeu «um bocadinho o barco» no futebol feminino.
	«Fomos ficando para trás com falta de investimento. Temos muitas
	possibilidades de ganhar um título europeu. Neste momento o Benfica
	tem essa possibilidade, julgo que será possível investir muito
	mais Falta aproveitar sinergias do futebol masculino para o
	feminino. Sente-se cada vez mais um carinho dos adeptos. Ainda vamos
	a tempo de fazer o investimento», frisou o advogado.
	A situação financeira das
	modalidades confunde Cristóvão Carvalho: «Foi muito difícil
	perceber quanto se gastava nas modalidades, na última AG tivemos
	mais algumas informações e percebemos que haverá muito trabalho a
	fazer. Teremos de dar um passo atrás em algumas, para dar dois à
	frente em outras. Em Portugal existem excelentes jogadores de hóquei
	e futsal, não vejo necessidade de investir lá fora. Temos de
	apostar em duas modalidades de referência para jogar Superligas.»
 
	Martim Mayer e a sua visão do futebol
	feminino e das modalidades.
	«É muito relevante criar uma
	identidade para o futebol feminino e a minha proposta passa por
	criar um estádio com 8 a 10 mil lugares. Isto comigo vai acontecer.
	O diretor de futebol feminino tem de ser uma mulher, já existiu
	isso no Benfica, e temos de voltar a fazê-lo. Traçar um caminho,
	um título europeu, que é o grande objetivo».
	«Modalidades? Temos de olhar
	para as infraestruturas, o Benfica sempre foi líder nas
	infraestruturas e há muito que merecem a própria infraestrutura.
	Alugamos pavilhões por todo o lado, casas para os atletas, tudo
	isso virá para o que vai ser o Benfica Campus das modalidades. A
	infraestrutura fica resolvida, a qualidade da formação passa a ser
	superior e vamos ter uma estratégia médio prazo muito mais bem
	sustentada.
	«O Benfica tem de apostar na sua
	gente da formação, contratamos atletas para os escalões séniores
	acima dos rivais e eles vêm com menos vontade de vencer, menos
	objetivos. Temos de saber contratar e não porque vêm ganhar mais,
	porque é isso que vai trazer mais vitórias à modalidade».
 
	O projeto de João Noronha Lopes para
	a equipa feminina e para as modalidades:
	«Estive no Estádio da Luz a assistir
	ao duelo contra o Arsenal. Senti o entusiasmo em volta da equipa
	feminina. É uma área em que podemos continuar a investir, vamos a
	tempo de ter uma aposta europeia.»
	«Relativamente às modalidades,
	ganhámos pouco para o que investimos, no feminino tivemos boas
	notícias, no masculino ganhámos 30% na época passada. Temos de
	começar pela organização, começo sempre por aqui, algo mal
	compreendido por alguns candidatos. As modalidades são escolas de
	benfiquismo, são absolutamente fundamentais para a nossa
	identidade, é preciso ainda maior transparência sobre o que se
	gasta. Depois não consigo perceber a razão porque é que os
	pavilhões estão vazios. As modalidades podem servir para aproximar
	o clube dos benfiquistas fora de Lisboa.»
 
	Luís Filipe Vieira defendeu que «com
	mais investimento» é possível, a breve trecho, «lutar por um
	titulo europeu». O antigo presidente do Benfica foi mais
	cauteloso nas modalidades: «Tirando o vólei ou o basquetebol,
	temos de montar uma meta de 30% de jogadores de formação, no
	hóquei formamos com muitíssima qualidade e não aproveitamos,
	basta ver a equipa do hóquei de Barcelos. No andebol não
	conseguimos destronar o Sporting, uma das melhores equipas do Mundo»
 
	Segue-se o tema futebol feminino e
	modalidades
	Rui Costa: «O investimento no futebol
	feminino, projeto de grande sucesso, procurámos dar a dignidade que
	merecia, colocamos a secção a trabalhar no Benfica Campus,
	alocámos o Benfica à SAD. Em Portugal os resultados estão à
	vista de todos. O investimento tem de ser contínuo para não perder
	a hegemonia.»
	Modalidades: «Foi um mandato em que
	investimentos bastante para igualar o nível dos adversários. Há
	títulos europeus que queremos ganhar no futsal e no hóquei. Por
	acaso no último mandato ganhámos numa modalidade que não temos
	muita tradição em Portugal que é o andebol. As modalidades não
	são um outsider do clube, mas sim um dos pilares.
	Queremos mais vitórias.»
 
	João Noronha Lopes respondeu a Rui
	Costa: «Se os jogadores da formação virem jogadores ficarem
	seis meses na equipa principal também vão querer sair. João Neves
	não é uma questão do passado. A formação faz-se de símbolos e
	estou farto da conversa que não podemos cortar as pernas aos
	jogadores. É esse discurso fatalista faz com que não ganhemos.
	Temos técnicos da formação a sair para outros clubes.»
 
	Martim Mayer frisou a necessidade da
	construção de um colégio do Benfica para «reter e não perder
	talento»
 
	Luís Filipe Vieira defendeu que Rui
	Costa poderá não ter feito tudo o que estava ao seu alcance para
	garantir a continuidade de João Neves
 
	Rui Costa frisou que «nem todas
	gerações têm a mesma qualidade» e respondeu ironicamente à
	sugestão de João Diogo Manteigas de dar garantia de tempo de jogo
	aos agentes e à família dos jogadores. «Não me lembro de o ter
	visto em nenhuma reunião com João Neves para me estar a desmentir,
	Noronha Lopes. João Neves não queria sair do Benfica, mas não
	queria perder a valorização financeira em relação ao que ganha
	em Paris», respondeu o atual presidente, posteriormente, a Noronha
	Lopes
 
	Cristóvão Carvalho frisou que João
	Neves é «uma pedra no sapato» de Rui Costa e criticou a «falta
	de compromisso» de João Noronha Lopes, acusando o gestor de não
	se comprometer com qualquer objetivo
 
	Manteigas e a questão João
	Neves: «Obviamente que Benfica podia simplesmente não vender.
	Podia criar um problema com o jogador, tenho dificuldades que João
	Neves não quisesse dar a volta isso e mais tarde querer sair.
	Antecipando-se as negociações com os contratos com jogadores, mas
	falando com as suas famílias e agentes consegue-se fazer isto.
	Obviamente temos de provar que temos condições e que vai jogar.»
 
	Noronha Lopes ao ataque: «Quantos
	Costas é que há na direção do Benfica?»Candidato da lista F à
	presidência dos encarnados criticou incoerência do presidente dos
	encarnados
 
	Martim Meyer destaca o dinheiro gasto
	nos últimos quatro anos de Rui Costa no Benfica, comparativamente
	com os rivais: «Esta é a minha aposta. Mais jogadores da
	formação para a equipa B e tem de haver uma estratégia. Tem de
	estar ligada diretamente com a nossa política de compra e vendas.
	Desde 2020 que gastámos mais de 119 milhões de euros do que os
	nossos rviais. Desde 2020 que temos uma média de mais valia de 250
	mil euros, o nosso rival tem 39 vezes esse valor. Compramos de mais
	e tapamos jogadores de formação que poderiam espontar na equipa A
	e não espontam. Não só gastamos dinheiro a mais como temos uma
	política que não serve a um clube que quer jogar o seu talento.
	50% da equipa A será da formação de uma forma consistente, como
	titular, não no plantel. É isto que é a minha proposta para os
	sócios e isso é possível de se fazer. Não só vamos aplicar
	melhor os nossos fundos nas compras das lacunas que temos para
	completar a equipa, mas apostar na formação e deixar que ela tenha
	o seu espaço para se concretizar na equipa A.»
 
	João Noronha Lopes frisou a
	necessidade de «formar para ganhar», graças a um «investimento
	na formação sem precedentes», através de incentivos para reter
	os jovens e um plano até à equipa principal. O gestor recordou,
	posteriormente, as declarações de João Neves após a saída do
	Benfica: «Rui Costa diz que não era possível segurar João Neves.
	Todos os jogadores quererão sair do Benfica um dia, mas quem disse
	que não queria sair foi João Neves. O caso não foi resolvido na
	altura certa em dezembro ou janeiro, com o empresário e a família
	do jogador, deixou-se o assunto arrastar-se até já estar com a
	cabeça noutro lado.»
	«Não sou apologista de dizer que
	temos um número de jogadores que têm de ir para a equipa
	principal, temos é de ter uma politica com uma equipa sombra, mais
	do que triunfar nos escalões jovens, termos de criar condições
	para que os jogadores triunfem na equipa principal. João Neves saiu
	por urgência», salientou.
 
	Luís Filipe Vieira voltou a
	afirmar que «foi muito mau» ser campeão em 2004/05, com «13
	jogadores». O antigo presidente do Benfica frisou que quando teve
	«condições para trabalhar», rubricou «segunda melhor década do
	Benfica».
	«Não produzimos todos os anos
	jogadores para estar na equipa principal, tem 9 miudo campeões
	europeus sub-17 mas estão a crescer, se calhar estamos protegidos
	para o futuro nas laterais. Perdemos um quadro fantástico que era o
	Pedro Mil Homens, perdemos outro técnico fantástico, temos matéria
	prima para crescer»
 
	Rui Costa responde a Cristóvão
	Carvalhão sobre a saída de João Neves: «As coisas não
	funcionam desta maneira e João Neves não podia ficar mais uma
	época no Benfica, foi campeão nacional e saiu. Dizer que João
	Neves não queria sair do Benfica é a coisa mais simples do mundo.
	Não queria o João Neves nem outro jogador se o Benfica tivesse
	condições para lhes pagar o que os outros vão ganhar lá fora. É
	tão simples quanto isso, com o devido respeito que tenho ao João
	Neves, era um jogador sem preço, mas era impossível manter João
	Neves.»
	Formação: «A entrada dos jogadores
	da formação do Benfica, os dados são concretos. O ano passado
	acabámos a ganhar os três títulos, inédito, foram 8 títulos em
	12 possíveis, ganhámos a Youth League, a primeira taça
	intercontinental feita na formação, metemos 23 estreias no
	Benfica. Os dados são concretos e claros. Tentámos este ano
	elaborar um maior projeto dos nossos jovens, é por isso que os
	sub-23 e equipa B estão a jogar com idade juvenil. Se há coisa que
	funcionou muito bem neste mandato foi o futebol formação, com
	recordes.
 
	Lista de Noronha Lopes aponta
	«irregularidades» nos cadernos eleitorais; Benfica garante que «é
	falso» Gonçalo Almeida Ribeiro garante que «há sócios que não
	podem votar», mas diz que a realização das eleições não está
	em causa
 
	Manteigas: «Eu acompanho a
	questão da formação, mas mostro um exemplo muito fácil nas
	idades: António Silva ainda não renovou e Otamendi sim, e é um
	jovem da formação. É por causa disto que precisamos de uma rutura
	total com o passado.»
	«A proposta para António Silva está
	em cima da mesa», respondeu Rui Costa.
 
	Noronha Lopes responde a Rui
	Costa: «Rui Costa foi vice-presidente para o futebol e se não
	sabe o que faz fico muito surpreendido com isso. Nuno Gomes está
	preparadíssimo para assumir as funções no Benfica. Nuno Gomes
	saiu do Benfica pelo seu próprio pé, formou-se e teve preparação.
	É uma grande alegria poder trazê-lo de volta ao projeto do Benfica
	e volta porque sentem que há um projeto. Está preparadíssimo. Foi
	à vida deles e volta com ganas de triunfar.»
 
	Martim Meyer: «Rui Costa está certo
	em dizer que há muitas coisas bem feitas e sou o primeiro a louvar
	o que está bem feito, mas Mário Branco não olha para o futebol a
	médio prazo, não há tempo para isso. Isso é uma oferta que eu
	trago. A minha proposta é muito clara: falta ao Benfica olhar para
	o futebol a médio prazo e a pessoa que vem comigo vai olhar para o
	futebol a quatro anos, perceber as lacunas para a próxima época,
	seguinte e a seguinte. E isso não é feito. Está esclarecido o que
	os sócios esperam de mim.»
 
	Cristóvão Carvalho não perdoa Rui
	Costa devido à venda de João Neves
	«Temos efetivamente uma das melhores
	academias do mundo, deve ser dado mérito a quem a pensou e
	concretizou. Continuamos a fazer um bom trabalho, mas podemos fazer
	muito melhor. Independentemente de Rui Costa ter dado explicações
	porque é que os jogadores não chegam à equipa principal, mas
	devia haver condições para isso, é ali [Seixal] que temos o nosso
	pote de ouro, os nosso craques. Vou me comprometer com os sócios:
	terão de chegar três a quatro jogadores por ano à equipa
	principal, temos de criar condições para que seja possível, ao
	dia de hoje não é», admitiu.
	O advogado voltou a lamentar a venda
	do «farol» João Neves. «Um miúdo que chegue ao Seixal tem de
	acreditar que vai chegar à equipa principal, temos de ter 6 ou 7
	que se mantenham, João Neves seria um dele, foi daqueles jogadores
	que não te perdoo Rui, admito que falhes, mas o João não, o João
	queria ficar, tinha condições para ficar para ser um farol.»
 
	Rui Costa destaca a idade média do
	plantel: «Este trajeto, esta gestão do futebol não pensa no
	imediato, e é por não pensar no imediato que o Benfica tem um
	plantel com apenas dois jogadores acima dos 25 anos. Se pensasse no
	imediato pensaria como apanhei o Benfica quando cheguei a
	Presidente. Com 13 jogadores na casa dos 30 anos, quando se fala um
	plantel desta dimensão com os jogadores que chegaram ao Benfica e
	este ano, é para pensar a longo prazo e não a curto prazo. Isso
	fica bem vincado na construção do plantel.
	«Formação? É a nossa função
	e de todas as estruturas do Benfica abrir o espaço para que isso
	aconteça. O nosso papel não é ser treinador é abrir espaço e
	sempre disse que no projeto do Benfica entram 20 jogadores
	contratados para a equipa principal e de resto é formados no clube.
	Ainda vão aparecer em momentos mais saudáveis na equipa para terem
	mais minutos, mas nas principais ligas europeias a média de
	utilização são de 13%, do Benfica é de 20%. Portanto não creio
	que o Benfica esteja tão carente em termos de formação e continua
	a ser uma das melhores no mundo em termos de utilização.»
	Resposta a Noronha Lopes: «Rui Costa
	nunca festejou nem nunca assumiu que festejou alguma coisa que não
	tenha sido alguma coisa que não tenha sido um título do Benfica.
	Aprendi cedo que não há vitórias morais, queremos que lutem pelos
	títulos e nunca festejei o que não fosse uma vitória. Nenhuma
	dessas pessoas executou no passado algum cargo destes, ao contrário
	de Mário Branco que leva uma vida, respeito as pessoas, mas ninguém
	teve o cargo que o senhor está a metê-los no Benfica.
 
	Luís Filipe Vieira: «O Benfica vai
	ter uma equipa sombra e esses jogadores são os que devemos
	contratar, tendo em conta as nuances do treinador, O treinador
	poderá escolher entre 4 jogadores. Não vai voltar acontecer o
	treinador escolher e ficarmos com o menino nas mãos.»
 
	Cristóvão Carvalho pediu
	«compromisso» aos restantes candidatos. «O compromisso de Rui
	Costa com os sócios no programa é chegar ao top 10 do ranking da
	UEFA, conquistar a quarta estrela...É curto, Rui. Tens de te
	comprometer com algo, mensurável para os sócios perceberem o que
	queremos alcançar«, frisou. O advogado afirma ainda que Manteiags
	«não quantifica quaisquer ideias desportivas»
 
	Manteigas: «Só corrigir Noronha
	Lopes, porque o plantel que Bruno Lage teve já não era de Schmidt,
	Bruno Lage preparou esta época com a direção e com Rui Pedro
	Braz. Mas dizer a Rui Costa que é verdade que apostamos na
	formação, mas não adianta se não o metermos a jogar. Gonçalo
	Ramos e João Neves foram imediatamente vendidos, tivemos o caso do
	Tiago que foi para França, Bajrami que quase não jogou e não
	vemos Rego, Veloso a jogar, talvez por causa do treinador. Temos de
	falar com ele para perceber, temos problemas nas alas e não adianta
	só termos formação e estarmos no primeiro lugar. Temos de
	apostar.
 
	Martim Mayer volta a afirmar a
	importância das camadas jovens, da equipa B e os sub-23: «Falar
	com Mourinho, com Mário Branco e entender as lacunas do plantel e a
	procura de reforços, comigo também será assim em janeiro. Existe
	uma forma muito melhor de trabalho neste universo de treinador que
	são os sub-23, a equipa B e a equipa A, e eu venho com muita
	vontade de falar com Mourinho sobre isso. Que esteja mais próximo
	dessas equipas. Queremos ganhar sempre, ser campeões europeias, mas
	a minha proposta concreta é esta e pode dar uma grande consistência
	ao futebol do Benfica.»
 
	João Noronha Lopes: «Quantos Costas
	é que há na direção do Benfica?»
	«Naturalmente vou-me sentar com José
	Mourinho, queremos ganhar. José Mourinho está a trabalhar com um
	plantel que não escolheu, tal como Bruno Lage trabalhou com um
	plantel escolhido por Schmidt [em 2024/25]. É de estranhar após
	ter investido €130M e continuar com estas lacunas. Se continuamos
	a cometer o mesmos erros é normal que não haja resultados. Queremos
	trabalhar por antecipação, chegar mais cedo ao mercado e não
	comprar jogadores por 30 milhões de euros quando podiam chegar por
	15M», frisou o gestor. O candidato visou diretamente Rui Costa:
	«Fico surpreendido porque o candidato Rui Costa parece que critica
	o presidente Rui Costa tal como o presidente Rui Costa criticava o
	vice-presidente e o diretor desportivo Rui Costa oor herdar um
	plantel velho. Quantos costas é que há na direção do Benfica?»
 
	Luís Filipe Vieira puxou dos galões:
	«Temos de ser campeões este ano.» «Toda a gente está de acordo
	que se fez uma grande renovação, mas o plantel está
	desiquilibrado. Mal que seja presidente vou ter uma reunião com os
	quadros, incluindo o treinador e traçar objetivos», frisou. O
	antigo presidente do Benfica frisou que o segredo está na
	estabilidade da estrutura, tal como aconteceu entre 2013 e 2017, e
	lamentou falta de opções de José Mourinho: «Falta-lhe alas, pode
	faltar um defesa central, lateral esquerdo. Cada um de nós tem de
	ser campeão diariamente, não é preciso falar com muita gente,
	temos de criar objetivos e as pessoas têm de cumprir.»
 
	Rui Costa explica a situação do
	Benfica no mercado. «Fica bem claro que toda a gente aqui quer
	ganhar mais, se não ninguém estava na luta pela presidência do
	Benfica e parece que toda a gente tem o método mais eficaz para o
	fazer. O Benfica sempre que teve de mexer na equipa em janeiro
	mexeu, sempre consoante as necessidades do treinador do Benfica,
	nunca se inibiu de corrigir algum erro e quando chegarmos a janeiro
	vamos ver do que o plantel necessita ou não. Até janeiro vai
	melhorar muito internamente, alguns ainda não estão ao patamar que
	esperamos, juntamente com alguns jovens da formação. Cá estaremos
	para resolver o problema como sempre.»
 
	Cristóvão Carvalho reforçou
	objetivos vitorioso: «No futuro, parece-me simples. O Benfica tem
	uma estrutura e funciona. Tenho muita dificuldade quando vejo
	grandes mexidas sem se conhecer. Onde o Benfica está mais
	organizado é no futebol e todas as alterações têm de ser feitas
	em consonância com toda a equipa de futebol, com o método que se
	queira. Não vejo ninguém que tenha definido objetivos, o que quer
	ganhar e como. A partir daí será toda uma equipa, Perceber que
	jogadores chegam, desde a formação. O que penso é um Benfica
	profissional, que não pode ser decidido na cúpula. Há coisas que
	serão para manter, outras melhorar e outras substituir. Venho para
	ganhar 3 em 4 ligas e chegar a uma final da champions em 6/7 anos. O
	Benfica precisa de acertos com qualidade.»
 
	2.ª pergunta: o que pretende fazer
	cada um dos candidatos no mercado de janeiro?
	Manteigas destaca o papel do
	treinador, Mourinho, no mercado: «É a estrutura com o treinador, é
	Mourinho quem tem uma palavra a dizer e a estrutura tem de planear o
	que o Mourinho necessita. Qualquer treinador no Benfica tem uma
	palavra a dizer, porque é ele que vai afinar em campo. O Benfica
	retocou-se sempre em janeiro, sempre o fez, desde que haja
	condições.
 
	João Noronha Lopes pretende
	revolucionar a equipa de futebol com uma «estrutura mais forte,
	iuma estabilidade maior e cultura de vitória». «Nuno Gomes será
	administrador da SAD e estará encarregue do futebol do Benfica a
	curto, médio e longo prazo, Pedro Ferreira será coordenador e elo
	de ligação, ambos serão interlocutores de Mourinho. Tomás Amaral
	no Scouting e Vítor Paneira como elo de ligação entre a estrutura
	e a equipa de futebol. O Benfica não pode ter cinco treinadores em
	quatro anos. Isso acontece através de uma estrutura coesa, com
	visão a longo prazo e que sabe o que fazer. O Benfica não pode
	normalizar a derrota, não pode ser o clube do quase. Temos de
	querer ganhar e a cultura de vitória tem de começar no presidente.
	O segundo lugar não significa nada. Esta cultura de vitória tem de
	mudar», frisou o gestor
 
	Luís Filipe Vieira deseja renovar
	contrato com José Mourinho por mais quatro anos: «O projeto
	assenta na equipa de futebol. Queremos ganhar, ter hegemonia em
	Portugal não abdicamos disso, já tivemos e queremos ter outra vez.
	Vamos ter um diretor-geral pronto a entrar, não quero mexer muito.
	Temos de ser responsáveis porque o Benfica tem contratos para
	cumprir. Ao nosso treinador, vou-lhe fazer uma proposta para renovar
	por quatro anos Pretendo dar referência ao mercado português, já
	há jogadores anotados, o que acordarmos criar condições a José
	Mourinho. Vamos ter jogadores 19 titulares e o resto será da
	formação»
 
	Martim Meyer fala de um plano a partir
	das camadas jovens: «Falta coordenação e definição de um
	modelo de jogo desde a camada jovens. Mourinho e Mário Branco
	preocupam-se com o curto prazo, eu trago um plano de longo prazo. Um
	plano de jogo desde as camadas jovens e que melhoria o futebol da
	equipa A. Aceleração de talento, é por aqui que o meu futebol
	vai.»
 
	Rui Costa: «É um prazer
	debater-nos aqui os seis candidatos juntos. Em relação ao futebol,
	é evidente que não ganhámos neste mandato o que queríamos, mas
	fizemos uma reestruturação do futebol do Benfica. Estamos mais
	próximos do que há quatro anos, temos uma equipa mais jovem, com
	mais valores individuais e também em termos financeiros, embora o
	projeto passe sempre pelas vitórias», disse, analisando o tema da
	formação.
	«Reforçamos a presença da nossa
	formação na equipa principal. Temos 11 jogadores, queremos
	reforçar o número, manter pelo menos o número de 8 e dar mais
	utilização à de hoje», atirou. «Criámos uma estrutura
	altamente profissional, bem identificada, Mário Branco tem
	altíssima experiência e com a ambição de estarmos em condições
	de voltarmos a ser ganhadores no campeonato. Em termos europeus, um
	candidato disse que queria um Benfica europeu, recordo que este foi
	o mandato com melhor qualificação europeia, embora este ano não
	tenha começado bem, temos qualidade para continuar a estar bem na
	Liga dos Campeões.
 
	Cristóvão Carvalho frisa que «é
	possível ser campeão europeu». «Apresento um Benfica europeu,
	que nos próximos anos tem de ter uma equipa que lhe permita ter a
	ambição de ganhar um título europeu, sustentado, alicerçado num
	treinador de referência, de projeto, disponível para preparar em
	4/5/6 anos uma equipa que possa jogar quartos de final com
	naturalidade.» O candidato da lista D frisou a necessidade de uma
	«mudança estrutural» para garantir «segurança financeira»
	suficiente para «criar estabilidade aos jogadores que venham da
	formação»
	Cristóvão Carvalho voltou a frisar
	que pretende contratar um treinador da dimensão de Jurgen Klopp:
	«Hoje temos José Mourinho que é mais titulado e que tem o mesmo
	salário que Jurgen Klopp teria.»
 
	Manteigas dá início ao debate e
	destaca a importância da formação. «Voltamos a estar no
	primeiro lugar mundial, é exatamente o que queremos. Provar que
	conseguimos apostar», disse, avançando para o ponto da transação
	dos jogadores. «Vitórias, é essencial acabar com o Benfica que
	é trading de jogadores e apostar mais no mercado
	nacional, como é o caso do Manu, que poderia ter sido contratado
	antes de chegar ao Guimarães. Benfica tem de ter os melhores
	jogadores em Portugal, um maior equilíbrio e dois jogadores por
	posição. Falta também compromisso dos jogadores. E ao Benfica não
	compete só ganhar o campeonato», acrescentou.
 
.............................
NOTA: Quanto mais ouço os candidatos mais confuso fico. Todos prometem mundos e fundos. Conheço as obras de Luís Filipe Vieira e de Rui Costa. Dos outros não conheço nada.
Confesso que Noronha Lopes não me merece grande confiança. Comparo-o a um charlatão que tudo promete e depois nada faz. Se calhar estou enganado. Oxalá que sim.
Manteigas parece-me ter um discurso mais plausível e assertivo. Será o Presidente Ideal para o Benfica?
Tenho a certeza que os benfiquistas vão votar em consciência. Decerto e acredito que sim, Sábado terminará com a decisão final ou com a necessidade de uma segunda volta entre os dois candidatos mais votados.
Que o próximo Presidente traga União, Ambição, Verdade, Fulgor, Determinação.... VITÓRIAS.
Qual é a sua opinião sobre qual o candidato que pensa ser melhor presidente para o Benfica?
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