Pantera Negra; King, simplesmente: Eusébio da Silva Ferreira

Era o dia 17 de Dezembro de 1960. Chegava a Lisboa, oriundo de Maçambique, aquele que haveria de tornar-se um dos maiores simbolos do Benfica, Eusébio da Silva Ferreira.
Jogador franzino, ar envergonhado, carinha de miúdo.
À sua chegada viu-se envolvido numa "batalha" juridica entre Benfica e Sporting, que também queria o diamante. Eusébio só veio a ser inscrito muito mais tarde, vindo a jogar um jogo treino em 23MAI61, no Estádio da Luz, contra o Atlético. Marcou "APENAS" três golos. Tinha 19 anos de idade.

Até à realização desse jogo Eusébio passou muitas dificuldades, pensando inclusive em regressar a Moçambique.
Dirigentes do Benfica haviam dado à Srª Elisa Anissabene, mâe do craque, a quantia de 250 contos, ainda em Mocambique, então Lourenço Marques, hoje Cidade do Maputo, fechando contrato com o atleta. Parece que foi ontem e já lá vão cinquenta (50) anos. O tempo "voa" como uma águia, levemente, quase sem se dar por isso.

Instado sobre a sensação de vestir a camisola 10 do Benfica, tornando-se assim oficialmente jogador do clube, Eusébio da Silva Ferreira, declarou: Foi a melhor noite da minha vida como jogador do Benfica.
Vejam como é grandiosa a alma do seu humano, Eusébio uma águia voadora, pelos relvados de Portugal e do mundo, onde conquistou os mais diversos troféus em dias e noites de glória.

Mas não foram essas conquistas o mais importante. Foi sim o ter terminado o calvário de não poder jogar com a camisola do clube que amava.

Eusébio da Silva Ferreira, a quem viriam a ser dados cognomes como Pantera Negra e King , faz-nos recordar o jogador que foi, o ser humano que continua a ser, a glória viva, personalizada de um benfiquismo simples e impar na sua maior essência.

Parabéns Pantera Negra por tudo o que foste, e por tudo o que representas, para a Nação Benfiquista.

Viva Eusébio da Silva Ferreira

Viva o Benfica