Estou abismado: como é possível ainda ninguém me ter chamado ‘filho de uma …SAD’?
Foi há mais de uma semana que foi aqui publicado um texto em que eu defendi que o objetivo prioritário da SAD para a próxima “legislatura” deveria ser o aumento dos Capitais Próprios em cerca de 40ME e não apareceu um só Companheiro(a) a contestar-me?
Mais ainda, no meu texto anterior também escrevi a seguinte proposta …
“1 Que seja obrigatório cada candidatura apresentar nomes para todas as funções executivas no CA da SAD, nomes e … respetivas remunerações anuais, obviamente;
2 Que seja obrigatório cada candidatura comprometer-se com o nome do “Chief Financial Officer”, tal como com o nome da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e, caso seja diferente, da Sociedade a que entendem entregar a Auditoria Externa.; e
3 Que seja obrigatório a cada candidatura comprometer-se com um objetivo a 4 anos (“de legislatura”) para o crescimento dos Capitais Próprios da SAD (numa óptica consolidada).”
… e ninguém me ligou pevide?
Como sou teimoso e considero o equilíbrio económico e financeiro do Grupo Benfica um tema de importância capital para o Nosso futuro coletivo, um tema tão sério que não deveria ser objeto de demagogia ou abordagens ‘brejeiras’, exorto os leitores a comentarem estas ideias que aqui vos fui deixando, com um pedido lateral: não vale tentar usar o assunto como se de uma arma de arremesso se tratasse, seja contra quem for.
Nesta época desportiva que findou, o Glorioso deu um sinal determinante da Nossa Vontade de recuperar a liderança do Desporto nacional (com 40 títulos, 2 dos quais europeus), cumprindo aquela que sempre foi a Nossa razão de existir: Vencer! Nesse sentido, creio que os Nossos objetivos imediatos (a curto prazo) devem permanecer inalterados e passam por mais e maiores Vitorias.
O que está aqui em causa é, somente, saber em que medida a Nossa capacidade para prosseguir, sempre, esse objetivo, implica, ou não, (e, na minha humilde opinião, a resposta é afirmativa) a “eleição” de um objetivo a médio prazo ainda mais importante: o reforço dos Capitais Próprios da SAD, como forma de aumentar os graus de liberdade da sua gestão e de proteger o Grupo contra uma crise económica para a qual ainda ninguém identificou um final.
Regressemos, então, ao titulo deste texto e para ver se consigo explicar porque razão considero que a SAD deve continuar a vender alguns dos seus melhores Atletas, tal como tem feito nos anos mais recentes (sim, mesmo que seja o Witsel).
Que os Companheiros do “por Ti Benfica” (estes falavam em 50ME) e tantos outros anti Vieira se enganaram (ou mentiram, descaradamente) quando reincidiam na alegada “necessidade imperiosa de vender”, acabando cilindrados pelos continuados investimentos da SAD (como Ola John e Sálvio), concretizados sem prévia garantia de vendas e demonstrando que eu tinha razão quando os acusei de ignorância ou mesmo de muita má fé.
Mas porque é que eu advogo que a SAD deve continuar a vender Atletas que estejam muito valorizados, perguntar-me-ão alguns Companheiros, com o moral reforçado pela continuada demonstração de capacidade financeira da SAD?
Muitos poderiam pensar que, tal como tem defendido, por exemplo, o distinto Companheiro Bagão Félix, essa minha preferência visaria a redução mais rápida do Passivo Bancário (ou qualquer outro que seja remunerado, como as obrigações), mas garanto-vos que não, não é essa a razão.
Bem diferentemente, eu defendo esta via para que se possa manter e, se possível, aprofundar, o “circulo virtuoso” entre o investimento e os resultados económicos positivos (vulgo ‘lucros’), ou seja: realizar mais valias com Atletas valorizados, para aumentar a capacidade de investimento, sobretudo no Plantel (visando melhores resultados desportivos e mais valorizações de Atletas), mas também nos parques desportivos.
Em cada exercício em que a SAD consegue resultados positivos, melhora a relação entre o Activo e o Passivo, pela simples via do reforço dos Capitais Próprios. Sempre que a SAD dirigisse esses resultados exclusivamente para uma redução de rubricas do Passivo, poderia, até, criar condições virtuosas ao nível da redução dos custos financeiros futuros, mas estaria a ‘condenar-se’ a uma forte redução do seu Activo liquido e reduziria as probabilidades de manter ou reforçar o tal “circulo virtuoso” a que me referi antes.
Quero com isto dizer que a SAD deve gastar ‘á tripa forra’?
Não! Nem pensar nisso!
O que a SAD tem feito e, na minha humilde opinião, deverá continuar a fazer, é investir em Atletas com potencial de valorização (como continuam a ser todos os casos que têm sido contratados) e cujos custos salariais não comprometam a necessária contenção dos custos de exploração.
Sinteticamente (ou simplisticamente, se quiserem), estas são as razões pelas quais eu espero que os Benfiquistas não ‘chorem’ se a SAD vier a vender o passe do Witsel, ou o do Gaitan, ou de um outro qualquer Atleta dos mais valiosos e que possam representar uma significativa mais valia financeira.
Aparentemente e perante o atual ‘arrefecimento do mercado’, este não deverá ser o defeso ideal para concretizar boas vendas, mas eu espero que isso não crie nenhuma ilusão nos Sócios e Adeptos, uma vez que a venda de Atletas valorizados deve continuar a fazer parte dos modelos de negócio e desportivo do Clube.
Viva o Benfica!
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Escrito por: José Albuquerque
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