sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Democracia Benfiquista II. Uma Proposta.


Um dos aspetos em que mais me custa ver colocada em causa a democraticidade do Glorioso, passa por essa tristíssima alegacão de “golpe estatutário”, que me parece bem mais grave ainda do que aquelas que procuram atingir os Nossos media (a BTV, “O Benfica”, “A Mística” e o sitio oficial).Sinceramente e constatando quer a imensa variedade dos colaboradores regulares d’ “O Benfica”, quer o tipo de entrevistados em alguns dos programas da BTV (acabo de ver uma cópia de um programa onde estiveram os Companheiros Zé Medeiros Ferreira e o Ricardo ONTEMVITENOESTADIODALUZ), uma vez mais só consigo interpretar aquelas alegacões á luz da mais absoluta cegueira antivieirista e fico a perguntar-me se preferiam que o Nosso Jornal e a Nossa Televisão se transformassem numa espécie de prolongamento da vergonhosa caixa de comentários ao meu texto anterior …
Que tenham vergonha, muita vergonha, os que tal confundem com democraticidade. Enfim … espero que aqueles Companheiros que apreciam o que por aqui escrevo entendam que há comentários que não merecem resposta, de tão eloquentes que são. Adiante …

Regressando ao alegado “golpe estatutário”, com o qual tantos tentam justificar a sua incapacidade para apresentar uma candidatura credível aos Corpos Sociais, importa recordar, sumariamente, o quadro em que uma AG com poderes para tal aprovou o limite de 25 anos ininterruptos de Sócio para que se adquira elegibilidade para Presidente, numa proposta que não recebeu o voto do Companheiro Luís Filipe Vieira.  Todos se recordam que a formidável demonstração de Democracia Benfiquista que constituiu a AG eleitoral de há três anos, culminou um processo que ficou marcado por momentos dignos de um “thriller de bollywood” (?), com providências cautelares e ameaças de outras tantas, com candidaturas rocambolescas e a ejaculação precoce dos “Vencer, Vencer”, tudo num quadro noveleiro que só não teve consequências dramáticas porque pudemos contar com a liderança do Companheiro Manuel Vilarinho, um Ilustre Jurista cujo Benfiquismo exemplar soube defender as condições necessárias para que os Sócios conseguissem, em total liberdade, fazer valer a sua Vontade Soberana e recordar a todos que … “o Povo é quem mais ordena”, felizmente!

O Nosso Clube, hoje e pelo mérito de Todos Nós, é um objetivo demasiado saboroso para muitos dos Nossos adversários, ao ponto de não podermos, num pináculo de inocência que se confundiria com estupidez, esperar que esses se permitam não tentar tudo na vertigem de conseguirem poder falar em Nosso nome e … destruir o que construímos. Que ninguém duvide que o POLVO tem um tentáculo que tudo tem feito e tudo continuará a fazer para parecer Benfiquista.Também não podemos ignorar que essa mesma vertigem possa inebriar, numa espécie de “euro milhões”, uma chusma de arrivistas do tipo “meia nau” (os que só têm proa), que hoje compatibilizam com muita dificuldade as respetivas carreiras profissionais com as suas ambições, isto para já não falar nos que, num passado felizmente já distante, provaram substanciais benefícios materiais pelo seu Benfiquismo. Adiante …

Fartos de todas estas cambadas, uma maioria dos Companheiros presentes naquela AG que avaliou as propostas de alteração aos Estatutos optou por votar todas as alternativas mais restritivas possíveis, como se tais limitações fossem capazes de defender o Clube dos seus inimigos.  

Entretanto, alguns Companheiros “antivieira” que nem eu confundo com as cambadas a que atrás aludi, ficaram como que desmoralizados por estas alterações estatutárias e, agora, embarcam no choradinho do “porque é que não podemos eleger um Presidente com menos de 43 anos?”, como se fossem muitos os que, sem essa idade, têm a maturidade para dirigir um Clube cujas fronteiras ultrapassam os oceanos, cuja Gloriosa História se confunde com a de vários continentes, que é o maior símbolo vivo da portugalidade e que, já agora, lidera um Grupo empresarial com proveitos que ultrapassam os 150 milhões de euros anuais e que paga salários a mais de um milhar de pessoas.

Tenham calma, Companheiros “antivieira” e desenganem-se, que estão a ver o filme pelo prisma errado: o vosso problema não é a limitação do número de anos de Sócio para ser candidato a Presidente; o vosso problema é bem mais grave e passa pela inibição estatutária a que qualquer membro eleito dos Corpos Sociais possa auferir uma remuneração no Benfica e no Nosso Grupo empresarial.Ou seja, não vos vai bastar arranjar um qualquer Sócio antigo que vos sirva de bandeira e vão ter de compor uma lista inteira deles, todos sem tempo para dedicar ao Clube, todos na disponibilidade de vos cederem a legitimidade que, eventualmente, possam vir a receber nas urnas de voto e todos eles decididos a contratar-vos como funcionários “com carta branca”.

Para facilitar-vos a vida, vou dar-vos de borla (como sempre, desde que se trate do Glorioso) uma sugestão para o vosso programa Eleitoral:
1 Que seja obrigatório cada candidatura apresentar nomes para todas as funções executivas no CA da SAD, nomes e … respetivas remunerações anuais, obviamente;
2 Que seja obrigatório cada candidatura comprometer-se com o nome do “Chief Financial Officer”, tal como com o nome da Sociedade de Revisores Oficiais de Contas e, caso seja diferente, da Sociedade a que entendem entregar a Auditoria Externa.; e
3 Que seja obrigatório a cada candidatura comprometer-se com um objetivo a 4 anos (“de legislatura”) para o crescimento dos Capitais Próprios da SAD (numa óptica consolidada).

Estou convicto de que uma eventual candidatura liderada pelo atual Presidente vai estar disponível para celebrar com as listas concorrentes um acordo pré-eleitoral baseado nestes (e em outros) princípios.

O que me dizem?
Facilitei-vos a vida?
Não? 
Que “aborrecimento” que é esta coisa da Democracia … ter de conquistar a legitimidade nos votos dos Benfiquistas.

Viva o Benfica!

PS1 o Companheiro Eagle 01 confessou-nos que “preferia um Hassan pago do que um Sálvio por pagar”, uma escolha que, apesar de inteiramente legitima, não serve para esconder que já foi tempo em que o Benfica nem um Hassan conseguia contratar se não o pagasse imediata e integralmente; nem um Hassan nem uma carteira de fósforos. 
PS2 quero fazer saber ao Companheiro Magnusson que não prescindo dos seus comentários (sobretudo dos elogios, ahahah) sempre que o Fundador me dê a alegria de publicar um texto de minha autoria. 
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Escrito por: José Albuquerque  

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