Saibamos dar as mãos

Circulou ontem à noite nos jornais da nossa praça com origem na TSF uma notícia de que Roberto não mais vestiria a camisola do Benfica nesta época.
O Benfica através do seu site oficial desmentiu categoricamente e no imediato que fosse verdade a alusão, criticando inclusive a não confirmação da hipótese junto dos órgãos sociais do clube.
Por outro lado adiantou o DN que Luís F Vieira e Jorge Mendes, agente Fifa, haviam conversado e estariam a tentar colocar o jogador no mercado espanhol, onde tem crédito, mais precisamente no Málaga.
A contratação do Roberto começou mal. Muitos benfiquistas apontavam para a contratação do Eduardo que custava cerca de 4 milhões de euros.
A direcção do Benfica decidiu adquirir o passe de Roberto, um guarda-redes praticamente desconhecido para os benfiquistas, por 8,5 milhões de euros. Muitos euros por um guarda-redes.

Pensou-se no imediato, sendo tema de conversa diária e constante entre os gloriosos adeptos do clube e não só. Claro que com o não só estamos nós bem.
Outros jogadores para o lugar, como Romero e Ochoa, entre outros nomes que agradavam aos benfiquistas, foram falados e ao que consta muito menos onerosos.
Claro que agora é fácil criticar a opção. Temos de acreditar que essa foi tomada de forma pensada e na melhor das intenções que era servir o Benfica. Mas algo, sabemo-lo, tem de ser feito no imediato.
Perdemos quatro jogos seguidos e em todos se aponta falhas graves ao Roberto. Somos crentes, mas não somos ingénuos ao ponto de varrer os problemas para debaixo do tapete.
Temos o problema, temos que o enfrentar de frente, com vontade de o resolver, olhos nos olhos, de forma digna, como é apanágio de qualquer benfiquista.
A equipa joga bem. Apenas se sente um tremor imenso cada vez que a bola se encontra nos pés do adversário e esse caminha para a nossa grande área. Isso tem de acabar de uma vez por todas.
O estar menos bem contraria o desejado pela equipa que é ganhar sempre e galvaniza o adversário, como se tem verificado pelos resultados obtidos a Norte, os quais não teriam acontecido se o Benfica tem ganho a Supertaça, ou tem ganho, pelo menos, os jogos do campeonato.
Queremos todos ser bi-campeões. Podemos sê-lo porque muitos jogos vão acontecer e muitos pontos se vão perder e ganhar.
Mas não podemos ser masoquistas ao ponto de não mudar algo quando os nossos subconscientes nos mostram o caminho e esse nos indica ser tenebroso. A inteligência tem de ser superior à razão e/ou aos interesses provenientes de qualquer intenção que se sabe não ter “pernas” para andar.
Nas decisões difíceis se vê a coragem de quem as toma. A direcção do Benfica, treinador e adeptos, terão agora mais que nunca de se unir, dar as mãos em torno de um projecto que queremos nos dê a alegria que tivemos na última época. Ser novamente campeões.
Juntos e unidos seremos sempre mais fortes.
No próxima jornada, contra o Setúbal algo vão ter de mudar. E vai mudar mesmo.
Acredito que vamos entrar com uma convicção fortíssima que nos levará à vitória e tudo se vai encaminhar para louros e frutíferos próximos futuros dias.
Acredito que o Roberto vai sair da equipa a fim de se tentar parar com este clima de insegurança que se gerou em seu redor.

Cedido ou a ficar no plantel, uns tempos sem jogar, decerto lhe fará bem e constituirá nos adeptos um descanso emocional que muito se precisa neste momento.
E quem sabe se o Júlio César ou o Moreira não entram na equipa e partem para uma época de sonho?
As motivações são sempre o elo mais forte. Saibamos apoiar e incutir em todos a esperança e a confiança necessária para que o triunfo seja mesmo de … todos.
Nisto incluo o Roberto. Nem sempre a confiança cega é a melhor forma de aplauso. Saber parar e “discutir” o problema é uma mais valia dos inteligentes e todos nós benfiquistas o sabem ser.
Por isso apelo a que todos nos unamos num só caminho:

O caminho que tem apenas um destino: Sport Lisboa e Benfica .