sábado, 23 de maio de 2009

Seis anos na Presidência

Na alvorada do processo eleitoral no Glorioso, ninguém poderá ficar surpreendido por já se ter iniciado o debate sobre o nosso destino colectivo enquanto Maior Clube do Mundo (e não, não estou a referir-me ao bicho castrado, que não passa de uma “sombra chinesa”, ou um “sinal de fumo” em todo este processo). Seria preferível aguardarmos pelo final da época desportiva, que nem acaba hoje (o Benfica não é um Clube de futebol), é óbvio, mas a dialéctica é o que é e nada impede que esse debate se faça em termos tais que dele só resultem benefícios e nenhuma instabilidade para as nossas Equipas em competição.
Não é o que está a acontecer, dir-me-ão muitos Companheiros e com razão, aos quais respondo assim: façamos nós a diferença!
Por isso aqui estou, para tentar um contributo válido e deve ter sido por isso mesmo, também, que os Enormes “Arrumadores” me escancararam as portas deste Templo ao Benfiquismo que é OBELOVOAR. Então ... cá vamos.

Com este texto, pretendo fazer o contraponto ao muito que já se publicou, à laia de avaliação ao trabalho do nosso actual Presidente (não só, mas essencialmente), mas, neste acto, não posso, nem quero, deixar de saudar e aplaudir, uma vez mais, o extraordinário contributo que alguns Benfiquistas insistem em tentar dar, em favor do nosso Glorioso.
Como leitor assíduo da Gloriosaesfera, reconheço algo que, infelizmente, não é comum a todos nós: o facto de não serem raras as opiniões escritas que não são, mais ou menos bem ... fundamentadas.
Porque é que esse facto constitui uma valiosa virtude?
Ora, porque é esse o pressuposto sem o qual é inválido o Valor Democrático que faz parte integrante do credo do nosso Clube, ou seja e ao contrário do que é “praticado” (e tantas vezes, incorrectamente, afirmado) por muitos Companheiros, uma “democracia” em que todos se arrogam o direito de escrever o que lhes dá na telha, sobre todo e qualquer tema que ignoram e com a “necessária” falta de argumentos (pelo menos, daqueles que são sérios), é algo que não só é muito pouco Benfiquista, como, as mais das vezes, é fazer o jogo dos anti.
É que a opinião crítica indispensável à Democracia, tem que ser fundamentada, se possível melhor que pior (cada um dá o que tem, ahahah), sob pena de só servir os que querem dividir-se, na maior incompreensão
Fica, assim, muito claro que, até nas convicções em que discordo de outros Benfiquistas, tenho um enorme orgulho em partilhar com eles o nosso Benfiquismo e, sinceramente, espero que os meus argumentos possam contribuir para que, todos, construamos uma Visão mais correcta e adequada sobre o Glorioso Sport Lisboa e Benfica.

Entrando na crítica ao que vem sendo escrito e dito, começo por, muito sucintamente, referir o quanto lamento algumas falhas de rigor que, além de beliscarem a credibilidade ao esforço argumentativo, correm o risco de ser mal interpretadas.
Confusões como o “alargamento a 9 ou 15 anos” do horizonte em que é avaliada a Gestão de LFV, que só vai completar 6, ou omissões de factos que são bem conhecidos, só podem prejudicar o necessário debate, interferindo na sua eficácia. Por isso faço este alerta e lhe junto um apelo, a todos nós, para que evitemos esses percursos.
Entre as críticas que ouço e leio mais frequentemente, vou começar pelas seguintes quatro:
i. as que são feitas, em abstracto, a uma deficiente “organização” do Clube;
ii. as que destacam não ter sido possível valorizar jogadores adequadamente e erguê-los ao topo;
iii. as que acusam o Presidente de não ser capaz de combater a corrupção; e
iv. as que o condenam por não ser capaz de se impôr ao Sporting.

É óbvio, para mim, que alegar a inexistência de organização no Benfica, constitui uma tremenda injustiça, dando-me vontade de interrogar os que o alegam sobre qual é o clube português que, fora factores “extradesportivos”, está mais e/ou melhor organizado que o Glorioso. Ora como sucede que, há 6 anos, o Clube estava pouco mais que minimamente organizado, este argumento só pode servir para abonar a favor de LFV e das suas 2 Direcções.

Mais espanto me causa, ainda, que alguns dos que assim argumentam (?), pertencem aos que reconhecem (bem sei que é o óbvio, mas reconhecem-no) a notável obra que resultou do enorme investimento “estrutural” realizado por todo o Grupo Benfica, como se fosse possível fazer funcionar tantos equipamentos, tantos imóveis e tantas Empresas ... sem alguma organização.
Haverá muito que melhorar, certamente (essa é uma das essências do Desportivismo: melhorar sempre, por meios honestos, mesmo depois de conseguir a Vitória), mas esta é uma das àreas onde é demasiado fácil “desabafar”, desconhecendo as restrições concretas existentes, julgando o todo por “resultados” pontuais, muitos dos quais podem resultar de causas exógenas e omitindo que a perfeição é inatingível (“O óptimo é inimigo do bom”).

Quanto à valorização de Atletas e respectiva elevação ao topo, considero que se comete um erro fundamental ao não definir esses conceitos nos termos mais exactos possíveis. Ora como eu gosto muito de contas claras, vou tentar defini-los para todos nós
v. valorizar Atletas é o que resulta de conseguirem-se “mais valias” com os seus “passes”; e
vi. erguê-los ao topo, é o que resulta de conseguir-se que eles, quando saiam do Glorioso, se destinem aos chamados “colossos” e por verbas “chocantes”.
Com estas bases, é insofismável que a gestão de LFV valorizou e muito os nossos Atletas: julgo não mentir ao afirmar que os únicos Atletas que não foram nem têm, aparentemente, hipótese de vir a ser “vendidos” sem uma imparidade (uma “mais valia” negativa), serão o Marcel, o Léo e o ... S. Pedro Mantorras, além de serem raros os casos em que Atletas tenham “entrado e saído” sem a realização de uma “mais valia”.
Mesmo no actual quadro adverso (recessão mundial), tudo aponta para que uma avaliação (mesmo pessimista) dos passes dos nossos Atletas, resulte numa “mais valia potencial” de largas dezenas de milhões, valores esses que deverão ser adicionados à mais de duas dezenas já demonstrada nos contas dos 6 últimos anos.
Posto isto, que é incontestável e porque os Benfiquistas não são mentirosos (nem ignorantes dos factos), temos de reinterpretar esta afirmação em termos relativos, isto é: do que eles se “queixam”, é de que LFV não tenha conseguido mais, melhores e/ou maiores resultados nessa área.
Nessa óptica, muito legítima, há que condicionar a crítica a 3 factores principais, os 2 primeiros dos quais não podem ser assacados aos 6 últimos anos, a saber:
vii. um elemento essencial (vidé o exemplo do Sporting) nesse processo – a “Fábrica” de Atletas, não só não existia, há 6 anos, como, bem pior que isso, tinha sido destruído o seu embrião, resultando que o ponto de partida não foi um “zero”, outrossim uma escala muito negativa;
viii. outro aspecto fundamental é que, para se obterem valorizações, é necessária alguma capacidade de investimento (por mínima que seja), coisa que, todos o sabemos, o Clube não detinha neste ponto de partida (se quiserem um exemplo típico, basta pensar no caso do Ronaldinho Gaúcho); e, finalmente
ix. este tipo de resultados é determinantemente influenciado, também, por tudo aquilo a que chamamos de “organização” (“Fábrica”, Prospecção, eficácia negocial, etc. e, até, estabilidade na Gestão Técnica do Plantel), condicionantes essas sobre as quais se avançou, muitíssimo, nestes 6 anos, não escapando o Presidente à responsabilidade pela ausência da necessária estabilidade na Gestão Técnica de todo o nosso futebol e estando o Benfica, nos restantes aspectos, a disputar a liderança a nível ... global.

Nota 1: quando, aparentemente, se “bate” o CSKA (por mero exemplo recente), com menos dinheiro, quando, de facto, estão a ser contratados Atletas apenas e só para as posições carenciadas e sob critérios coerentes, quando se investe enorme e inteligentemente (muita inovação) em Escolas e em toda a “Fábrica” (desde os escalões mais imberbes), já com resultados que vão consumando a liderança a nível nacional (já só “falta” o título em Juniores, exactamente o fim da linha do processo), quando tudo isto sucede ... para quê argumentar?

E não, não pretendo escamotear os erros que foram, nesta área, cometidos (haverá algum clube que os não tenha cometido?), muito menos advogar que não se poderia ter conseguido mais e melhor. O que afirmo e provo é que se conseguiram imensas vitórias, quer absolutas, quer relativas e, essencialmente, se está a avançar com eficácia e eficiência crescentes, ou seja: o Glorioso está num caminho correcto, que deverá ser optimizado.

Finalmente, “erguê-los ao topo”, a alguns Atletas, com estas condicionantes e num horizonte de 6 anos (incompletos), partindo de abaixo de zero, parece-me que só poderia ser exigível, confiando em absoluto ... na sorte (por seriedade intelectual, nem refiro o exemplo do Simão Sabrosa, já que, a meu ver, ele não se revelou no Benfica, nem o do Tiago, por não ter sido vendido pelos tais valores “chocantes”, apesar da saborosa mais valia que proporcionou).

Em resumo e para “arrasar” o argumento, eu diria que não, não fizemos um João Moutinho, nem um Nani (uma sorte dos submissos), muito menos um CR7, mas ... já temos o Miguel Vítor (uma excepção, bem o sei) e vários outros “Produtos da Fábrica” altamente prometedores (arrisco que o Nélson vai ser um dos melhores PL do mundo, na próxima década) e, com vários “putos maravilha” (Coentrão, Di, Luiz, Sidnei, Adu, Sepsi, Urreta, Bastos, etc.) nos quais investimos, tentou-se superar o atraso que foi herdado na “Fábrica”. Também não tivemos um Anderson (refiro-me ao que está no ManU), mas não tínhamos essa capacidade de investimento (cá volto ao exemplo do Ronaldinho Gaúcho) e, agora que a temos, veremos quem se vai valorizar mais, se o Di ou o renegado, se o Tacuara ou o boneco da Marvel
(ahahah). Isto para já não dizer que uma tal comparação com esses clubes seria ilegítima ... sobre 6 anos: seria competir com carros em andamento, quando o nosso bólide, mesmo muito mais potente, iniciou a corrida a correr no sentido errado!

Deixando a questão do combate à corrupção para adiante, quero dizer que eu preferiria que, neste debate de avaliação sobre o caminho percorrido nos últimos anos e sua projecção para o futuro, com “paragem” (rápida, esperemos) nas próximas eleições, nos concentrassemos no que foi feito (e no que está por fazer), em detrimento do que os “outros” conseguiram.
Eu considero que o nosso Glorioso não tem rivais em Portugal: tem adversários e tem inimigos, pode, até, ser “comparado” com eles (é-o sempre que compete) nos resultados, desportivos e outros, mas tem de manter-se exclusivamente Nossa a Visão que temos para o Benfica. Deixemos aos outros clubes o papel de copiadores. Deixemos para outros a opção de nos terem a Nós como objectivo ou exemplo (a copiar, a abater ou o que mais pretenderem).
Nós, Os Benfiquistas, somos os portadores de um legado Histórico e de um credo de Valores que continuam a distinguir-nos e que só transitoriamente nos “pertence”, já que é nosso o mesmo dever que animou os nossos “Mais Velhos”: o de valorizar esse património até o depositarmos, com a Chama Imensa, na alma dos “Mais Novos”.
E não, não estou a fugir à comparação dos resultados desportivos, menos ainda à dos financeiros, destes últimos 6 anos (se os “Arrumadores” mantiverem a hospitalidade, terei oportunidade de falar deles)
É que não há nem necessidade (nem vantagem) em ir por aí
E não há porque reconhecemos que, há 9 anos (neste caso), se recomeçou do ... NADA! Isto se é que se pode chamar de nada a uma situação carregada de dívidas e com quase todas as receitas futuras penhoradas.
É que, Companheiros, face a esta condição, a única avaliação possível aos 6 últimos anos do Clube é, obrigatoriamente, de Notável, tal como agradece, muito bem, a quase unanimidade dos Benfiquistas.
Desnecessária porque serve de incentivo a que se resvale, quase sempre, para mentiras grosseiras como, por exemplo, quando se diz que “... com ... LFV ... chegou também o populismo”, não só porque, de facto, “não chegou”, como, sobretudo, porque, inteligentes que somos, sabemos bem que nunca se sai da boca do abismo sem uma carga exagerada de optimismo, um optimismo que eu nunca consegui ter, e que nos levou a construir um conjunto de infraestruturas que, há 6 anos, eu duvido que fosse imaginável à esmagadora maioria de nós (antivieiristas incluídos).
Será eterna a discussão, até académica, sobre qual deve ser a atitude das elites perante as crises: se devem caracterizá-las com todo o detalhe e correr o risco de deprimir as expectativas, ou se, ao contrário, devem carregar o optimismo e justificar o epíteto de populistas.
E mais resvala, quando, outro exemplo, se tenta manipular o facto de o ex-Director Geral (como vêm, gosto tanto dele que evito escrever-lhe o nome, ahahah) ter sido “destituído” (é falso, ele demitiu-se) pelo Presidente, quando eu tenho a certeza absoluta de que nenhum de nós quereria que se mantivesse naquele lugar alguém que estava a ser objecto (e ainda continua) dos processos que conhecemos.
A propósito desse “eterno candidato”, há quem afirme que ele era “um empresário de sucesso” e eu adiciono o adjectivo “aparente”, já que, tal como sabemos de há muito e se comprovou recentemente (até com Bancos dos mais “sólidos”), o sucesso empresarial munca pode medir-se em menos de 10 anos (não confundir um especulador com um empresário).

Mais que isso, considero que o Presidente, ao não aceitar o regresso de tal indivíduo, “emendou a mão” do erro que cometeu ao convidá-lo (como é fácil constatar erros, muito mais que prevê-los), já que sabemos que, com esse Director, corremos o sério risco de passar pela vergonha de vermos o Clube em Juízo, quer por “negociatas”, quer pelo que mais nos repugna no POLVO (é melhor ficarmos por aqui, não vos parece?).
Ainda mais que isso, há quem omite (será conveniente?) que esse ex-Amigo de LFV esteve envolvido, directamente, em todas as aquisições mais importantes (refiro-me a Atletas, claro), até às que já foram conduzidas pelo Maestro!
Ficam por aqui as “derrapagens” de alguns Benfiquistas?
Nada disso, que há, entre nós, os que gostam de fazer eco aos “argumentos” dos anti, sejam jornaleiros, cúmentadeiras, ou simples adeptos dos nossos adversários
“Em 6 anos ter-se-ão gasto quase 100ME!”, dizem alguns com salutar vergonha de escrever uma forma do verbo “desperdiçar”, mas tentando avizinhar-se o mais que podem e esquecendo de referir a parte desse total que já foi recuperada, as mais valias já realizadas (efectivamente entradas em “caixa”) e as outras tantas que, para sermos tecnicamente sérios, temos de avaliar com a categoria de “potenciais” (ou realizáveis).
E continuam dizendo que nem nas modalidades conseguimos qualquer tipo de hegemonia, excepcionando, sucessivamente, o futsal, o andebol, o básquete e, quase, quase, o hóquei, porque se esquecem de referir o Projecto Olímpico, o ténis de mesa, o bilhar, o ciclismo, o vólei, a natação, o rugby etc., recordando que o Glorioso é, provavelmente, o Clube mais Eclético do mundo, quando se esquecem de referir que não era essa a realidade de há 6 anos.
O que me apetece responder a esses Benfiquistas é que, entre o mais que seria possível, lhes dou de barato que LFV ainda não garantiu a nossa hegemonia (pelo menos aquela, avassaladora, que o Clube merece) nas “amadoras”, desde que eles concordem que já foram dados passos decisivos nesse sentido, nomeadamente o de implodir a hegemonia que outros, sem o merecer, chegaram a ter ... que eu não esqueci o ano do “bi-penta” e sei que eles também não.
Porque será que há Companheiros disponíveis para falar desse modo?
A resposta é muito simples: eles são inteligentes e, repito, alguns estão preocupados em fundamentar todas as suas opiniões, o que, sendo mais que louvável, os “leva a cavar argumentos”, quando eles não estão disponíveis. É que, para apoiar as suas teses finais, o seu objectivo, eles têm necessidade de, a este passo, escrever sobre o “rotundo falhanço desportivo” (habitualmente colocado em maiúsculas, num estilo que eu bem conheço, ahahah).
No final desta época desportiva, a sexta, o Glorioso vai, seguramente, ultrapassar a marca dos 200 títulos (bem sei que faltam os 5 que mais desejaríamos ter Vencido), pelo que me escuso de contrargumentar essa afirmação, inverdadeira, tanto mais que, tal como eles, eu acredito que estão criadas, já e pelo trabalho dos últimos 6 anos, as condições que permitirão ver essa cifra muito alargada no próximo futuro e julgo não ser o único.

E costuma ser a partir deste falso dogma – o do rotundo falhanço desportivo, que se parte para perguntar “porque falhou e falha LFV?”.
Concedamos que o suposto dogma se reduz, tão só, ao futebol Sénior (sem, com isso, estar a admitir que o Glorioso possa prescindir do seu/nosso Ecletismo) e podemos confirmar uma espécie de quadratura do círculo.
Porquê?
Porque regressamos ao início dos alegados argumentos!
Porque regressamos às perguntas qujas respostas bem conhecemos.
Porque regressamos aos 15 anos, que parecem 17 e, afinal, são 6, podendo ser 25.
Porque regressamos aos 6 anos iniciados abaixo de nada: sem estruturas, nem as infra, nem as super, sem “Gente”, nem na Gestão, nem na Acção Desportiva, sem Organização, só com “O Benfica” (então uma pálida imagem do que é, hoje por hoje, o nosso Grupo de média), sem guita e sem outras cem coisas que já temos ... agora.

Por serem Benfiquistas, concedo-lhes esta “máscara de pescada” (antes de ser, já era) e continuo rumo ao que interessa, passando, ao de leve (ahahah) na cobardia intelectual que representa, mesmo que recusem o argumento, ainda assim escreverem que “é por ser sócio dos corruptos”.
E o que interessa não é a sua vergonhosa suposição segundo a qual os negócios do Presidente beneficiaram do facto de ele estar, há 6 anos, à testa do Glorioso, mentira que, eu próprio e com o pouco que conheço do Presidente, posso comprovar. Essa “maioria” acha que, depois do “... por ser Portista”, já seria demasiado escrever “... por ser comissionista” e eu só lhes não dou o meu acordo, por já ter recusado, ab initio, esta forma de desonestidade intelectual.
O que, verdadeiramente, interessa é o novo dogma que, alguns, pretendem fundamentar, a saber: a suposta falta de capacidade em Gestão de Recursos Humanos.
Não sendo, eu próprio, um especialista na área da GRH (que prefiro designar por Gestão de Competências de Pessoas), nem conhecendo o Presidente, ou os detalhes da sua Gestão, nem por sombras admito a hipótese de argumentar contra os que tal afirmam. Espero é que, eles próprios, saibas do que estão a escrever, coisa de que tenho as maiores dúvidas, senão vejamos:
x. apesar de acusado (por muitos) de “one man show”, a “sua” obra dos 6 anos é de tal monta que, de duas uma; ou é falsa essa afirmação e a obra só foi possível em resultado do trabalho de muitas equipas; ou LFV terá de ser acusado de ser um “one Superman show”, coisa que não imagino ler, nem da pena do mais vieirista dos vieiristas!

Embora, finalmente, alguns reconheçam o incontornável – que LFV foi o único a tentar “atacar” a corrupção no nosso futebol, adquirindo e publicando as primeiras provas factuais do fenómeno do qual todos falávamos há 25 anos, não se coíbem de, imediatamente, o acusar de, primeiro, tê-lo feito por “individualismo” (se escrevessem, Meus Caros, que ele o tinha feito de modo individualista, aí eu tentaria discordar, agora assim ... não dá, não entendo) e, depois e mais gravemente, num cúmulo de Demagogia barata, acusá-lo de ser, por isso, o responsável pela actual situação, que é, não importa quantas vezes, bem pior.

Benfiquistas,
Sabemos, todos, muito bem que o Presidente muito tentou para que a apresentação à PGR (e ao Governo) do célebre dossier/dvd, fosse um acto colectivo e do maior número possível de clubes.
Não o conseguindo, queriam que ele fizesse ... o quê?
Que o deitasse para o lixo?

Meus Caros Benfiquistas, Benfiquistas dos Melhores,
Sabem muito bem que o que LFV fez foi, no curto prazo, o seu dever de Presidente e de cidadão, bem mais do que era sua obrigação (idem, idem) e 99% do que poderia ter feito, a menos que fosse o Superhomem.
Se discordam, digam-nos, então, o que mais poderia ele (ou o Benfica) ter feito.
(E não vale responder que já indicaram, agora ou há 10 dias, o mais que ele deveria ter feito, já que, há 5 anos, essas condições ainda não se verificavam, ou como se fosse fácil adivinhar o futuro).

Sabendo, como sabemos, o que são o POLVO e a Vergonhosa Aliança, como é que se consegue acusar o Presidente de os combater “por individualismo”?
Eu concordo com muito do que se tem sugerido para melhorar e aprofundar esse combate. Os factos comprovam a ausência de Vitórias nesse departamento, mas, muito sinceramente, isso não permite nenhuma das afirmações que, normalmente, deduzem.
Chega-se a cair no ridículo de escrever que o Sistema não se combate com palavras ... mas com actos.
Desculpem lá: de que lado estão os actos (a obra)? De que lado estão as palavras?
O que me parece é que é demasiado cómodo, do nosso lado, dizermos que ... isso compete à Direcção, até por sabermos que bastante do que está por fazer, nem sequer pode ser feito, formalmente, pela Direcção!

E é assim, por este caminho de falsos dogmas, que culminam, as mais das vezes, com chavões (e o populista é o Presidente) do calibre, por exemplo, de “O SLB tem de ser liderado por quem tem capacidade de gestão ... desportiva”.

Lá que soa bem ... soa, mas, quase sempre, é vazio de conteúdo!

É um facto que não se lhe conhece, ao Presidente, grande curricula desportivo.
Mas ... o que será que lá estão a fazer o Maestro e o Lisboa?
Não vos parece que são 2 belíssimas apostas em termos de “capacidade de gestão ... desportiva”?
Têm, por mero acaso, aí à mão, algum nome com mais obra feita na área?
Não será que estão a confundir a capacidade de intervenção e de Gestão destes e de outros Quadros, com o título da Função que ocupam?
Acham, mesmo, que o Soares Oliveira, por exemplo, tem de “encolher” as suas competências (comprovadíssimas), só porque não é “Presidente”?
(Será que preferem raciocinar como Funcionários Públicos, ahahah?)

Em suma e em resumo: parece-vos correcto, justo, eficaz ou produtivo apontar a LFV tudo (e todos) o que está menos bem, omitindo o muito (e os vários) que constitui uma série de enormes Vitórias?
Repararam que não conseguem, quase nunca, concluir sem fazer-lhe um grande elogio (qual foi o outro Presidente ao qual destinariam semelhantes elogios)?
E que deixam implícita a obra realizada, por inconveniência ... até de espaço (experimentem: escrevam tudo o que foi feito de positivo, de válido, nestes 6 anos, para verem ... o papel que gastam, ahahah)?

Antes do fim, ou seja, antes de lá ir ao vosso voto pela mudança, há outros dois pontos que merecem especial referência, ainda que surjam, um mais, outro menos, frequentemente como que desligados do resto dos argumentos.
O menos relevante dos 2, é o já estafado (por tantos) apelo “à limpeza”.

Nota 3: neste caso, como em vários outros, sempre me recordo das frases do Redheart, quando se surpreendia com a enorme quantidade de Benfiquistas que sabem tudo sobre tudo do que há a fazer para ganhar todos os títulos que as nossas Equipas disputam.

Quanto a “limpezas” e “bufos”, há mesmo os que chegam a disparatar coisas como “se não se descobrir quem, pagam todos”.
Não contesto (como poderia?) que o nosso Glorioso tem um, ainda, longo caminho a percorrer neste aspecto particular da, digamos, Disciplina Interna, mas isso, Companheiros, não me impede de responder que, se alguém tiver soluções válidas (milagres, não há), poderiam fazer fortuna, mesmo sem cobrar um cêntimo ao nosso Benfica.
É que alguns dos que assim “pregam” são dos mais sempre prontos a fazer eco à boataria que o POLVO lança, regularmente, permitindo-se “sujar” o seu Benfiquismo em extremos masoquistas (já vi, neste aspecto, nódoas azuladas nos mais Gloriosamente Vermelhos panos)

Estamos a falar de um tema global (Reestructuring) que já fez falir várias Empresas, sempre que é encarado com um mínimo de leviandade, sem o mais absoluto conhecimento do caso específico e de rigor na aplicação das necessárias medidas de Management e estamos, sempre, a falar de processos muito exigentes para as organizações e as pessoas que os enfrentam, tantas vezes pressionadas por prazos muito curtos (18, 24 meses).
O que quero, com isto, dizer a tantos outros Benfiquistas, é que não é coisa passível do tipo de opinião, na forma e no conteúdo, pela total ausência, que têm a falta de humildade para declarar.

O outro ponto, esse de uma importância vital e que está ao “alcance” da maioria de nós, é o velho dilema: são os sucessos desportivos a causa ou a consequência do equilíbrio económico e financeiro do Clube?
Ou seja: deve começar-se por onde (?); por investir a crédito (resta discutir qual o colateral); ou por construir a estabilidade (nem que fosse fora do core business) e, depois disso, investir.?

Este dilema, no caso do nosso Glorioso, era, há 6 anos, ainda mais tortuoso, já que enfrentavamos investimentos sem os quais seria impossível a viabilidade económica, a financeira e, até, a desportiva. Como é óbvio, estou a pensar em alguns dos investimentos estruturais realizados (com a Catedral no seu pináculo).

Compreendo que, muito bem, a amioria nem sequer tente “julgar” o Presidente pelos compromissos que foram escolhidos a propósito destes binómios, num assomo do rigor e maturidade que, todos nós, devemos usar mais frequentemente. Ainda assim, aflora-se, por vezes, o tema e de um modo que quase supõe que ele seria novidade.
Esquecem esses Companheiros, que nós (todos nós, o Benfica) temos, nesse particular, uma experiência que é case study, ao termos sido Campeões com salários em atraso e sem infraestruturas o que conduziu, por inépsia dos Dirigentes, a uma queda quase imediata na mais absoluta boca do abismo., queda essa que só talvez e a muito custo, poderia ter sido evitada.
Parece-me óbvio que quem quiser “atacar” o Presidente nesta área, terá de o fazer entre dizer que deveriam ter sido maiores os investimentos na Equipa (lá se vai o argumento do populismo), ou criticar o excesso de investimento (ai os sucessos desportivos futuros), já que: (1) depressa e bem, partindo daquele início, comprando de borla e vendendo por fortunas ... só no paraíso, ahahah.
Fazendo como a maioria e tocando no assunto apenas sumariamente (por agora), sempre digo que pertenço, humildemente, aos que acreditam que, no Management, essa relação dialéctica só pode ser equacionada numa perspectiva dinâmica, objectiva (caso a caso) e sob programação das virtualidades que o próprio binómio encerra.
Ou seja, uma carrada de palavras “caras” que, assim escritas, não têm valor algum, ahahah.

Concluindo ...

Ao advogarem que o Presidente não deve recandidatar-se e, caso o faça, não terá o seu apoio, dá-me vontade de perguntar para que é que tanto se apressam, uma vez que, por agora, se resumem a concluir o que não deve ser prosseguido, sem apontar a alternativa.
Imagino eu que as nossas Companheiras (as Mulheres sempre nos “batem nestes pormenores prácticos”) se tenham colocado a mesmíssima pergunta ... porquê (ou, se preferirem, para quê)?
Ou seja, Companheiros, se me permitirem a crueza da frontalidade a que estou obrigado pelo Respeito e Estima que tenho ao Vosso Benfiquismo, terei de dizer, em síntese, que essas críticas são uma série de boas intenções, mal encadeadas, por boa-fé, em argumentos errados, mas ... apresentadas com a inteligência e o talento que todos vos reconhecemos.

Não, não me parece que já tenhamos conseguido o pináculo do que terá de ser o Debate Benfiquista neste próximo processo eleitoral, nem perto disso e pelo que tenho tido a oportunidade de ler em toda a Gloriosaesfera..
Parafraseando o Enorme “Piso 3 Superior”, e com o humor que é o dele, peço-vos que não me chamem, imediatamente, de “vieirista” (já confessei que, nem sequer, alguma vez votei nele).
Este meu texto, escrito por necessidade Benfiquista, já vai demasiado longo e, talvez, demasiado impróprio para consumo, para que me permita abusar, ainda mais, de todos nós.
Assim sendo, o muito que fica por dizer (o muito que há por fazer), terá de ficar para ... mais logo, que é hora de, todos, darmos o nosso Melhor pelo Clube sem o qual não admitimos viver

Até logo, então ...

O Meu Muito Obrigado aos “Arrumadores”.

Viva OBELOVOARDAAGUIA!

Viva o Benfica!

...................

PS: Texto escrito por: José Albuquerque.

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