domingo, 1 de fevereiro de 2009

Grande Ser Humano. Grande jogador: PEDRO MANTORRAS

Num dilúvio infernal que se abateu sobre Lisboa (todo o País) e nomeadamente sobre o Estádio da Luz, teve o Benfica no jogo com o Rio-Ave, algumas dificuldades de adaptação ao terreno.
Esse, bastante encharcado, embora dificultasse a acção a ambas as equipas, prejudicou mais a acção dos jogadores encarnados, olhando a que, pelas suas características mais técnicas, precisam doutro estado do terreno para evoluir e pôr em prática as suas enormes potencialidades.
Teimava a bola a não entrar na baliza do Rio-Ave. Recordo-me de alguns lances, protagonizados por Cardoso, por duas vezes, uma no poste, outra na trave/barra, DI Maria que com a baliza aberta atirou de forma desastrada e Nuno Gomes que escorregou no momento da finalização. Uma defesa fantástica do guarda-redes do Rio-Ave, num remate de Carlos Martins, na marcação de um livre, entre outros.
Em noite chuvosa e gélida, sobressaiu o “olho” observador e conhecedor do Quique Flores.
Só uma alma renovada e crente fazia com que, algo diferente mudasse e conseguisse “aquecer” todos aqueles que, por grande benfiquismo e também, porque não dizê-lo, num assomo de coragem, ainda que por bem, se deslocaram à Catedral.
E essa alma surgiu na pessoa de Pedro Mantorras.
Quando aos 69m, entrou a substituir Nuno Gomes, sei que, muitos dos aziagos anti-benfiquistas se riram, dizendo de si para si, num laivo de pouca inteligência: Agora que o coxo vai entrar é que vão ganhar, ihihhihihhihiihih.
Amigos benfiquistas, não tenham dúvidas que isto aconteceu.
Numa perfeita interligação de vontade/determinação/garra benfiquista e CLASSE de ponta de lança, eis que, aos 73m, num rodar e controlo perfeito sobre a bola, Pedro Mantorras, qual verdadeiro Ninja, atira a contar, fazendo o golo da vitória e, logo na hora, o levantar, como se uma mola una se tratasse, todos aqueles que gelidamente puxavam os cachecóis até ao pescoço, não conseguindo articular palavra, mas nesse momento, qual deidade do além, despertaram para o GRITO, o grito da satisfação, o grito por MANTORRAS.

A mim e a todos os benfiquistas decerto que nos embeveceu a tranquilidade e simplicidade humana de Pedro Mantorras aquando na sua intervenção no flash interview.
Aos agradecimentos, refulgiu aquele que foi feito aos filhos. São quatro, disse com um sorriso brilhante de ENORME felicidade. Grande Pedro Mantorras, grande Ser Humano, grande Jogador, grande benfiquista. As maiores felicidades para ti, amigo Mantorras e familia directa.

Mas voltando aqueles que não acreditaram (e glosaram) que Pedro Mantorras ia com o seu contributo ajudar na vitória do Benfica, dedico/ofereço esta prendinha que um dia, Bordalo Pinheiro, achou por bem, numa sátira muito própria, baptizar de manguito do Zé Povinho

Eu, rebaptizo-a de Manguito de Pedro Mantorras.

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