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A época foi muito dura. Todos os benfiquistas sonhavam com o
TETRA, facto inédito na história do clube. Já havíamos ganho, por várias vezes, três campeonatos
seguidos, mas nunca havíamos conseguido um TETRA.
Acontece que quando Rui Vitória chegou ao Benfica muitas
vozes se levantaram. Poderei até dizer algumas, infelizmente, de benfiquistas.
Mas o que me interessa é falar daquele que mais denegriu Rui Vitória como
treinador. Jorge Jesus.
O Sporting havia ganho ao Setúbal por 6-0. Jorge Jesus cheio de prosápia respondeu desta forma quando um jornalista lhe fez uma pergunta sobre o Benfica e Rui Vitória. Inqualificável esta afirmação. Mostrou uma falta de respeito que nem me atrevo a qualificar pois não encontro adjectivo que se adeqúe a tão "bacoca vaidade"
Rui Vitória sorriu quando confrontado com esta afirmação de um colega seu, ao nível de treinador. Recordo-me de não lhe ter dado resposta de qualquer espécie. Foi grande Rui Vitória.
Paulatinamente, Rui Vitória, com o seu/nosso Benfica, foi ganhando jogos atrás de jogos. No 1.º ano, chegou a Alvalade e confrontou-se com a "festa do título". Milhares de pessoas em redor do Estádio de Alvalade, esperaram o autocarro do Sporting, como se, já fossem campeões e o Benfica não existisse. A tudo isso Rui Vitória assistiu impávido e sereno.
Decerto que, no balneário, se lembrou de outra afirmação de Jorge Jesus, bem reflectida na imagem ao lado. Perante o facto, reuniu as suas "tropas" - jogadores do Benfica - e, calmamente, com voz sapiente, lhes fez ver - embora todos o soubessem -, da importância que aquele jogo tinha para todos os benfiquistas. Ganhar seria a melhor forma que havia a fim de mostrar que o Ferrari estava bem "vivo" e a sua cor vermelha bem cheia de brilho e luz. A festa, no principio, era deles. No fim, queríamos que a festa fosse nossa. E foi. Mitroglou, de pé esquerdo, mostrou aos "vaidosos" adeptos do Sporting que tinham que ganhar em campo e só depois fazer a festa. O Benfica ganhou, em campo, por 1-0, e as lágrimas soltaram-se em muitos olhos, inclusive de:
Existe quem diga que Jorge Jesus no fim do jogo chorou. Talvez tenha aprendido algo com aquele que não considerava seu colega, treinador.
Por tudo isso, imagina-se o estado de espírito de Rui Vitória. Existe o ditado que diz: "Quem não se sente não é filho de boa gente"
Claro que no final do jogo, Rui Vitória voltou a sorrir. Não por não respeitar a equipa do Sporting e seus seguidores, mas sim, muito feliz por ter segurado entre as mãos, aquele volante do Ferrari, que tanto gozo e alegria lhe estava a proporcionar.
Até ao fim do campeonato, soube o "Ferrari" ir na frente, percorrendo quilómetro após quilómetro, sempre na humildade da sua cor VERMELHA, e na destreza da condução do seu condutor
Chegou uma altura em que a exasperação se foi apoderando do "fala barato" Jorge Jesus. Ia mostrando, através das suas palavras, e expressões, que o desespero estava a tomar conta de si.
Era verdade que o Sporting ganhava. Só que um "Fiat Uno", mesmo andando a alta velocidade, nunca conseguirá ultrapassar um "Ferrari" de cor vermelha. Já de si difícil, senão impossível, se olharmos e repararmos que o Ferrari é conduzido pelo homem simples, honrado, que olha para a sua "faixa de rodagem" sem se importar com a faixa de rodagem contrária.
Sim, falo de Rui Vitória. Não entrou em quezílias de "condutores", fazendo e percorrendo o seu caminho e, assim, mostrou que, a humildade, sempre venceu e vencerá a arrogância humana.
Existe quem diga que Jorge Jesus, falava pela boca de quem, principescamente, lhe paga. Confesso que não sei se é verdade ou mentira.
Existem certas imagens que parecem indicar, que o diálogo será: " Óh pá, estás a ver as figuras tristes que tu me obrigas a fazer"?
Passou-se uma época, veio outra, que terminou agora. Rui Vitória continua, e bem, a não responder a provocações de índole invejosa, quiçá ressabiada, de quem, desde que ele - Rui Vitória -, está no Benfica, ganhou apenas uma supertaça, que pode agradecer à falta de conhecimento da "estrada", chamada Benfica, por parte do condutor do "Ferrari".
A partir daí, Jorge Jesus ganhou: BOLA.
Em duas épocas, Rui Vitória, impôs-se e mostrou ser um técnico sábio, grande treinador e, na minha opinião, um fantástico "condutor", não só do "Ferrari", mas sim, de homens.
O balneário do Benfica tem mostrado estar unido, coeso, qual "barco" em que todos "remam" no mesmo sentido. O quadro abaixo não tem qualquer intenção de mostrar a Jorge Jesus quem é quem. Tem sim, o significado que quem quiser lhe queira dar.
Para mim é simplesmente o símbolo que mostra o querer, a vontade indomável, a humildade de um enorme ser humano, a fé ganhadora e benfiquista. O resto é PALHA QUE ARDE SEM SE VER
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VIVA O SPORT LISBOA E BENFICA
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Vou tentar resumir uma anedota com barbas. Não tem grande piada, mas vem mesmo a propósito do percurso do Brunismo que, de derrota em derrota, se aproxima a passos largos da derrota final
Num hotel de vinte andares ali para a zona do Lumiar decorria no piso térreo um concorrido baile. Às duas por três, declara-se um incêndio no andar térreo. Gera-se o pânico, as Lagartas, Osgas e Batráquios gritam, mas ao microfone aparece um cavalheiro com ara anafado e voz de falsete que declara com ar solene:
— Mantenham-se serenas e continuem o baile. Nada vos vai acontecer. Vamos todos para o nadar superior…Eu sou o homem do pífaro!
E o baile prosseguiu. No entanto, à medida que o incêndio se propagava aos andares superiores, repetia-se a cena do pânico e dos gritos de dor de algumas Lagartas, Osgas e Batráquios.
Porém, aparecia sempre o mesmo cavalheiro, com ara anafado e voz de falsete ao microfone a acalmar os ânimos, repetindo que era o homem do pífaro.
As Lagartitas, Osguinhas e Batráquios foram inocentemente subindo andar após andar, confiando no Homem do Pífaro enquanto o fogo foi subindo, subindo até atingir o último andar…
O resultado final foi o de todos os presentes morrerem queimadinhos a cantar “SLB, SLB, SLB…filhos da p@ta SLB” com carinhas de patetas felizes, acreditando ainda e batendo palminhas ao homem do pífaro
Moral da história: o tal cavalheiro, com ar anafado e voz de falsete..
NÃO ERA O HOMEM DO PÍFARO!