Foto de António Pedro Santos (edição online do Jornal i de 27/05/2014)
Porque eu sou pai.
Porque tenho 3 filhas e uma é quase da idade da Carolina.
Porque não admito que as pessoas num estado de direito se comportem como meros animais irracionais.
Porque acima de tudo a condição humana de qualquer um de nós tem de ser defendida aos olhos da lei e da sociedade.
Porque é necessário alguém fazer alguma coisa antes que seja tarde demais.
Porque é primordial mobilizar-mo-nos para as causas que são realmente importantes.
Porque nunca é tarde para alguém ter um gesto que faça a diferença.
Porque me enoja o facto de o nosso país se preocupar mais com um ex-político preso em Évora do que com o bem estar de uma miúda de 15 anos cujo único pecado foi ter nascido mulher.
Ajudem se puderem. Divulguem. Vamos por estes canalhas todos no lugar onde merecem. Adorava ser eu a rodar a chave da cela e a deitá-la fora para o fosso mais profundo do oceano.
Parte da história nos links abaixo:
LINK1
LINK2
LINK3
PS1: Adorava ser eu a rodar a chave da cela e a deitá-la fora para o fosso mais profundo do oceano. A sério.
Deixo-vos também um comentário/resposta ao texto que está no link1. Apesar de ficar mais preocupado pelo futuro da miúda, é a prova cabal pela qual se deve acima de tudo ajudar a Carolina pois parece-me que a própria família não se consegue ajudar a ela própria:
ResponderEliminar~"Já falámos sobre isto e estamos em sintonia mas deixo aqui esclarecimento a algumas imprecisões do teu post que são importantes de repôr:
1- A premência da questão habitacional que foi levantada na altura prendia-se com o afastamento urgente do local de origem da família. Tal situação foi resolvida com o acordo e validação da família. Veio a verificar-se que a solução encontrada não era a mais indicada e foi ensinado à família o processo para tentarem alterar a mesma, nomeadamente, com o teu apoio na redacção de cartas e pedidos de audiência por parte das câmaras municipais da região metropolitana de Lisboa e, até hoje, os pais não reecaminharam as missivas.
2- A escola foi providenciada e, parece-me que com critérios muito válidos. A questão da inadaptação não é situacional mas tem que ver com a situação de própria instabilidade emocional da própria Carolina. Mudar de escola não vai resolver o problema é importante trabalhar com a Carolina estas questões num contexto de psicoterapia, a cujas consultas faltou, com conhecimento da progenitora.
3- Foi arranjada por uma instituiçao que acompanha a família no terreno (uma de cinco instituiçoes) uma vaga numa creche para o filho mais novo que os pais recusaram, por não "ficar a caminho".
4- Os pais da Carolina ainda não trabalham mas foi-lhes ensinado a fazer um cv (e redigido em conjunto com eles) e facultados contactos com garantia de colocação desde Junho, no entanto, até ao momento não se candidataram.
5- A família não está sozinha nem abandonada à sua sorte: há (repito!) cinco instituições no terreno que acompanham transversalmente a família.
6- E, sim, vamos fazendo o que podemos como cidadãs mas depois de meses de auto-boicote por parte da família o que podemos fazer agora- e o que pode ser o nosso diferencial relativamente a toda a gente que está a ajudar- é trabalharmos a questão do compromisso deles para com a mudança que tanto anseiam mas que não conseguem concretizar: têm recursos próprios para o fazerem, têm uma rede de apoio forte e têm-nos também a nós.
Já estamos a tratar disso. Portanto, estamos a fazer tudo certo.
p.S.- Como previa a questão da mobília foi um problema de comunicação e estará sanada com brevidade! ;)"
Não estou dentro do assunto Carolina e por isso não estou com capacidade para comentar
ResponderEliminarGrande abraço amigo nunomaf