Coimbra tem mais encanto ...

Gosto da cidade de Coimbra. Cidade estudantil, com tradições impares e inigualáveis, qual Mondego de mais encanto.
Ontem mais uma vez a cidade se enfeitou para receber o Campeão Nacional em titulo Sport Lisboa e Benfica.
Iniciado o jogo com o Benfica a jogar em todo o terreno, apresentando boas triangulações, fazendo com que as oportunidades de golo, surgissem com naturalidade.
Aos 19 minutos acontece o golo do Benfica. Óscar Cardozo marca o livre directo, a bola no seu trajecto embate ao que parece nos braços/mãos do Saviola que, reconheço pela justiça, se encontra em fora de jogo.
A partir daí nada mais aconteceu digna de realce para quem comentava o jogo, ou para quem faz da escrita - imprensa – a “verdade” dos factos.
Vimos o árbitro, Elmano Santos, de sua graça, mostrar um cartão amarelo ao Fábio Coentrão, por na sua opinião, o nosso jogador simular uma grande penalidade.
Só que foi mesmo penalty. Coentrão é travado com uma joelhada na sua perna esquerda, o que o impediu de continuar o lance, que acontecendo, o faria ficar isolado. Seria penalty e cartolina amarela para o jogador da Académica.
Quando Coentrão é admoestado com o 2.º amarelo, que deveria por justiça ser o 1.º, existe uma falta claríssima contra a Académica, logo imediatamente antes desse lance, que não foi assinalada.
Óscar Cardozo sofre uma agressão a pontapé na zona da cara e, pasme-se, os comentadores da Sportv, quase aos gritos em pura histeria não se cansaram de dizer que a expulsão do jogador alvi-negro, havia sido ... exagerada.
Mas a cegueira do árbitro, para falar apenas nesse, não se ficaria por aqui. Dentro da área Academista um jogador desse clube “corta” a bola com as mãos, notando-se perfeitamente que o faz de forma deliberada, impedindo assim que essa - bola - seguisse o seu rumo normal em direcção a um jogador do Benfica. Penalty sem qualquer dúvida, visto em qualquer lugar em que se estivesse a seguir o jogo.

Só não viu o Elmano Santos, qual “glóbulo” de ar frio que lhe terá tapado durante, pelo menos, hora e meia, a visão.
Acontece que a imprensa falada e escrita não se cansaram nem cansam de falar no golo e factos associados a esse, e não falam noutros casos que mostram que o Benfica foi altamente prejudicado pela equipa de arbitragem, mau grado ter sido beneficiado no lance do golo.
Até nesse se analisarmos bem verificaremos o seguinte:
1.º A barreira está adiantada não respeitando a distância de 9,15m como manda a lei.
2.ª O árbitro deveria antes do livro ser marcado rectificar a posição dos jogadores que formavam a dita barreira e caso insistissem no adiantamento, mostrar cartão amarelo ao jogador ou jogadores que não respeitassem o estipulado na lei.
Mas isso não interessa nada para quem comenta ou escreve sobre o jogo. E não interessa porquê?
Não interessa porque existe uma ideia generalizada de que o Benfica foi beneficiado quando a bem da verdade, no globalidade dos lances do jogo, foi precisamente o contrário.
Não se cansam de falar na bola no poste que sofremos. Até parece que o Luisão não atirou uma bola também ao poste.

Não mereciam ambos os lances o mesmo tratamento de análise por quem de direito? Penso que sim.
Claro que tudo isto não implica que tivéssemos feito um grande jogo. A Académica jogou mais de meia parte do jogo reduzida a 10 elementos, o que à primeira impressão parece que facilita a outra equipa. Sinceramente eu considero que sim
Curiosamente o Benfica entrou na 2.ª parte, algo apático, muito menos pressionante, parecendo uma equipa cansada, arriscando-me mesmo a dizer, sem aquela chama da 1.ª parte, quiçá com uma inexplicável falta de motivação.
Tal factor acabou por tornar-se arriscado, fazendo com que a equipa acabasse o jogo com algum sofrimento, totalmente desnecessário, olhando à diferença entre os jogadores de ambas as equipas, e ao que aconteceu na 1.ª parte.

É caso para dizer: Coimbra tem mais encanto na hora da despedida…