terça-feira, 9 de setembro de 2008

O "Cão Selvagem - Raivoso" e o "Cão doméstico - Lambe Botas"

Quando eu era miúdo, iniciante da minha caminhada em direcção à conclusão da minha identidade e maturidade intelectual – que nunca consegui atingir – residente que era num espaço campestre , recordo-me de me ver rodeado de aves, gatos, canitos e “cães” e até pulgas, domésticas.

De todos, talvez por deficiência nos eleitos, sempre gostei de cães que não de “cães”.

Recordo-me do meu avô materno, homem curtido pelos tempos difíceis, mãos calejadas de tanto escrever com a sua caneta de estimação a que ele dava o sobranceiro nome de enxada, o qual, me dizia tantas vezes de uma forma que só ele o sabia fazer:

""" Meu “filho” aprende a gostar dos "cães raivosos", que mostram o dente, e não daqueles que se “mijam” na nossa frente e, nos ladram por trás."""
Na minha inocência, achava graça.

Passados tempos e atrás dos tempos, tempos vêm, depois de acabar os meus estudos, que se findaram pela brilhante 4.ª classe, revejo-me na ironia simbolizada por conhecimentos sábios de uma inteligência analfabeta, muito própria do meu saudoso avô.

Se, hoje, eu pudesse escolher, diria que, prefiro os “cães raivosos" aos “cães corteses", chamados por intrigância da mente de “lambe botas”.

A verdade é que os verdadeiros “cães raivosos” não conhecem o/ou obedecem ao dono, são fortes, actuam por conta da sua “inteligência”, vontade própria, quais “cães selvagens e vadios”, utilizam a sua personalidade forte, num conceito muito seu, que gerem pela frontalidade de presença.
Ninguém os controla, ninguém os orienta, ninguém os “utiliza”.

O caso inverso se passa com os “cães” chamados de “lambe botas”

Por exemplo, “cães” desses, os tais “lambe botas” estão embrenhados na sociedade humana, mais precisamente na área do futebol, infestados de “pulgas” e “carraças mentais” que até ao menos atento, facilmente os vê aproximar com o rabo entre as pernas e, passando, os houve ladrar na sua sombra.

Basta ler os tábidos jornais desportivos diários para se perceber onde estão os “cães lambe botas”.

Os tais “cães” domesticados pelo empírico dono, obedecem os ares da deficiência deontológica ou desobediência à honra e vai daí mostrarem os dentes através da falsidade e corruptória vontade.

- Di Maria, todos os dias é vendido para este ou aquele clube, numa clara manifestação de desestabilização do jogador e de um clube, visto que, o derby Benfica-Sporting é já no próximo dia 27 do corrente mês e ano.
- Vítor Baía, qual aleivosia de “cão lambe botas” vem agora “ladrar” nas costas de quem, um dia, já obedeceu qual “canito” domesticado. Nessa altura, não teve “dentes” para mostrar se é que tinha esse direito.
- Madail, outro “cão lambe botas”, em obediência ao barão Mesquita Machado, é daqueles “cachorros” que nem pêlo, embora o mostre, tem para ser um “Cão raivoso” quanto mais ... dentes.
- Faz-se escaparate da ida de Luis Filipe Vieira à cabine de um árbitro numa acção pedagógica de boa educação, quando se faz tábua rasa ao acompanhamento de Pinto da Rota, por dois delegados da liga, à Tribuna VIP do Estádio da Luz.

Estas e muitas, muitas outras acções perpetuadas pelos “cães lambe botas”

Por isso eu reitero que estes canitos afáveis (lambe botas) desde sempre foram conhecidos por "indivíduos" sem carácter, piegas, incompetentes, incapazes de ter personalidade própria e autonomia, sempre sobreviveram da prática de pequenas traições para com os seus irmãos de classe, e sempre se subordinaram aos seus donos, por obediência, talvez “à fome de protagonismo”.

A génese deste tipo de “cães rafeiros” mais se assemelham aos ratos de esgoto que atacam, sem dar a cara e fogem para o escoadouro, seu esconderijo preferido.
Não valem porcaria nenhuma, apenas andam ao cimo da terra para “trair, chular, corromper” os seus “irmãos”, que de uma maneira geral desprezam este tipo de "canitos, lambe botas".

Revejo-me na classe dos “cães raivosos”, que o meu “ladrar” se torne aborrecido, mas acredito que, só e apenas para aqueles meus irmãos de raça, mais habituados a mamar o que é dos outros, regra geral, no seu silêncio camuflado pela obediência dos domesticados.


Sinto-me bem assim. Sou um “cão” que pela minha rebeldia e dente aguçado, nada valho.
Mas, sinto no timbre da minha "voz", que ainda posso "ladrar", na frente de outrem, e não andar com o rabo entre as pernas, ladrando nas costas desses outrem.


Por isso bem hajam "os câes raivosos" que mostram à sociedade a sua verdadeira nobreza, valentia e carácter.

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